Segunda-feira 16 de Setembro de 7697

Velejadores Diogo Costa e Carolina João em novos mares para garantirem “medal race” em Dinghy misto

Portugal, país de marinheiros iméritos, que descobriram novos mundos ao mundo, continua a velejar na procura da obtenção de novos êxitos, no campo desportivo e, em especial, nos Jogos Olímpicos Paris’2024.

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No final da jornada desta terça-feira, a vela continuou – com o apoio do vento e a perícia dos atletas – a “embalar” Diogo Costa e Carolina João (Dinghy misto) para a presença, garantida, na “medal race”, sinal de que estará entre as dez primeiras embarcações que lutarão pelas medalhas do pódio, nesta quarta-feira.

A dupla Diogo Costa e Carolina João conseguiram chegar até à oitava regata e na quinta posição, assegurando o que era mais ambicionado

A embarcação da equipa lusa foi 2ª e 8ª, nas regatas 7 e 8, disputadas em Marselha, somou 49 pontos “net”, e consolidou a presença no grupo dos dez primeiras, tendo a falta de vento abreviado uma competição que deveria ter dez regatas antes da “medal race” e só teve oito. Lideram os austríacos Vadlau/Maehr (24 pontos “net”), os espanhóis Xammar/Brugman são 2.ºs (31), os japoneses Okada Yoshioka 3.ºs (35) e os suecos Dahlberg/Karlsson 4.ºs (39).

As condições meteorológicas acabaram por condicionar também o dia de Mafalda Pires de Pires que apenas disputou uma regata da classe Kite, a 6ª, na qual foi 9ª, mantendo o 14.º lugar da geral, com 59 pontos “net”. Lidera a francesa Lauriane Nolot, com 12 pontos “net”.

Ainda na água, João Ribeiro e Messias Baptista apuraram-se diretamente para as meias-finais do K2 500, depois de levarem a embarcação lusa ao 2º lugar, a sete centésimos (1.28,10) dos alemães Max Lemke/Jacob Schopf (1.28,03).

Para João Ribeiro, “o nosso objetivo era passar diretamente, para fazermos menos uma prova, podermos descansar e ver os adversários a competir. O outro objetivo era fazer uma boa prova, para entrar com o pé direito. Perdemos por um pouquinho com os alemães, mas as provas de K2 500 são assim, hoje perdemos nós, amanhã vamos ganhar. É estar de cabeça erguida e continuar a trabalhar.”

Segundo Messias Baptista, “não doseámos esforço, mas, inconscientemente, a eliminatória é uma prova em que, se calhar, não damos os 110%, damos só 100%. Na sexta-feira, na semifinal e na final será completamente diferente. As condições são boas. Normalmente o vento costuma estar de costas ou na diagonal, hoje estava um bocado mais de lado, mas estamos preparados.”

A meia-final está marcada para a próxima sexta-feira às 10h10.

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COP

Quem também esteve muito bem, ao apurar-se para a meia-final dos 1.500 metros, foi Salomé Afonso, que terminou no 5º lugar na eliminatória, tendo melhorado o recorde pessoal para 4.04,42.

Ainda no atletismo, Fatoumata Diallo obteve o 6º lugar na meia-final dos 400 metros barreiras, mas não logrou o apuramento para a final, fixando-se no 17º lugar entre as participantes nas três meias-finais.

A atleta portuguesa cumpriu a prova em 54,93, numa corrida ganha por Sydney McLaughlin-Levrone, dos Estados Unidos, a mais rápida também no conjunto das três semifinais.

Fatoumata Diallo, no final, revelou que “fiquei muito contente com esta experiência, mas queria mais. Não deu. Há um ano, no Campeonato do Mundo, saí logo nas eliminatórias, agora, estar nos Jogos e ser semifinalista é muito bom. Mas não fico satisfeita, porque quero sempre mais. Já sabia que com o meu tempo dava para me qualificar para as semifinais, mas eu queria ir à final.”

No salto em comprimento, a estreante Ágate de Sousa surgiu na pista condicionada por uma lesão que a impediu de lutar pela final do salto em comprimento. A portuguesa abriu o concurso da qualificação com salto nulo, para depois saltar 6,34 e fechar com 6,27. Tal resultado colocou-a na 24ª posição geral e fora dos 12 primeiros lugares que davam acesso à final.

Àgate referiu que “há um mês estava a espera de melhor, de passar a qualificação ao primeiro salto. Mas há uns cinco dias tive um toque, no dia antes da viagem fiz uma ressonância, cheguei aqui voltei a fazer outra, mas na minha mente tentava dizer para mim ‘estou bem, estou bem’, e aguentei até ao final. Tenho a certeza que poderia fazer melhor se não fosse o toque que tive”.

Nos 400 metros, Cátia Azevedo alinhou na terceira série das repescagens para conseguir a melhor marca da época na distância, 52.04 segundos, terminando no 5º lugar, resultado que foi insuficiente para progredir para a meia-final, reservada apenas à vencedora de cada série e aos dois melhores tempos globais.

No balanço da terceira participação olímpica, Cátia salientou que foi uma presença “positiva, que poderia ter sido melhor em termos de resultados, mas não se traduziu na pista aquilo que estou a valer e que mereço. Mas nem tudo é na pista que se demonstra, cresci muito como pessoa nestes Jogos Olímpicos porque tive mesmo de me superar para entrar em pista. Foi um ano muito complicado, tive uma rotura, o que abalou a minha confiança em competir e a minha confiança vem muito com a competição. As conquistas não são só resultado, o ‘season best’ é bom, mas estou a valer melhor”.

Com apenas um lançamento válido, Leandro Ramos não conseguiu a passagem à final do lançamento do dardo. O português lançou na primeira tentativa a 75,73 metros, com as duas tentativas seguintes nulas, tendo ficado afastado da final.

 

O quadro de provas para os portugueses, nesta quarta-feira, é o que aqui se apresenta

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Simon Biles e Jordan Chiles com vénia à brasileira Rebeca Andrade

 

Ainda correm mundo as imagens, vistas em direto por biliões de espetadores no mundo, da cortesia que as duas ginastas americanas (Simon Biles e Jordan Chiles, campeãs de alta roda) protagonizaram na cerimónia do pódio da ginástica artística.

Demonstrando um alto sentido ético, de desportivismo, Biles (prata) e Chiles (bronze) ajoelharam-se para “parabenizar” a brasileira, que se sagrou campeã olímpica na disciplina – que foi cognominada como Rainha – mostrando que, independentemente da nacionalidade, da cor da pela, da raça e de tudo o mais, há que reconhecer que os outros (neste caso, a outra, a campeã) foram melhores.

Rebeca que se tornou a atleta mais medalhada do Brasil em Jogos Olímpicos, com duas de ouro, três de prata e uma de bronze. Esplêndido!

Um gesto que como que “embrulhou” os milhares de espetadores presentes Na arena da Ginástica, num aplauso ruidoso, sentido e com amor nos corações de toda a gente. Lindo!

Uma outra referência para o ciclismo de pista e para a prova feminina, com cinco equipas a baterem o recorde mundial na categoria de “sprint”, com a formação britânica a juntar os dois triunfos principais: recorde mundial e título olímpico.

 

Estados Unidos da América voltou ao comando do medalheiro

 

Os Estados Unidos da América regressaram ao comando do medalheiro destes Jogos Olímpicos Paris’2024, somando um total de 86 medalhas (24 de ouro, 31 de prata e 31 de bronze), com a China a descer ao segundo posto, agora com 59 (22-21-16), fechando-se o pódio com a Austrália, a somar 35 (14-12-9).

Seguem-se: França, com 48 (13-16-19); Grã-Bretanha, com 46 (12-15-19); Coreia do Sul, com 26 (11-8-7); Japão, com 29 (11-6-12); Itália, com 26 (9-10-7); Países Baixos, com 19 (8-5-6) e Alemanha, com 17 (8-5-4).

Portugal encontra-se no grupo dos 69ºs, com a medalha de bronze alcançada pela judoca Patrícia Sampaio (+ 7 Diplomas), juntamente com Cabo Verde, dos 76 que contabilizam medalhas conquistadas.

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