Três senhoras lusas (atletas de primeira água) vão ter o privilégio de entrar na primeira final feminina deste 22º europeu de atletismo que esta terça-feira se inicia na cidade suíça de Zurique.
Caberá a Dulce Félix, Sara Moreira e Carla Salomé Rocha ter a primeira responsabilidade séria, na final dos 10.000 metros, marcada para as 19h20 (hora portuguesa), para tentar continuar a fazer história nesta disciplina, uma vez que Dulce Félix é a campeã europeia em título, o que tentará repetir.
Sara Moreira tem vindo em crescendo depois de ser mãe e Carla Salomé Rocha também está “talhada”, se bem que em compita, única e directa, nem sempre o que parece é. Haja confiança.
Na segunda final deste primeiro dia (18h34), espera-se que também esteja outro português, para o caso Marco Fortes, desde que, na qualificação (09h07), consiga ficar entre os 12 finalistas, o que também se aguarda seja uma realidade.
Maria Leonor Tavares, Marta Onofre e Cátia Pereira, estarão na qualificação do salto com vara (08h30); Carla Tavares corre a eliminatória dos 100 metros (10h40); Alberto Paulo estará nas eliminatórias dos 3.000 obstáculos (11h23); Ricardo dos Santos participa na eliminatória dos 400 metros (11h50) e Nelson Évora fechará o “turno” da manhã ao participar na qualificação do triplo salto (12h12).
Da parte da tarde, Cátia Azevedo vai estar nas eliminatórias dos 400 metros (17h00); Yazaldes Nascimento e Diogo Antunes nas eliminatórias dos 100 m (17h32) e Sandy Martins no apuramento dos 800 metros (18h12), desejando-se que Marco Fortes, Dulce Félix, Sara Moreira e Carla Salomé Rocha tenham uma boa prestação nas finais referidas.
Recorde-se que a equipa nacional é composta por 44 atletas (22 de cada sexo), que terá como objectivo a conquista, segundo Jorge Vieira, presidente da Federação de Atletismo, “três medalhas seria um número razoável” e, acima disso, “seria extraordinário”.
Do ponto de vista moral, o período final da definição dos atletas que integrariam a selecção não foi o melhor, porquanto alguém da estrutura federativa “fugiu” às regras, não cumprindo um conjunto de parâmetros que são elementares e que levaram, numa primeira fase, à exclusão da marchadora Susana Feitor e, na segunda, ao pedido de demissão, por parte da própria atleta, de membro da direcção federativa.
Uma situação grave, que lesou os interesses da atleta e da própria Federação, porquanto tinha mínimos e devia ter sido chamada a substituir Vera Santos, que entretanto não recuperou de uma lesão. Mais: este seria o último europeu da carreira desta medalhada atleta (39 anos), com 25 anos de carreira ao mais alto nível.
Vamos aguardar pelo início das competições com expectativa.
