Quarta-feira 24 de Novembro de 7058

Seleção nacional feminina de Hóquei em Patins sagrou-se vice-campeã mundial

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Federação de Patinagem de Portugal

A seleção nacional feminina sagrou-se vice-campeã do mundo de hóquei em patins, depois de ceder na final, frente à Espanha (0-2) uma posição de gabarito e de orgulhar por todo o percurso realizado até à final, oito anos depois da última presença no jogo decisivo de um mundial.

O domínio espanhol em pista foi visível mas a equipa das quinas conseguiu travar o ímpeto adversário até perto de minuto e meio do intervalo, momento em que sofreu o primeiro golo, de penálti.

No primeiro minuto da segunda parte as espanholas ampliaram para o resultado que viria a ser o final. Apesar do esforço de toda a equipa e da excelente exibição da guardiã das redes lusas, a seleção não conseguiu contrariar o marcador.

Para Hélder Antunes, selecionador nacional, “saio com a sensação de dever cumprido. Aquilo que projetámos, desde 2019, na sequência do trabalho que temos vindo a fazer na base, juntamente com as associações e os clubes em Portugal está a dar algum resultado e isto é um trabalho que demora a cimentar”.

Referiu ainda que “claro que estou triste. Queria a medalha de ouro como é óbvio, mas tendo em conta o percurso que fizemos e aquilo que tentámos fazer contra a Espanha. Relembro que os últimos sete europeus são da Espanha e nos últimos cinco mundiais teve nas finais todas e conquistou quatro. Não é uma Espanha qualquer, merece todo o respeito de todas as seleções do mundial”.

Conclui que “tivemos dificuldades, não as conseguimos contrariar, mas deixámos tudo em campo, tentámos lutar pela vitória, não conseguimos. Tal como as jogadoras sabem, não olhamos para baixo, não olhamos para cima, vamos continuar a olhar em frente”.

Recorde-se que Portugal começou a vencer (5-0) a Colômbia, depois da França (5-0), a seguir a Argentina (3-2), mais 13-1 à Inglaterra e 2-0 a Itália. Na final perdeu (0-2) com as espanholas.

Seleção masculina em 4º lugar

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Federação de Patinagem de Portugal

A seleção nacional masculina falhou a final do campeonato do mundo, depois de perder nos penáltis com Espanha, por 6-7 (5-5 no final do tempo regulamentar e prolongamento), nas meias-finais.

Portugal colocou-se em vantagem no marcador aos 16 minutos, com golos de Hélder Nunes e Xavi Cardoso, mas na resposta imediata, os espanhóis conseguiram a reviravolta e passar para a frente com o 2-3. Gonçalo Pinto devolveu o empate com o 3-3, mas em cima do apito para o intervalo, Espanha logrou marcar o 3-4.

Na etapa complementar as duas equipas continuaram a procurar o golo, com ambos os guarda-redes em evidência. Portugal empatou com um grande golo de Hélder Nunes (4-4) e, a dois minutos do fim, Espanha voltou a colocar-se em vantagem (4-5), com a seleção a responder de imediato com o 5-5, com um tiro da meia-distância se Zé Miranda.

No prolongamento não houve golos, o que levou a decisão para as grandes penalidades. João Rodrigues converteu um dos penáltis e os espanhóis, dois, deixando Portugal na luta pelo 3º lugar.

No final do jogo, o capitão da seleção, João Rodrigues, confessou que “o balneário está destroçado, não há como como fugir a isso”, tendo explicado que “queríamos muito lutar por este título mundial e acabou aqui esse objetivo. Temos que rapidamente fazer o luto, pois amanhã haverá mais coisas a conquistar, para continuar a orgulhar os portugueses e é esse o novo objetivo que temos”, disse.

O selecionador nacional, Paulo Freitas reforçou o sentimento de desilusão: “saímos daqui destroçados. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. A equipa adversária obrigou-nos a cometer erros, como eles cometeram erros porque nós também os obrigámos. E o rendimento é isto, às vezes é no pormenor”.

Sobre a partida, Freitas disse que “foi um jogo muito encaixado, em que nós estamos por cima e controlámos alguns momentos e eles estão por cima e controlam outros momentos. Duas equipas de enorme qualidade e com uma ambição enorme de estar amanhã presentes na final; decidido na bola parada, onde é um momento de competência, não é o momento de entrega à sorte e nós tínhamos trabalhado isso. Depois, a única diferença que houve foi a bola bater no ferro, bater no Girão e entrar; a bola, bate no ferro, bate no Grau e não entra”.

Portugal entrou a ganhar (10-2) aos EUA, trinfou (4-0) sobre Angola, empatou (4-4) com a Argentina, derrotou a França (4-0) mas na meia-final perdeu (7-6) ante a Espanha e voltou a perder com a Itália (3-2) para o 3º lugar, classificando-se na 4ª posição.

Guarda-redes Girão disse adeus à seleção

Guarda-redes Girão

Federação de Patinagem de Portugal

Naquele que foi o último jogo de Girão pela seleção nacional, Portugal defrontou a seleção anfitriã, e terminou com o resultado desfavorável de 3-2.

Numa partida marcada logo no início pela despedida do guarda-redes da seleção nacional, Ângelo Girão, aplaudido de pé pelo público presente no Pala Igor em Novara (Itália), conseguiu ser mais eficaz e adiantou-se no marcador a nove minutos do intervalo. Gonçalo Alves empatou, mas os italianos lograram novamente a vantagem com o 2-1 a 40 segundos do descanso.

Na segunda metade, Gonçalo Alves bisou para novo empate a dois, mas Itália dilatou para o 3-2 final.

Ângelo Girão salientou que ”acho que comecei a sentir isto bastante antes. Foi muito duro, não estava preparado psicologicamente para perder aquele jogo contra a Espanha. Acho que nenhum de nós estava, mas é o por ser o último. Pus muitas esperanças e coloquei muito de mim nesta caminhada para que corresse tudo bem e hoje a queda, foi brutal”.

Salientou ainda que “no balneário não consegui aguentar-me, o discurso do João Rodrigues também não ajudou muito e quebrei. Penso que isso também pode ter sido um fator de perturbação para a equipa. Tínhamos um jogo importante, ainda tentámos durante o jogo tudo por tudo e infelizmente não conseguimos estar na final. Este jogo (de hoje) era muito difícil disputar, mas sabemos que estava uma medalha em jogo e falhámos claramente, tanto o objetivo de ontem como o de hoje”.

Sobre o balanço dos anos ao serviço da seleção nacional, Girão referiu que “o balanço é positivo quando se ganha títulos. Não ganhámos tantos títulos como aquilo que desejávamos. Estivemos demasiadas vezes perto de ganhar e não conseguimos ganhar. E a culpa não pode ser sempre de fatores alheios, tem de ser culpa nossa. Esta geração teve mais que oportunidades para ganhar e por alguma coisa não conseguimos. Ontem foi falta de sorte, mas se calhar durante o jogo podíamos ter feito outras coisas que não fizemos bem. Acho que esta geração tinha mais qualidade para ganhar mais títulos e não chega virmos de uma geração em que a Espanha ganhou tudo e nós conseguimos quebrar a hegemonia. Isso não era o nosso objetivo. O nosso objetivo era ganhar. Fica um amargo de boca, pelo menos no meu que acaba agora esta viagem, porque devíamos ter conquistado mais títulos”.

Finalizou afirmando que “isto não acaba, que é eterno, mas não é. Custa muito por deixar a baliza, mas eu queria também deixar a um nível em que eu considerasse alto, em que eu ainda me considero um dos grandes guarda-redes deste desporto. Mas custa muito as memórias e aquilo que vivemos. Porque o ganhar e o perder é importante, é muito importante, mas as amizades que fazemos, as histórias que temos para contar é o mais importante que eu vou levar para a minha vida toda. Tenho aqui pessoas que são minhas amigas mesmo e que ganhei aqui neste espaço e que nunca mais vou jogar com elas. E isso dói-me, mas sabia que o dia ia chegar, estava preparado para ser hoje, mas não era a esta hora. Era mais tarde e com uma taça aqui presente».

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