O Sporting sagrou-se campeão da Europa de hóquei em patins, depois de bater a UD Oliveirense/Simoldes na final, por 2-1, no que é o quarto título europeu dos leões.
Para chegar aqui, os leões tiveram que ultrapassar equipas como o Reus (Espanha), Benfica e Calafell (Espanha) na fase de grupos; Barça nos quartos e FC Porto/Fidelidade na meia-final.
O pavilhão Rosa Mota esgotou para ver um jogo digno de uma final da champions de hóquei em patins, que começou equilibrado, mas com o Sporting a deixar alguns avisos de perigo que acabaram por se concretizar no primeiro da tarde: uma bomba do centro do rinque de Nolito Romero, sem hipóteses para Xano Edo, que não viu a bola partir, e estava feito o 1-0.
O golo deu tranquilidade aos leões, ao passo que a UD Oliveirense/Simoldes acusou algum nervosismo numa partida com ritmo bastante intenso que obrigava as equipas a manter uma rotação alta.
Os comandados de Edo Bosh entraram melhor na etapa complementar decididos a ameaçar a baliza leonina, como foi o caso de Xavi Cardoso que surgiu isolado a rematar ao poste da baliza de Girão. Mais perto do golo, a UDO chegou mesmo ao empate, mas de bola parada, ao minuto 14: Platero viu o azul e, na cobrança do respetivo livre direto, Lucas Martinez repôs a igualdade a uma bola.
Dois minutos depois a equipa de Oliveira de Azeméis cometeu a 10ª falta. Chamado a converter, João Souto colocou novamente os leões em vantagem (2-1, minuto, 12).
A oito minutos do final a UDO perdeu a oportunidade de empatar pelo livre direto da 10ª falta leonina, com Girão a negar o golo a Lucas Martinez. Até ao final, o Sporting conseguiu travar o ímpeto da UDO (que no último minuto jogou em 5 x 4), gerir o tempo de jogo e manter a vantagem no marcador que lhe permitiu sagrar-se campeão da WSE Champions League.
No final do jogo, João Souto não escondeu a felicidade de conquistar o seu segundo título europeu, explicando que este foi «um ano duríssimo» em que os leões perderam «duas finais, mas praticámos um hóquei espetacular e não conseguimos vencer. O nosso treinador por motivos pessoais ia-nos deixar e merecia que lhe déssemos esse título antes de sair do Sporting. Fez um excelente trabalho e nós, enquanto jogadores, melhorámos nestes dois anos», disse.
Também no final, Alejandro Dominguez era um treinador bastante emocionado, revelando que «ganhar um título tão importante já por si é emocionante, mas com a situação que vivi nesta época, é muito especial para mim», enfatizando que «é uma alegria enorme e que toda esta alegria «está relacionada com o que se vive no balneário e o trabalho que fazemos diariamente». O técnico fez questão de agradecer «aos sportinguistas, aos jogadores, a todos os que acreditaram no meu trabalho, ao staff e à minha família».