Quinta-feira 16 de Setembro de 8528

Portugal com Vela no bom caminho para as “medal race” em Paris’2024

 Diogo Costa e Carolina João

DR

Com as velas ao vento, Portugal está no bom caminho para poder participar nas “medal races” – a última regata que dá acesso às medalhas, ainda que seja necessário, nesta segunda-feira, que as duas formações em atividade terminem a fase de apuramento entre os dez melhores.

Eduardo Marques baixou à 11ª posição na classificação geral da classe Dinghy masculino (IlCA 7), em Marselha.

O velejador luso conta agora 101 pontos “net”, na sequência de uma largada irregular penalizada com 44 pontos, na regata 7 – que descarta, mas o obriga a aproveitar um 35º lugar – e uma 3ª posição na regata 8, que chegou a estar interrompida. Nesta altura, dois pontos separam Eduardo Marques da “medal race” destinada aos dez primeiros e cuja qualificação ficará decidida na segunda-feira com a realização das duas últimas regatas.

Lidera o australiano Matt Wearn, com 38 pontos; o cipriota Pavlos Kontides é 2.º (52) e o peruano Stefano Peschiera o 3.º (62).

Ainda na vela, Diogo Costa e Carolina João saltaram, este domingo, do 16º para o 7º lugar da classificação geral da classe Dinghy misto (470), na competição de Vela dos Jogos Olímpicos Paris 2024.

A embarcação da Equipa Portugal foi 2ª na regata 5 e 4ª na regata 6, passando a somar 39 pontos “net”, o que lhe permitiu entrar na zona dos qualificados para a “medal race”. Lideram os austríacos Vadlau/Maehr (17 pontos), são 2.ºs os espanhóis Hernandez/Brugman (22) e os japoneses Okada/Yoshioka 3.ºs (23).

Fatoumata Diallo apurou-se este domingo diretamente para as meias-finais dos 400m barreiras, nos Jogos Olímpicos Paris 2024, ao ser 2ª classificada na primeira eliminatória, com o tempo de 54,75.

Qualificavam-se diretamente as três primeiras classificadas de cada série e a atleta – que fez a segunda melhor marca pessoal de sempre – tem como melhor o recorde nacional de 54,65, tendo sido suplantada na eliminatória pela jamaicana Rushell Clayton (54,32).

“O meu objetivo era chegar à meia-final, mas vou tentar ir à final, não quero sair dos Jogos Olímpicos arrependida, mas a saber que dei tudo de mim”, disse Fatoumata Diallo.

No conjunto das 39 atletas que correram as eliminatórias, Fatoumata Diallo foi a 11ª, tendo o melhor tempo sido de Femke Bol, dos Países Baixos (53,38).

joao coelho

COP

Nos 400 metros (masculinos), João Coelho apurou-se para repescagem depois de ter sido o 4º classificado na série 6 da ronda 1, este domingo.

Apuravam-se os três primeiros de cada série e o atual recordista nacional (44,79) foi 4º com o tempo de 45,35, a melhor marca pessoal da época. Colocado na pista 9, foi obrigado a partir sem referências à sua frente, tendo a sua corrida sofrido uma aceleração a partir do momento em que teve ao seu lado o japonês Fuga Sato, a quem acabou por se superiorizar na reta final.

“O meu objetivo era ficar nos três primeiros, acho que fiquei aquém daquilo que estou a valer. Este domingo há mais e concordo que haja esta ronda de repescagens, porque a nossa melhor corrida não é a primeira”, disse.

No conjunto das seis séries, João Coelho foi o 26º, entre 44 atletas, tendo sido o mais rápido Michael Norman, dos Estados Unidos, com 44,10.

Na Vela, Mafalda Pires de Lima terminou o primeiro dia de regatas da classe Kite feminino no 13º lugar, tendo sido 8ª, 16ª, 14ª e 13ª nas quatro regatas do dia. Como descarta o pior resultado, soma 35 pontos “net”. Lidera a francesa Lauriane Nolot, com 5 pontos.

Passam à final da competição as duas primeiras classificadas da qualificação, do 3º ao 10º lugar qualificam-se para as meias-finais.

No atletismo, Isaac Nader foi 8º classificado na primeira meia-final dos 1500 e ficou fora da qualificação para a corrida que decidirá as medalhas.

O atleta precisava de ser, pelo menos, o 6º classificado para chegar à final e esteve bem colocado para o conseguir, mas a reta final foi penalizadora e o italiano Pietro Arese ficou com a vaga (3.33,03).

Na prova ganha pelo norueguês Jakob Ingebritsen (3.32,28), atual campeão olímpico, Isaac Nader fez o tempo de 3.34,75. “Estava bem colocado, mas nos últimos 100m faltaram-me as pernas. Os outros sete foram melhores do que eu, essa é que é a realidade”, explicou o atleta português, que também apontou alguma desigualdade na constituição das séries. “Na outra meia-final havia cinco atletas acima dos 3.34, nesta havia dois.”

No conjunto das duas meias-finais – 24 atletas – Isaac Nader foi o 20º, tendo sido Yared Nuguse, dos Estados Unidos, o mais rápido (3.31,72).

Por seu lado, Lorene Bazolo foi, este domingo, 5ª classificada na 1ª série das eliminatórias dos 200m, com 23,10, e seguiu para a repescagem a disputar esta segunda-feira.

A atleta lusa, a correr na mesma série da campeã olímpica dos 100m, Julien Alfred, de Santa Lucia, fez a melhor marca pessoal da época, mas pensa melhorar na repescagem de acesso às meias-finais. “Acho que estou a valer uma marca abaixo dos 23 segundos e vou tentar melhorar aquilo que fiz aqui hoje”, referiu Lorene Bazolo.

No conjunto das seis séries, Lorene Bazolo fez o 26º tempo entre 45 atletas, tendo sido Gabrielle Thomas, dos Estados Unidos, a mais rápida (22,20).

Nas repescagens, apuram-se para as meias-finais as vencedoras de cada uma das quatro séries, mais os dois melhores tempos.

Daniela campos

Francisco Paraíso / COP

No ciclismo, Daniela Campos concluiu a estreia olímpica com o 41º lugar na prova de Estrada, com 4h07m16s, e voltou a colocar o ciclismo feminino português nos Jogos Olímpicos, depois de Ana Barros em Atlanta’1996, há 28 anos.

A vencedora foi a americana Kristen Faulkner (3h59m23s) que se isolou a cerca de 4 km da chegada, com Marianne Vos, dos Países Baixos, e Lotte Kopecky (Bélgica) a subirem também ao pódio, depois de uma chegada decidida no photo finish e que deixou Blanka Vas fora das medalhas.

Daniela Campos salientou que “faço um balanço positivo, não foi medalha nem nada parecido, mas acho que foi um resultado excelente. Saio daqui muito contente, porque ainda sou sub-23 e não poderia estar mais contente, mais satisfeita, e sei que as pessoas que trabalham comigo sabem a importância de finalizar uma competição deste nível”.

Entretanto, chegam este domingo a Paris os atletas Fernando Pimenta e Teresa Portela (canoagem), a ciclista Maria Martins e a nadadora (águas abertas) Angélica André.

O quadro de provas para os portugueses, neste domingo, é o que aqui se apresenta

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EUA conquistaram ouro nos 100 metros vinte anos depois

 

Entre números e mais números, afinal o que se passa em cada recinto onde haja atividade desportiva nos Jogos Olímpicos Paris’2024, esta edição continua a bater recordes, dando-se relevo à prova dos 100 metros (masculinos), com os Estados Unidos a conquistarem, vinte anos depois (2004-2024), o título de campeão olímpico através do triunfo alcançado por Noah Lyles (9,79 segundos) – recorde pessoal para o atleta – ainda assim idêntico ao que o jamaicano Kishane Thompson também conseguiu, com o desempate a ser levado até aos milésimos de segundo para confirmar que o peito de Noah passou primeiro que o de Kishane. O norte-americano Fred Kerley conquistou a medalha de bronze (9,81).

Pela primeira vez na história dos Jogos e das competições de atletismo de alto nível, nos 100 metros, todos os oito primeiros atletas completaram a corrida abaixo dos 10 segundos, o que justifica uma maior velocidade por parte de toda gente, ainda que seja necessário conhecer o resultado (negativo) do controlo de antidopagem para os primeiros três classificados (os medalhados).

A propósito da dopagem, não se sabe se tem havido controlos fora de competição, porquanto nada se encontra em qualquer pesquisa.

EUA subiram ao comando e França bateu recorde de medalhas conquistadas

O fator principal é a constatação de que a França, ao chegar às 44, bateu o recorde de medalhas conquistadas em Jogos Olímpicos, pelo que é de esperar que a cifra possa subir ainda mais.

No medalheiro, como se referiu, os Estados Unidos América, com um total de 71 medalhas (19 de ouro, 26 de prata e 26 de bronze), passaram a liderar os metais mais preciosos, com a República Popular da China a descer à segunda posição, com 45 (19-15-11), fechando-se o pódio com a França, que soma 44 (12-14-18).

Seguem-se: Austrália, com 31 (12-11-8); Grã-Bretanha, com 37 (10-12-15); Coreia do Sul, com 24 (10-7-7); Japão, com 24 (9-5-10); Itália, com 22 (7-10-5); Países Baixos, com 15 (6-5-4) e Alemanha, com 12 (5-5-2).

Portugal encontra-se no grupo dos 61ºs, com a medalha de bronze alcançada pela judoca Patrícia Sampaio (+ 6 Diplomas), juntamente com Cabo Verde e mais oito países, dos mais de 70 que contabilizam medalhas conquistadas.

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