Quarta-feira 18 de Setembro de 2024

André Soares sagrou-se campeão mundial de ciclismo em estrada para Surdos

Ciclismo-Europeu--13-09-2024

FPCiclismo

André Soares conquistou, esta sexta-feira, o título mundial de ciclismo em estrada por pontos no Campeonato do Mundo de Ciclismo de Estrada para Surdos, que decorre em Świętokrzyskie, Polónia.

A prova teve 30 quilómetros, resultantes de 30 voltas a um circuito com o perímetro de mil metros. A cada duas voltas havia um sprint pontuável, com atribuição de bónus na mesma medida que acontece na corrida por pontos em pista: cinco pontos para o primeiro, três para o segundo, dois para o terceiro e um para o quarto.

André Soares esteve muito ativo, conseguindo pontuar em todas as voltas com bónus. Além disso, conquistou 20 pontos adicionais por ter dobrado o pelotão. No total, somou 82 pontos, mais 21 do que o adversário mais direto, o alemão Felix Wahala. O terceiro classificado, com 60 pontos, foi outro germânico, Stefan Kneer.

João Marques teve uma participação mais discreta, não pontuando, mas também não sendo dobrado pelo grupo principal, o que garantiu a 12ª posição.

Valter Sousa, selecionador nacional, comentou que “foi a corrida perfeita do André Soares. Sabíamos que a equipa alemã era a mais forte. Nas primeiras voltas não nos devíamos desgastar muito. Se saísse um alemão devíamos ir com ele, porque não haveria força de perseguição atrás. Ganhou aí os 20 pontos da volta. Mas depois esteve muito bem, andando sozinho na frente para evitar riscos de queda no pelotão. E, com isso, foi somando mais pontos, o que lhe deu a vitória. O João Marques resguardou-se e na segunda volta esteve ativo, mas com as fugas que havia não pontuou”.

Ciclismo-Europeu---13-09-2024

FPCiclismo

A medalha de ouro conquistada representa o segundo pódio de André Soares neste mundial. O corredor português foi terceiro classificado na disciplina de velocidade. O Campeonato do Mundo de Ciclismo para Surdos termina no próximo domingo, dia da prova de fundo.

Gonçalo Tavares e Noah Campos no pelotão principal

Os portugueses Gonçalo Tavares e Noah Campos terminaram integrados no pelotão a prova de fundo para sub-23 masculinos deste europeu de ciclismo na Bélgica.

A corrida (162 km) foi disputada a alta velocidade, com o circuito maior, que incluía seis troços de empedrado e quatro subidas, a deixar na frente um grupo de 16 corredores, do qual sairia o vencedor, o neerlandês Huub Artz.

O ritmo intenso foi uma constante desde a partida no velódromo de Zolder. Continuou na primeira abordagem ao circuito urbano de Hasselt e não cessou no designado “Circuito de Limburgo”, nos troços de “pavé” e nos “muros”.

Uma fuga de sete homens ainda animou os quilómetros iniciais, mas não resistiu à velocidade imposta no pelotão. Foi já na zona de terreno mais sinuoso, em empedrado, que a corrida se definiu.

Faltavam pouco mais de 90 km para a chegada e o português Gonçalo Tavares caiu. Quando conseguiu recolar ao pelotão, pouco depois, já a corrida estava partida. Um grupo de 16 ciclistas adiantara-se e nunca mais o grupo principal esteve em condições de discutir o título europeu.

Com a vantagem dos escapados a aumentar, houve alguns corredores que tentaram fazer a “ponte” para a dianteira. Noah Campos esteve numa dessas movimentações, mas acabaria absorvido pelo grupo principal.

Na cabeça de corrida, a pouco mais de 50 quilómetros do fim, três corredores atacaram para, mais à frente, na cidade de Hasselt, distribuírem entre eles as medalhas. O neerlandês Huub Artz levou a melhor sobre o alemão Niklas Behrens, ambos com 3h22m33s (média de 49,985 km/h!). O terceiro, a 11 segundos, foi o francês Léandre Lozouet.

Gonçalo Tavares (37º) e Noah Campos (47º), chegaram integrados no pelotão principal, a 2m48s do vencedor. João Silva não se adaptou ao ritmo da corrida, acabando por abandonar.

José Poeira, selecionador nacional, pronunciou-se sobre o trabalho deste ciclista, tendo referido que “esta prova não tem o perfil que melhor encaixa nos corredores portugueses, mas destaco o Gonçalo e o Noah, que conseguiram prestações de qualidade. O Gonçalo, mais experiente em termos internacionais, teve o azar da fuga, que lhe condicionou a corrida, porque aconteceu quando tudo se estava a decidir. O Noah, na sua primeira experiência a este nível, deixou excelentes indicações para o futuro e para este tipo de corridas”.

Neste sábado, a partir das 8h00, corre-se a prova de fundo para juniores, com Portugal a estar representado por Adrián Pacho, Daniel Moreira, Gonçalo Rodrigues, Guilherme Mestre, João António e José Miguel Moreira.

O percurso tem uma tipologia semelhante à dos sub-23 masculinos, embora com menor distância, 129,7 quilómetros. A diferença reside na passagem única pelo setor externo, onde se encontram as maiores dificuldades. O restante será igual, volta e meia ao circuito urbano a abrir e outro tanto a fechar.

Daniela Campos 15ª no europeu de ciclismo na Bélgica

Daniela Campos classificou-se, esta sexta-feira, no 15º lugar na prova de fundo para sub-23 (feminino) do Campeonato da Europa de Ciclismo em Estrada, que se realizou na região belga de Limburgo, com triunfo da neerlandesa Sofie van Rooijen.

A corrida de 101,4 quilómetros, entre o velódromo de Zolder e o centro de Hasselt, iniciou-se sob espessa névoa e com temperaturas abaixo dos dez graus. Mas logo duas corredoras trataram de tentar aquecer a prova.

A checa Nela Slaníková e a dinamarquesa Mikka Holm entraram no circuito de Hasselt, a pouco mais de 70 quilómetros do final, com cerca de três minutos de vantagem sobre o pelotão. A fuga resistiu até perto da entrada na última das cinco voltas, devido á perseguição movida pelas equipas com ambição de uma chegada ao sprint.

Acabou por ser uma corrida disputada sempre a alta velocidade, com a portuguesa Daniela Campos a cumprir a missão de que estava incumbida: manter-se bem colocada para poder responder a alguma movimentação ou ficar em boa posição para um sprint massivo, caso não surgisse qualquer ataque que rompesse o grupo.

Daniela Campos, bem colocada, passou incólume. Os últimos dez quilómetros foram de grande intensidade, com os blocos dos Países Baixos e de Itália a escolherem o ritmo que mais lhes convinha para garantirem a discussão do título europeu ao sprint.

Foi mesmo isso que sucedeu e os dois países ocuparam o pódio por inteiro. As neerlandesas ficaram com o ouro, por intermédio de Sofie van Rooijen, e com a prata, através de Scarlett Souren. A italiana Eleonora Gasparrini arrecadou o bronze.

A representante de Portugal coroou o excelente trabalho com o 15º lugar, com as mesmas 2h26m21s da vencedora, graças a um sprint em força e em esforço, no qual recuperou várias posições nos derradeiros 200 metros, tendo Daniela referido que “preferia que o circuito tivesse mais caraterísticas urbanas, com estradas mais estreitas e viragens. O que encontrámos foi um percurso quase sempre em estrada larga, favorecendo as seleções mais numerosas e fortes com sprinters puras. Neste contexto estou muito feliz com o meu desempenho e com o resultado”.

O selecionador nacional de femininas, José Luis Algarra, não poupou elogios à corredora, tendo referido que “o que hoje aqui fizeste foi excelente e vai ser marcante na tua carreira. Conseguir esta classificação, contra adversárias deste nível, no final de uma época tão desgastante e três dias depois de estares doente é fantástico”.

Ciclismo-Europeu-13-09-2024

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Gonçalo Costa destacou-se no Grande Prémio Alves Barbosa

Gonçalo Costa (Academia Efapel de Ciclismo) conquistou a primeira etapa do Grande Prémio Alves Barbosa, um contrarrelógio individual de 10,5 quilómetros, disputado em Montemor-o-Velho.

Campeão nacional de contrarrelógio na categoria de cadetes, Gonçalo Costa não deixou créditos em pernas alheias e bateu toda a concorrência com um registo de 14m21s. Quem mais se aproximou foi Dimas Mota (Landeiro/KTM/Matias & Araújo), gastando mais seis segundos. O terceiro classificado, a nove segundos, foi Afonso Monte, colega de equipa do vencedor da etapa.

Com o resultado de hoje, a Academia Efapel comanda individual e coletivamente e tem a vantagem de dispor de três corredores no top 10 para jogar taticamente. No entanto, a edição de 2024 do GP Alves Barbosa está longe de estar decidida, porque ainda faltam duas etapas, certamente, com muita história para escrever.

A segunda tirada, neste sábado, começa às 15h00, em Montemor-o-Velho, e termina, cerca das 17h00, em Águeda, depois de percorridos 75 quilómetros. Duas contagens de montanha nos derradeiros 25 quilómetros, prometem fazer alguma seleção de valores.

As decisões ficam, contudo, guardadas para a terceira e última etapa que, no domingo, liga Coimbra (10h00) a Montemor-o-Velho (12h00). O percurso de 83,3 quilómetros é de constante sobe e desce, contando com cinco prémios de montanha, o último coincidente com a meta, no Castelo de Montemor-o-Velho.

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