AIPS
Gianni Merlo, Presidente da Associação Internacional dos Jornalistas Desportivos (AIPS), adiantou, em artigo publicado no site da organização a que preside, que haverá sete candidatos na eleição para Presidente do Comité Olímpico Internacional.
Foi mais longe e revelou que os interessados são SAR Príncipe Feisal AL Hussein, Lord Sebastian Coe, Sra. Kirsty Coventry, Sr. Johan Eliasch, Sr. David Lappartient, Sr. Juan Antonio Samaranch e Sr. Morinari Watanabe, que estarão nos boletins de voto nas eleições a realizar em março de 2025 (lado a lado na foto conjunta, divulgada no referido site da AIPS).
De origens e modalidades variadas, os candidatos têm currículos ricos em experiências (e alguns também com riqueza pessoal de elevada estatura), depois de terem sido também atletas.
Este será a parte final de um processo que terminou ainda não há muito tempo – “filme” que começou, neste ano, com a desistência, formal, de Thomas Bach, o presidente ainda em funções – porquanto Bach pretendia prolongar-se à frente dos destinos do COI por mais um mandato, se bem que só se alterasse os estatutos, onde está definido que um mesmo cidadão apenas pode cumprir o máximo de três mandatos (de 4 anos cada),
Como verificou que não tinha “cobertura” (interna) para o conseguir, anunciou que não se candidataria para evitar uma “falsa partida” ainda nos blocos de saída para a corrida.
Daí que tivessem surgido as “sete estrelas” ora adiantadas por quem sabe da poda, quiçá colocando em “equação” um conjunto de variantes ou cambiantes para “tomar o pulso” quanto ao ambiente que se viverá a partir de agora, pese embora as listas só sejam apresentadas em janeiro ou fevereiro do próximo ano.
A maior novidade vem do surgimento do nome de uma mulher, Kirsty Coventry – ex-campeã de natação do Zimbábue – quiçá pouco conhecida no meio internacional; a que se segue o espanhol Juan Antonio Samaranch (não o anterior presidente, com o mesmo nome, porque faleceu) que está no COI desde 2012, sendo atualmente membro do conselho de administração da TV do COI e com ligação ao marketing, além do príncipe jordaniano Faisal Al Hussein, que são membros com grande experiência.
A grande surpresa – ou talvez não – vem da candidatura (se se comprovar) de quatro presidentes de federações internacionais, como são os casos do britânico Sebastian Coe (World Athletics, a toda-poderosa no movimento olímpico), o sueco Johan Eliasch (Esqui), o francês David Lappartient (UCIclismo) e o japonês Morinari Watanabe (FIGinástica).
Para já, é com este putativo pano de fundo que se pode começar a desenhar o trilho para se chegar ao Olimpo dos Deuses dos Cincos Anéis.
Há muito caminho para desbravar, tangências para burilar, feitios para analisar e apresentar uma “cara” que assuma, a preceito, a ética olímpica, a transparência das regras do desporto, a integridade dos seres humanos, tal como a sua essência pacifista e paladina de palavras que soem ao coração e não tanto aos milhões dos tais dólares que “compram” tudo e todos!
Dir-se-á que a “procissão” ainda vai no adro mas, acima de tudo, que não vale tudo para … nada, em termos dos interesses, lícitos e moralmente aceites pelos homens e mulheres que às causas nucleares da sociedade dão o seu melhor!
