Começando pelo fim, o FC Porto fez tudo para baralhar os prognósticos e chegar ao fim como vencedor da Taça de Portugal, tendo St Juste aberto o marcador (20’), com Evanilson – o homem do jogo – a empatar (25’) e Taremi (100’) a fechar a contra do triunfo portista, que se aceita, porquanto o Sporting cometeu erros de palmatória, que ditaram a derrota.
Tendo entrado a jogar de forna rápida, o Sporting deu a entender que tudo faria para levar o “caneco” para casa, pese embora se tenha percebido, bem cedo, que “faltava” qualquer coisa para “temperar” a partida.
Por um lado, o jovem guardião leonino, Diogo Pinto, não se sentiu tão à vontade quanto seria de esperar e uma e outra desconcentração foram notadas mas que os portistas também não souberam aproveitar, enquanto os defesas, médios e avançados também encontraram dificuldades para se imporem à altura de uma equipa recém campeã nacional, como se foi comprovando ao longo do encontro, em que a equipa de Sérgio Conceição dominou de princiípio, de acordo com as estatísticas divulgadas: 25-12 remates, 5-8 remates para a baliza, 66/34% de posse de bola, 607-329 passes e 84/68 em termos de precisão do passe.
St Juste (9’) rematou forte mas à figura de Diogo Costa, seguido de uma cabeçada de Pedro Gonçalves em que a bola saiu ao lado, o Sporting deu mostras de que podia ir mais além, o que foi confirmado pela armada sportinguista porquanto (20’) St Juste acabou por colocar o Sporting na frente do marcador. No seguimento de um pontapé de canto, meticulosamente marcado e guiado por Pedro Gonçalves para a sua cabeça, o médio sportinguista elevou-se mais alto do que toda a gente e cabeceou, levando a bola a entrar entre o poste e o guardião Diogo Costa, que não chegou a tempo de defender.
Mas os leões não tiveram tempo para saborear a vantagem, porquanto (cinco minutos depois), o FC Porto chegou à igualdade, após Catamo, na sua grande área, adiantar a bola que foi diretamente para Evanilson controlar, dominar e rematar para bater um Diogo Pinto sem dificuldade, porque também apanhado de surpresa.
Mas a equipa leonina continuava a demonstrar um certo desnorte quando o FC Porto atacava, tendo St Juste sido expulso (29’) por ter derrubado o avançado à entrada da área. Caso só foi esclarecido com a ajuda do VAR.
O defesa leonino foi expulso e o Sporting passou a jogar com dez jogadores, o que não era gratificante, porquanto a equipa manteve-se sem ter soluções para marcar golos, até porque a “máquina” Yokeres continuava a não conseguir nem sair para a frente nem avançar porquanto estava sempre ladeado por dois ou mais jogadores portistas, como que entalado, motivo pelo qual não teve oportunidades para o efeito.
Como a equipa não “funcionava”, Ruben Amorim fez (35’) entrar Eduardo Quaresma para o lugar de Morita, mas nem isso melhorou muito.
A concluir-se a primeira parte, Evanilson voltou a incomodar Diogo Pinto, mas a bola subiu muito e saiu por cima da barra, tendo o Sporting enveredado por uma maioria de jogadas individuais, sem efeitos práticos, porquanto os portistas dominavam, com 60/40% de posse de bola em 5-5 remates para a baliza.
No segundo tempo, Taremi subiu ao relvado, por troca com João Mário, com Sérgio Conceição a tentar virar o resultado a seu favor, mas foi o Sporting a criar perigo (48’), com Diogo Costa a fazer uma grande defesa e a evitar o golo leonino, tal como Diogo Pinto (50’) desviou a bola rematada por Galeno, evitando também o golo do Porto numa segunda oportunidade criada pelos portistas que, recorde-se, continuou sempre em vantagem numérica.
O que levou a uma maior pressão sobre o Sporting, que foi obrigado a fazer recuar Catamo e Nuno Santos para defesas laterais.
Situação complicada (63’) quando Diogo Pinto saiu aos pés de Francisco Conceição (que estava em posição de fora de jogo), tendo o Sporting ganhado a bola, depois de uma falha do defesa direito, mas que não deu seguimento por inércia leonina.
Na passagem do 75º minuto de jogo, a bancada portista começou a acender tochas e mandá-las para dentro do campo, sem atingir a área de jogo, enquanto o encontro perdia algum interesse, concluindo-se a segunda parte com o empate a uma bola.
No prolongamento, o Sporting voltou a não conseguir mudar o registo e foi o guardião Diogo Pinto, a ditar a sentença (100’) depois de derrubar o avançado portista na área, que deu origem à grande penalidade que Taremi não desperdiçou.
O Sporting voltou a ficar sem a Taça (que vem de há duas dezenas de anos) e o FC Porto conseguiu a terceira consecutiva, para gáudio de Pinto da Costa na hora da despedida.
Evanilson o melhor jogador e Gonçalo Inácio com Prémio Fair Play
O avançado do FC Porto, Evanilson, foi distinguido pelos jornalistas acreditados para a final da Taça de Portugal Placard como o homem do jogo.
O autor do primeiro golo dos dragões recebeu o troféu das mãos do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Paulo Duarte de Sousa.
Gonçalo Inácio, do Sporting, arrecadou o prémio ’fair-play’, pelo comportamento demonstrado durante toda a partida, distinção que foi decidida por um comité de especialistas que acompanhou a final da prova rainha.
Jovens vestidos de negro e à solta (fora do Estádio) criaram confusão
Neste domingo – e em abono da verdade – tudo esteve mais calmo em termos de comportamentos de espírito desportivo e fair play, mas voltaram a ser os adeptos do FC Porto a provocarem desacatos depois de, primeiro, terem começado (26’) a mandar bancos (arrancados da bancada) e também utilizarem tochas de fumo (75’), ainda que por pouco tempo.
Mas o material pirotécnico continua a entrar nos estádios.
Mais grave foi o que se passou no acesso pedonal dos parques de estacionamento às bancadas, onde grupo de duas dezenas de jovens, vestidos todos de negro, foram ofendendo pessoas que se dirigiam para o mesmo local, numa provocação que não deu problemas de maior, porquanto os cidadãos que por ali passavam – e foram aos milhares – não ligaram muito ao assunto.
Mas, de um momento para o outro, a situação “azedou” porquanto se iniciaram confrontos físicos, obrigando a atuação musculada da PSP, que terminou com as provocações.
Pelo que se deduz que os “provocadores” estão em todo o lado, a qualquer momento, neste caso num local em que não havia policiamento visível.