Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Rui Costa e Nelson Oliveira resistiram no mundial de ciclismo de estrada

Ciclismo-Mundial-Estrada--29-09-2024

FPCiclismo

A prova de fundo para a elite masculina do Campeonato do Mundo de Estrada, este domingo disputada entre Winterthur e Zurique (Suíça), foi uma montanha-russa de emoções para Portugal.

A esperança de João Almeida ficou por terra após uma queda, enquanto Rui Oliveira animou as hostes nacionais com uma fuga. No final, Rui Costa e Nelson Oliveira foram os resistentes da Seleção Nacional.

Sabia-se que os 273,9 quilómetros de corrida seriam muito duros, mas as dificuldades de Portugal começaram bem cedo. João Almeida, a aposta da Seleção para um lugar entre os primeiros, sofreu uma queda ainda antes da primeira das oito passagens pela meta.

O desconforto físico provocado pelo impacto com a estrada impediu o português de continuar, o mesmo tendo acontecido a outras vítimas da queda também com ambições, como Mikel Landa, Julian Alaphilippe e Mattias Skjelmose.

Enquanto João Almeida ficava arredado da corrida, os adeptos portugueses animavam-se com a presença de Rui Oliveira numa fuga de seis homens, que comandou a prova até faltarem menos de 100 quilómetros para final, altura em que um ataque do esloveno Tadej Pogačar mudou a configuração da corrida.

O esloveno rapidamente chegou à frente e obrigou o pelotão a reagir, fazendo-se uma seleção de valores em ritmo acelerado. Nessa altura, Ivo Oliveira perdeu o contacto com o grupo dos mais fortes, onde resistiram Rui Costa e Nelson Oliveira.

Afonso Eulálio acusou a passagem dos quilómetros e, sobretudo, as recuperações que antes fizera devido a dois infortúnios. Primeiro recolou ao pelotão após avaria e mais adiante teve de fazer nova reentrada, após queda.

Com a triagem a continuar a ser feita, Nelson Oliveira era o mais bem colocado à entrada para as duas voltas finais, mas acabaria por sentir-se “vazio” de forças, perdendo posições para terminar em 55.º, a 12m09s de vencedor, Tadej Pogačar, cujo ataque de longe nunca seria neutralizado.

Os olímpicos Rui Costa e Nelson Oliveira foram os únicos portugueses a terminar a corrida.

“O resultado não foi aquele que queríamos. As circunstâncias da corrida não permitiram que estivéssemos na discussão, como era o nosso objetivo. O Rui Costa e o Nelson Oliveira voltaram a provar a consistência que todos lhes reconhecemos, apesar de não estarem na máxima condição, enquanto o Rui, devido à paragem após a queda na Vuelta, e o Nelson devido a uma época muito longa e preenchida”, resumiu o selecionador nacional, José Poeira.

Com Tadej Pogačar num nível diferente face à concorrência, a luta pela medalha de prata foi animada, acabando por viajar para a Austrália, na bagagem de Ben O’Connor, segundo, a 34 segundos do vencedor. O terceiro classificado foi o campeão de 2023, o neerlandês Mathieu van der Poel, a 58 segundos do esloveno.

 

Flávio Pacheco oitavo no mundial de paraciclismo

 

Ciclismo-Mundial-Estrada-29-09-2024

FPCiclismo

Flávio Pacheco concretizou, este domingo, o objetivo de terminar a prova de fundo do Campeonato Mundial de Paraciclismo, em Zurique, Suíça, entre os oito melhores de classe H4.

A prova, de 57,8 quilómetros, apresentou uma dureza fora do normal para o paraciclismo, com os corredores a cumprirem uma volta ao seletivo circuito de Zurique, onde se têm decidido as provas de ciclismo, além de seis voltas a um circuito para curto, totalmente dentro da cidade.

Flávio Pacheco deu-se bem com a exigência, sendo o sétimo melhor na parte mais dura da corrida. No regresso á cidade perdeu algumas posições, mas com o passar dos quilómetros acabou por ganhar fôlego, subindo ao oitavo lugar final, cumprindo o objetivo a que se propôs para este Mundial, de forma a ser integrado nos programas de alto rendimento paralímpico.

A vitória pertenceu ao francês Joseph Fritsch, que revelou grande superioridade sobre a concorrência, terminando com 4m31s de vantagem sobre o segundo classificado, o austríaco Thomas Fruhwirth. O terceiro, a 6m27s, foi o Fabian Recher.

 

Portuguesas não resistiram à dureza do mundial

 

Ana Caramelo e Daniela Campos não terminaram a prova de fundo para elite feminina do Campeonato do Mundo de Estrada, uma corrida que permitiu à belga Lotte Kopecky revalidar o título mundial.

A chuva e as temperaturas baixas – foi o dia mais frio de toda a semana – foram obstáculos de respeito para o pelotão de 197 corredoras que iniciou a prova de 154,1 quilómetros, que ligou Uster a Zurique.

Daniela Campos foi resistindo, mas, quando circulava a mais de 15 minutos da dianteira, foi também obrigada a parar, quando iria entrar na última volta. “Sinceramente, estou desiludida, mas deixei na estrada tudo o que tinha. As sensações, nas últimas semanas, não têm sido as melhores. Julgo que estou a acusar a fadiga de uma época muito longa”, explicou a ciclista lusa.

A luta pela camisola arco-íris fez-se por seleção natural. Foi um grupo restrito de seis corredoras a sprintar pela vitória. Lotte Kopecky levou a melhor, conquistando o segundo título mundial de elite consecutivo, ao fim de 4h05m26s (média de 37,672 km/h). A estadunidense Chloe Dygert, que só reentrou na frente de corrida no último quilómetro, foi a segunda e a italiana Elisa Longo Borghini fechou o pódio.

 

Diogo Gonçalves e Ana Santos campeões nacionais de Gravel

 

Diogo Gonçalves (ABTF Betão-Feirense) e Ana Santos (Guilhabreu MTB Team) fizeram história este domingo, em Ansião, ao conquistarem a primeira edição do Campeonato Nacional de Gravel, no Ansião Gravel Race.

Na elite masculina, Diogo Gonçalves destacou-se dos demais e liderou a classificação, tendo percorrido o percurso de 140 km em 4h43m33s, com 3m9s de vantagem sobre Carlos Cruz (SAERTEX Portugal/Edaetech), segundo classificado, e 4m45s sobre João Cruz (AXPO/FirstBike Team/Vila do Conde), terceiro.

Entre a elite feminina, sobressaiu Ana Santos, que completou os 90 quilómetros em 3h31m11s. A jovem ciclista foi a mais rápida, à frente de Vera Vilaça (DAS-Hutchinson-Brother-UK), que chegou em segundo lugar, a 3m37s, e de Celina Carpinteiro (CDASJ/Cyclin’Team/Município Albufeira), terceira a 16m37s.

 

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