A EDP Maratona de Lisboa e a Hyundai Meia Maratona, com recorde de atletas alcançado três meses antes de se fecharem as inscrições, voltam a dar a cor que se torna indispensável a que Cascais, Oeiras e Lisboa voltem a ser a capital da corrida em Portugal.
Juntando a afamada recetividade dos portugueses, com o seu ar quente, descontraído e alegre e esperando que o tempo que se faça seja a favor dos atletas, por certo que estarão reunidas as condições ideais para que os resultados sejam de molde a manter as duas competições entre as dez melhores do mundo, como tem acontecido nas corridas anteriores.
Uma das primeiras coisas a serem conhecidas – pelas palavras de Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal – foi a de que, para a edição de 2025, o percurso será renovado para permitir uma maior presença de atletas, até agora impossível pelo traçado existente, o que poderá aumentar o número de participantes, um dos grandes objetivos de cada organização.
No futuro, a prova iniciar-se-á em Carcavelos, seguindo para Cascais, bem perto da boca do inferno, onde regressará ao percurso até lisboa, passando por Oeiras, também um baluarte na organização de eventos de quilate elevado, numa “tríade” vencedora e unida, porquanto a união faz a força e três (Câmara municipais) em conjunto fazem mais e melhor.
Aliás como foi salientado pelos vereadores Francisco Kreye (Cascais), Pedro Patacho (Oeiras) e Ângelo Pereira (Lisboa), com cada um a puxar a “brasa à sua sardinha”, com um sentido de fair play e ética, a preparar as cerimónias de entrega dos prémios na emblemática Praça do Comércio, local da chegada.
Carlos Moia, presidente do Maratona Clube de Portugal, realçou a valia do pelotão de elite presente, com destaque para dois antigos campeões mundiais da maratona (Ghirmay Ghebreslassie e Geoffrey Kirui) e ainda de Mosinet Geremew, um dos melhores de sempre da maratona, que em Lisboa se testará na meia-maratona.
Quanto ao aspeto competitivo da prova deste ano, os atletas presentes agradeceram a oportunidade dada pelo MCP para correrem na capital portuguesa, com o etíope Mosinet Geremew a assumir a vontade de voltar a ser feliz em Lisboa. O atleta (32 anos) venceu a EDP Meia Maratona de Lisboa em 2019 e volta à capital portuguesa para um regresso competitivo depois de dois anos de ausência.
À margem da conferência de imprensa foram mostradas as duas medalhas que serão entregues no domingo aos mais de 20 mil atletas que se vão desafiar nos 42 e 21 quilómetros da capital portuguesa.
Ambas contam com pormenores alusivos aos respetivos percursos. A da maratona, que passa por três concelhos (Cascais, Oeiras e Lisboa), apresenta precisamente um ponto de referência de cada um desses destinos: Farol de Santa Marta (Cascais), Rabo da Baleia (Oeiras) e Padrão dos Descobrimentos (Lisboa).
A medalha da Hyundai Meia Maratona tem o design da Ponte Vasco da Gama, o ponto de partida dos 21 quilómetros. Na parte traseira de ambas há uma referência a Luís Vaz de Camões, por ocasião do 500º aniversário do seu nascimento.
Susana Godinho (recorde pessoal – 1.10.53) referiu que “agradeço ao Maratona Clube de Portugal a oportunidade de voltar a correr a meia-maratona. A recuperação dos Jogos Olímpicos correu muito bem. Voltei aos treinos sem grande dificuldade. A preparação já está a correr de acordo com os objetivos. Esta meia faz parte do meu calendário competitivo e espero correr rápido no domingo, no meu melhor”.
Rui Pinto (recorde pessoal – 1.02.16), disse que “quero agradecer o convite e oportunidade que o Maratona me deu de estar num evento desta dimensão. O meu objetivo passa por conseguir a melhor classificação possível e correr rápido, também para retribuir a oportunidade que a organização me deu. Para depois chegar na melhor forma aos objetivos que se seguem”.
O etíope Mosinet Geremew (recorde pessoal – 59.11) recordou que “é a minha terceira vez aqui, pelo que estou feliz por estar aqui, depois de dois anos lesionado e sem competir. Agora estou bem, treinei bem. Estou pronto. No domingo veremos o resultado”.
Na Maratona, a queniana Hillary Kipchumba (recorde pessoal – 2.08.23) salientou que “primeiro de tudo quero agradecer aos organizadores da prova. Para domingo, sei que é um bom percurso. Sei que no domingo vou dar o meu melhor, para tentar melhorar o meu melhor tempo”
Mewleddeg Gebre Dubika (em estreia na maratona), referiu que “estou feliz, estou pronto. Vamos ver no domingo”
A EDP Maratona de Lisboa e a Hyundai Meia Maratona disputam-se no domingo (6/10), num dia que juntará mais de 30 mil atletas, um novo recorde do mais importante evento de corrida nacional. Os 42 quilómetros iniciam-se em Cascais, pelas 8 horas, ao passo que os 21 km começam (10h30) no tabuleiro da Ponte Vasco da Gama. As duas provas terminam no Terreiro do Paço, numa chegada que promete, como sempre, ser emocionante.
Recordes da EDP Maratona de Lisboa:
Masculino: Andualem Belay Shiferaw, 2:05:45 (2023)
Feminino: Sarah Chepchirchir, 2:24.13 (2016)
Da Hyundai Meia Maratona:
Masculino: Titus Ekiru, 60.12 (2019)
Feminino: Peres Jepchirchir, 66.54 (2019)
Dados sobre os inscritos:
- 30.200 atletas inscritos em todas as provas. As inscrições para as provas de domingo esgotaram em tempo recorde (3 meses antes das provas)
- 8.000 atletas na EDP Maratona de Lisboa (recorde)
- 10.000 atletas na Hyundai Meia Maratona
- 43% de participantes estrangeiros (11.400, recorde do evento)
- 112 países representados (recorde)
- Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido no top-5 de países mais representados
- 38 anos, idade média dos inscritos
- Percentagem por género: 57% masculino / 43% feminino
As corridas de Domingo terão transmissão direta na RTP1 e RTP Internacional para mais de 200 milhões de potenciais telespectadores em todo o mundo.