Quinta-feira 24 de Novembro de 4642

Pedro Pichardo na final e Fernando Pimenta nas meias-finais, na procura do que consagra os Deuses do Olimpo.

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José Sena Goulão/Lusa/COP

Depois de Fernando Pimenta ter ganhado a primeira eliminatória (a começar o dia nesta quarta-feira) no K1 1000 metros e garantindo o apuramento direto para a final, coube a Pedro Pichardo encerrar a sessão de ontem também a liderar o triplo salto.

No primeiro ensaio, Pedro Pichardo conseguiu a qualificação direta para a final do triplo salto dos Jogos Olímpicos Paris 2024, com um pulo de 17,44, o que lhe deu também o 1º lugar no conjunto dos 32 atletas que integraram os dois grupos de apuramento.

O espanhol Diaz Fortun (17,24), o burquino Hugues Zango (17,16) e o americano Salif Mane (17,16) conseguiram a qualificação direta, saltando mais do que os 17,10 exigidos.

Tiago Pereira não foi além de um modesto 16,36 (15,84 no primeiro ensaio,15,96 no segundo e 16,36 no terceiro), registos que não lhe permitiram atingir a final, terminando a sua participação como o 25º classificado.

Tiago Pereira justificou que “estive rápido, estou forte, mas o desporto é assim, há dias em que as coisas não acontecem. Hoje foi um deles. A pista é rápida e não consegui apanhar os ‘timings’ certos. Em cada salto cometi um erro diferente, o que levou a que não passasse à final.”

JOParis-Portugal-Pimenta-07-08-2024

Hugo Delgado/Lusa/COP

Na Canoagem, Fernando Pimenta qualificou-se diretamente para as meias-finais de K1 1000, com uma vitória na série 1 das eliminatórias, no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne.

Pimenta cobriu o percurso em 3.29,76, tendo deixado o segundo qualificado, o bielorrusso Uladzislau Kravets, a mais de dois segundos (3.32,07).

Fernando Pimenta salientou que “as sensações, apesar de ter conseguido vencer, foram um bocado esquisitas. Tenho de rever a prova com o meu treinador, mas acho que consegui fazer uma boa gestão. Ainda havia mais qualquer coisinha para dar. O primeiro passo está dado e safei-me de fazer os quartos de final. Agora é descansar, recuperar e fazer mais uns treinos para no sábado me sentir em condições de lutar por um lugar na final A.”

Teresa Portela também conseguiu igualar a proeza de Pimenta, ainda que fazendo mais uma eliminatória, pois teve que passar pelos quartos de final do K1 500, onde ficou na quarta posição com o registo de 1.52,40, numa prova em que se qualificavam as cinco primeiras e procurou dosear o esforço, pagaiando entre o 2º e o 4º posto.

Antes, nas eliminatórias, fase em que poderia ter assegurado o apuramento direto para as meias-finais, Teresa Portela fora 3ª classificada na 6ª série, com apenas mais um décimo de segundo (1.51,03) do que a 2ª classificada e última qualificada, a dinamarquesa Emma Jorgensen (1.50,93).

Teresa Portela registou “o facto de não ter passado diretamente, de manhã, numa eliminatória com a 2ª e a 3ª do Campeonato do Mundo, acabou por me dar alguma motivação, mas o que estava combinado era tentar gerir, pois passavam as cinco primeiras e não valia a pena um esforço extra. De manhã, era muito provável eu ser 3ª e não passar, não foi uma novidade, mas queria, com o meu treinador, ver quão perto estava das melhores do mundo, e a verdade é que fiquei muito perto. Não sei se é a minha melhor prova, mas consegui ir com elas, o que me deixa com confiança e sem medo, sabendo que nas meias-finais passam só duas e vai ser muito apertado. Estarei preparada.”

Ainda na água, os ventos em Marselha não sopraram de feição e nenhuma das classes com velejadores portugueses saiu para a água nesta quarta-feira. Assim sendo, Mafalda Pires de Lima concluiu a sua estreia olímpica no 14º lugar, após seis regatas concluídas, com um total de 59 pontos net.

Na classe de Dinghy misto, 470, Diogo Costa e Carolina João viram a ‘medal race’ adiada para esta quinta-feira, dia em que se prevê que os ventos soprem com mais intensidade. A dupla portuguesa parte com a 5ª posição da geral para a regata decisiva.

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José Sena Goulão/Lusa/COP

O skater português terminou a qualificação no 13º lugar, com a melhor nota de 81,75 pontos, que não foi suficiente para estar entre os oito primeiros classificados, com acesso à final.

A qualificação foi liderada pelo australiano Keegan Palmer (93,78), seguido pelo americano Tom Schaar (92,05) e pelo italiano Alex Sorgente (91,14).

Thomas Augusto salientou que “estava focado em acertar aquela manobra, que acertei na segunda volta, e ainda acabei a linha. Estou muito feliz e muito orgulhoso por ter Portugal aqui no meu peito. Achei que a nota foi um pouco baixa, mas tinha uma parte da volta que podia ter sido um pouco melhor. Cheguei com um plano de ir à final e, com aquela volta, pensava que ia conseguir, mas o nível está muito alto. Não deu certo, mas vai dar certo em LA 2028. Vou chegar a casa, tirar uns dias, mas não posso esperar para voltar a treinar.”

 

O quadro de provas para os portugueses, nesta quinta-feira, é o que aqui se apresenta JOParis-Portugal-Programa-07-08-2024 JOParis-Portugal-Programa--07-08-2024

 

Pedido de casamento em português

 

A nota de rodapé para esta quarta-feira foi o pedido de casamento feito pelo lançador de peso Tsanko Arnaudov à quatrocentista Cátia Azevedo que, junto aos anéis olímpicos, na aldeia olímpica, selaram a relação com um abraço, depois do cavalheiro ter oferecido o anel de comprometimento. Lindo.

Tsanko nasceu em março de 1992 na cidade búlgara de Gotse Delchev, tendo vindo para Portugal nos anos 2000, tendo obtido a naturalização em 2010, representando o Benfica (depois de ter passado também pelos leões).

Cátia nasceu também em março mas de 1994, em Oliveira de Azeméis e está no Sporting há 15 anos.

 

Estados Unidos da América firme na liderança do medalheiro

 

Os Estados Unidos da América continuam a dominar o medalheiro destes Jogos Olímpicos Paris’2024, somando 94 medalhas (27 de ouro, 35 de prata e 32 de bronze), com a China no segundo posto, com 65 (25-23-17), fechando-se o pódio com a Austrália a somar 41 (18-12-11).

Seguem-se: França, com 51 (13-17-21); Grã-Bretanha, com 46 (12-17-20); Coreia do Sul, com 27 (12-8-7); Japão, com 31 (12-6-13); Itália, com 27 (9-10-8); Países Baixos, com 20 (9-5-6) e Alemanha, com 18 (8-5-5).

Portugal encontra-se no grupo dos 72ºs, com a medalha de bronze alcançada pela judoca Patrícia Sampaio (+ 7 Diplomas), juntamente com Cabo Verde, dos 80 que contabilizam medalhas conquistadas.

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