Setenta e três atletas (37 do sexo feminino e 36 do masculino, o que se verifica pela primeira vez em relação a esta “guerra” dos sexos, com as mulheres a suplantarem os homens) compõem a equipa portuguesa que, este sábado, dará início à 33ª edição dos Jogos Olímpicos de Verão – Paris 2024.
Quinze são as modalidades, com 21 disciplinas em disputa, num total de 67 (33 femininos, 28 masculinos e 6 mistos) eventos de medalhas, com os atletas lusos preparados para todas e quaisquer surpresas, no que ao desporto respeita.
A média de idades total é 28,8 anos (femininas: 29,1 anos e masculinos: 28,5 anos), sendo Gabriel Albuquerque, 18 anos (Ginástica) o atleta mais novo e Fu Yu, 45 anos (Ténis de Mesa), mais antiga, tendo como referência a idade no dia da cerimónia de abertura, esta sexta-feira.
Com perfeita normalidade, o Comité Olímpico do Portugal fez as “contas” e apontou como hipótese mais “precisa” a conquista de quatro medalhas, sem especificar o metal, número que Portugal alcançou em Tóquio’2021, relativa à 32ª edição (2020), atrasada para o ano seguinte devido à pandemia da covid19.
Cálculos feitos como base na edição anterior, que foi a melhor de sempre para o país, ainda que pairava (e paira) no ar que se chegar às cinco medalhas poderá ser uma situação até natural, em função dos resultados que os atletas selecionados alcançaram, ainda que muitos fatores possam influenciar o rendimento nas provas que este sábado se vão iniciar.
Mas não foi só o Comité Olímpico de Portugal que, por força da regulamentação em vigor, teve que escrever no contrato-programa que foi feito com o governo qual a perspetiva da entidade coordenadora da preparação.
Como é cada vez mais normal, por força de outra área que se infiltra cada vez no desporto – as apostas – também o correspondente tecido empresarial trata de lançar para o público vários sistemas de apostas para que, com isso, possam lucrar milhões.
Para o caso, a “Sports Illustrated”, revista norte-americana ligada ao desporto, prenunciou, entre outras coisas, que Portugal conquistará quatro medalhas, as mesmas que em Tóquio’2021. Nada de anormal.
Mas foi mais longe ao definir qual o metal conquistado: ouro (Fernando Pimenta) e prata (João Ribeiro e Messias Baptista) para a canoagem, bronze (Pedro Pichardo) para o atletismo e prata (Iuri Leitão, na pista) para o ciclismo. No dia 11 de agosto se verificará a veracidade deste e de outros palpites que vão surgir no dia a dia.
De acordo com o horário previsto, as primeiras (7 horas da manhã) a entrar em ação neste sábado serão as surfistas Yolanda Hopkins e Teresa Bonvalot, seguindo-se Manuel Grave (a partir das 9h30) no Hipismo (concurso completo de Dressage), com Catarina Costa (- 48kg) a entrar para o tatami pelas 10 horas e tentar lutar até ao fim do dia para poder chegar a uma medalha, o que não seria novidade!
A partir do meio-dia, Gustavo Ribeiro estará nas várias fases de apuramento na especialidade de Street (Skateboarding), hora a que Nuno Borges entrará no court para inicial a fase de singulares, juntando-se, ao longo do dia, a Francisco Cabral, no concurso de pares.
Com início pelas 14h30, Rui Costa e Nelson Oliveira estarão no contrarrelógio do ciclismo (estrada) e, pelas 16 horas, Marcos Freitas, Tiago Apolónia, Fu Yu e Jeni Shao entrarão no torneio de singulares (masculino e feminino) do Ténis de Mesa.
Do grupo de atletas presentes em Paris’2024, quatro atletas (Ana Cabecinha, Teresa Portela, Marcos Freitas, Tiago Apolónia) cumprem a quinta participação; três (Irina Rodrigues, Fernando Pimenta, Nélson Oliveira) chegam às três; oito atletas (Lorene Bazolo, Cátia Azevedo, João Ribeiro, Rui Costa, Filipa Martins, Jorge Fonseca, Fu Yu, Jieni Shao) completam três presenças; vinte e um atletas Salomé Afonso, Liliana Cá, Pedro Pichardo, Tiago Pereira, Francisco Belo, Tsanko Arnaudov, Messias Baptista, Raquel Queirós, Maria Martins, Maria Caetano, Catarina Costa, Bárbara Timo, Patrícia Sampaio, Rochele Nunes, Angélica André, Gustavo Ribeiro, Teresa Bonvalot, Yolanda Hopkins, Melanie Santos, Carolina João, Diogo Costa) cumprem a segunda presença e 37 são estreantes, mais de metade.
No por do sol (19 horas) de Paris, dar-se-á início, esta sexta-feira, a mais uma estreia, que é a cerimónia de abertura destes Jogos Olímpicos Paris’2024, com o Rio Sena a ser o palco privilegiado do desfile de todas as delegações, no que será um espetáculo multifacetado onde a luz, as cores, a água e o céu serão o limite do entusiasmo e da alegria dos largos milhares de presentes e dos milhões que seguirão todas as peripécias em todos os cantos do mundo.
No evento que marca oficialmente a abertura dos Jogos Olímpicos, no rio Sena, os porta-estandartes Fernando Pimenta e Ana Cabecinha levarão consigo, através dos seus uniformes, o coração de todos os portugueses a bater pela Equipa Portugal.
Dois conjuntos impactantes, que abraçam a tradição e a modernidade e que farão os nossos atletas brilhar perante o mundo!
A Decenio desenhou-os exclusivamente para este dia e contou com a colaboração da Cooperativa Aliança Artesanal de Vila Verde, que bordou à mão, ao longo de dois meses, os looks compostos por vestido, blazer e panamá para a marchadora e blazer, calção e panamá para o canoísta.