JCSERV / JCMYRO – Arq.
Ainda antes de terminar o prazo para a obtenção/confirmação dos mínimos para o europeu de Zurique, surgiu o primeiro “caso”, sem culpa nenhuma para o recordista nacional dos 110 metros barreiras.
Na segunda e última ronda do Campeonato de Portugal, que este domingo terminou no Estádio Universitário de Lisboa, João Almeida sagrou-se campeão nacional com todo o mérito – é o recordista português desde 2012 com 13,47 – com o tempo de 13,91, mais um centésimo do que os13,90 definidos pela federação para poder ser apurado para o europeu.
Poder-se-á dizer, até com prioridade quase absoluta, que o atleta merece integrar a comitiva e que, se nada de anormal acontecer, poderá fazer uma excelente prova.
Mas regras são regras e, por princípio, devem ser cumpridas, face aos vários casos semelhantes verificados nos últimos tempos. Se assim fosse, João Almeida não teria o direito de participar, independentemente do vento soprar a favor ou contra (2,3) como foi o caso.
Porque foi com esta base que o atleta, de acordo com a informação pública dada pelo seleccionador nacional do sector, José Dias, numa clara ausência de bom senso para com os restantes atletas, até porque está marcada uma nova sessão (extra) para que outros atletas consigam os mínimos, o que vai acontecer até ao dia 3 de Agosto próximo.
Em termos técnicos, esta segunda jornada acabou por confirmar que Patrícia Mamona continua bem (campeã com 14,29, depois dos 14,34 de há uma semana) e que Nelson Évora continua com dificuldades para se impor (chegou aos 16,41 depois dos 16,91 também há uma semana), pese embora se acredite a possibilidade de ambos chegaram ou ficar perto do pódio.
Na procura ainda da confirmação dos mínimos está ainda Eva Vital, nos 100 metros barreiras, que teve o azar de cair ao tocar numa barreira que outra atleta desviou para o seu corredor, pelo que no final da próxima semana voltará à pista.
Destaques ainda para os triunfos de Yazaldes Nascimento (21,20, a dez centésimos dos mínimos) nos 200 metros e de Sara Moreira, nos 5.000 metros, com 15.31,11, bem longe de Dulce Félix (15.38,62) e Salomé Rocha (15.52,17), que formam o trio para os 10.000 metros em Zurique.
Resta agora esperar pelas provas do dia 3 para, no dia seguinte, se saber a selecção definitiva.
De forma definitiva estão de fora Jorge Paula (400 metros barreiras), Rasul Dabó (110 metros barreiras) e Manuel Damião (10.000 metros) por motivo de lesão.
