Não tendo a felicidade alcançada no jogo da meia-final, Portugal não encontrou força anímica suficiente para o jogo da final, onda a Itália se apresentou com maior capacidade, não dando o espaço suficiente para que a formação lusa chegasse ao título europeu de sub-17.
Foi o regresso de Portugal a uma final de uma prova onde já não estava presente desde 2016 (oito anos). Na altura, a equipa das quinas conquistou o título nas grandes penalidades, frente à Espanha, numa geração onde atuavam nomes que agora integram a Seleção A, tais como Diogo Costa, Diogo Dalot e Rafael Leão.
Recorde-se que Portugal chegou a esta fase da competição, depois de ter terminado na primeira posição do Grupo D, o ‘grupo da morte’, com Inglaterra, França e Espanha. Nos quartos de final, a equipa de João Santos bateu a Polónia e nas meias-finais superou a Sérvia, num jogo com contornos épicos. Já a Itália venceu o Grupo C, com Polónia, Suécia e Eslováquia, tendo batido nos quartos de final a Inglaterra e nas meias-finais a Dinamarca.
A equipa das quinas terminou com o estatuto de vice-campeão da Europa de sub-17, depois das conquistas de 2003 e 2016. Já a Itália, logrou o primeiro título na categoria.
Na partida decisiva, foi a Itália a primeira formação a tentar o golo, com um remate logo no primeiro minuto a sair forte mas ao lado da baliza de Diogo Ferreira. Ao minuto 3, novo aviso sério à baliza portuguesa.
O primeiro golo acabou mesmo por surgir pouco tempo depois, com Coletta (8′) a cabecear sem hipóteses de defesa, para o fundo da baliza portuguesa.
Ao minuto 13, Diogo Ferreira com uma enorme defesa negou aquele que seria o 2-0 para a Itália. Contudo, dois minutos depois, o segundo golo viria mesmo a surgir, através de um excelente trabalho no corredor direito de Camarda. No entanto, o lance pareceu ser precedido de fora-de-jogo.
Foi à passagem do minuto 19 que surgiram as duas primeiras grandes ocasiões de Portugal. Abertura de Rodrigo Mora na direita, incursão de Quenda para o meio com o disparo do extremo a sair fortíssimo e venenoso. O guardião italiano defende para a frente, onde surge Eduardo Fernandes a fazer a recarga, que também é defendida. Dois minutos depois, boa nova defesa a mais um remate de Quenda.
Portugal estava na sua melhor fase do jogo e aos 26 minutos quase inaugurava de novo o marcador, mas o cabeceamento de Rodrigo Mora saiu ao lado. No minuto a seguir, foi a Itália a ameaçar o terceiro golo.
Ao minuto 29, mais uma grande oportunidade para Portugal, mas o guarda-redes transalpino mostrou-se em grande plano, perante o bom remate de Eduardo Fernandes.
O jogo estava com oportunidades de golo para ambos os lados e ao minuto 34, Diogo Ferreira mostrou-se em bom plano a controlar as intenções de meia distância italianas. No minuto seguinte, o mesmo desfecho, mas na baliza contrária. Eduardo Felicíssimo arriscou o remate, agarrado pelo guardião italiano.
Já perto do intervalo, Rodrigo Mora teve o primeiro de Portugal nos pés, em duas ocasiões. Os remates, contudo, saíram ao lado. Também Quenda desperdiçou um cabeceamento em zona privilegiada.
A primeira parte terminou com a Itália a vencer por dois golos, fruto da sua entrada forte na partida. Ainda assim, já se justificava o golo português. A ineficácia presente nos quartos de final e na meia-final continuava a dar conta de si.
A segunda parte começou com Portugal a procurar assumir o jogo e a Itália a procurar as transições rápidas para o ataque. Diogo Ferreira fez uma boa intervenção numa dessas situações de jogo, logo ao minuto 47. No entanto, três minutos depois, o terceiro golo italiano surgiu, com Camarda a não falhar na cara do guardião português.
O terceiro golo praticamente sentenciou a partida e apenas a espaços iam surgindo oportunidades de golos, apesar de Portugal ter mais bola, como já se previa. O resultado manteve-se inalterado e a Itália sagrou-se, pela primeira vez, campeã da Europa.
Rodrigo Mora distinguido como melhor marcador
Rodrigo Mora, internacional português, venceu o prémio de melhor marcador do Europeu Sub-17 que terminou com a vitória de Itália.
O camisola 20 português foi distinguido devido aos seus cinco golos (um contra a Espanha e dois contra a Inglaterra na fase de grupos, um contra a Polónia nos quartos de final e um contra a Sérvia, no jogo das meias-finais).
O internacional português foi uma figura de destaque desde a primeira jornada da prova, tendo feito as delícias dos adeptos que acompanharam a prova.