Carlos Nascimento, nas meias-finais dos 100 metros, e Francisco Belo, na final do peso, são dois dos atletas lusos que, no final da primeira ronda do europeu de atletismo Roma24, garantiram avançar nas respetivas provas, esperando-se que, neste sábado, possam continuar em frente.
Francisco Belo, que na qualificação do lançamento do peso, no grupo B, ficou em quarto lugar com 20,18 metros, revelou que “estava à espera que tivesse corrido melhor, mas atendendo a que o apuramento para a final era o mais importante. Tenho andado a trabalhar neste objetivo de fazer o meu melhor nos primeiros lançamentos e hoje notou-se isso, mas alguns condicionantes físicos levam a ter algum maior cuidado, mas o resultado foi positivo. Ter terminado nos 12 primeiros deixa-me satisfeito e amanhã (este sábado) vamos passo a passo, passar aos oito primeiros, depois tentar o melhor da época, tentar o recorde pessoal, são motivações mentais que vamos tendo”, afirmou.
Por seu lado, Carlos Nascimento, correndo na primeira série eliminatória dos 100 metros, ficou em quinto lugar com 10,35 segundos. “Por isso foi obrigado a esperar pelo final das três séries para confirmar esse apuramento. A prova não foi o que desejava, sabemos que posso fazer mais e melhor. Tive ali alguns percalços técnicos, tentei depois corrigir, mas numa corrida tão rápida, se não sai tudo perfeito somos penalizados. Agora estou nesta ansiedade de não ter a certeza se passo. Caso isso aconteça, o importante é amanhã melhorar os erros cometidos e tentar ser feliz”, afirmou Nascimento.
Apuradas ainda para as finais ficaram Salomé Afonso (4.06,83 nos 1.500 metros, com um registo próximo da melhor marca alcançada ao longo da época), Irina Rodrigues (61,32 no disco, ainda que bem longe do melhor alcançado antes, de 66,60), salientando-se Liliana Cá, que chegou aos 64,72 no lançamento do disco e garantiu a presença nos Jogos Olímpicos de Paris.
Gerson Baldé manteve-se em alta e também garantiu a presença na final do salto em comprimento com um pulo de 8,10 (com vento quase no limite +1,8), depois dos 8,14 na fase de apuramento.
Na final do lançamento do peso, Jessica Inchude não conseguiu ultrapassar-se e ficou em nono lugar, com um registo de 17,81 (depois dos 18,17 na fase de qualificação), situação que a deixou desgostosa, triste e em lágrimas, porquanto não conseguiu manter a regularidade como em provas anteriores, tendo o sonho ficado adiado.
Eliana Bandeira foi 15ª na fase de qualificação, com 16,76, bem longe dos 18,47 com que se apresentou na competição.
Na final dos 20 km marcha, a melhor lusa foi Vitória Oliveira, que finalizou no 17º lugar, com 1h33m39s. Para ela não foi o melhor registo, “mas foi o possível. Tentei primeiro seguir com elas, mas como o ritmo estava muito forte, contive-me, para me resguardar para a segunda parte da prova. Foi uma experiência para fixar e agora resta-me preparar o resto da temporada, em que os Jogos Olímpicos são objetivo”.
Quanto às duas outras portuguesas, Carolina Costa, chegou no 23º lugar, com 1.37.01, e Inês Mendes terminou na 25ª posição, com 1h37m23s.
No peso, Tsanko Arnaudov ficou visivelmente triste por não ter conseguido apurar-se para a final. Terminou em 8º lugar com 19,42 metros, um registo aquém do que esperava (apresentou-se com a marca de 20,41).
O mesmo sucedeu com Emanuel Sousa que, no disco, foi 26º na prova de qualificação, com 58,72, bem longe do recorde nacional (64,36) que alcançou este ano.
Na última prova da noite, Mariana Machado não esteve bem na final dos 5000 metros femininos. Ainda andou na frente da prova com as favoritas, mas depois “afundou-se” e desistiu.
A abrir o segundo dia (este sábado), os 3000 m obstáculos terá duas meias-finais, onde estará Etson Barros às 9h10 (mais uma hora em Roma).
A manhã completa-se com as eliminatórias dos 100 metros femininos, três séries, a partir das 9h50, com Lorene Bazolo, Rosalina Santos e Arialis Gandulla, seguindo-se as dos 400 metros, com João Coelho já apurado para as meias-finais, enquanto Omar Elkhatib corre às 10h45 e, em femininos, Cátia Azevedo correrá às 11h20.
De salientar (e recordar) que a melhor classificação de Portugal nos Europeus de pista ao ar livre vem de Budapeste, com um 10º lugar (posição igualada de quatro anos antes, em Helsínquia) e um total de seis medalhas (o máximo conseguido até agora), seguido de Barcelona (2010) e Amesterdão (2016), com cinco medalhas.
Em Portugal as provas podem ser acompanhadas na RTP e RTP Play.