Portugal segue com a motivação em alta após mais um dia de trabalho na Cidade Berço naquela que será a última semana internacional de 2023/2024, em virtude de o conjunto luso ter falhado o apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Os comandados de Paulo Pereira são cabeças de série neste Play-Off para o próximo Mundial, que vai apurar 11 seleções para esta competição, que terá lugar na Croácia, Dinamarca e Noruega, em janeiro de 2025.
Recorde-se que, nas participações recentes, a Seleção Nacional terminou na 13ª posição, em 2023, e três postos acima, em 2021, no Egipto. A formação das Quinas almeja a terceira qualificação consecutiva para o Mundial, no qual Portugal já participou por cinco ocasiões em toda a história.
Para alcançar este feito, os Heróis do Mar terão que levar de vencida a formação da Bósnia e Herzegovina no agregado dos dois jogos do Play-Off, sendo que o primeiro terá lugar em Guimarães, no Pavilhão Desportivo Unidade Vimaranenses, esta quinta-feira, pelas 19h30 e, posteriormente, no domingo, na cidade de Tuzla, a terceira maior cidade daquele país dos Balcãs.
Paulo Pereira, selecionador nacional, acredita ter uma formação mais forte do que o conjunto balcânico, mas não o subestima, referindo que “claro que assumimos o favoritismo. Se não nos conseguirmos apurar para o play-off, é um autêntico fracasso, embora o fracasso esteja sempre a caminho do êxito. Não se pode ganhar sempre. Não se vai perder sempre. Obviamente, somos favoritos. É importante eles sentirem que não nos podem ganhar. Às vezes, o resultado pode não ser exatamente o espelho do que acontece no jogo. Temos de os fazer sentir que somos melhores. A partir daí, se tudo acontecer normalmente, vamos vencer, esperando a maior margem possível”
Esta formação balcânica, recorde-se, não é apurada para um Campeonato do Mundo desde 2015, altura em que foi ao Qatar, vencendo o Grupo 5 de qualificação, onde estava Portugal e, posteriormente, venceu no Play-Off a famosa Islândia, pela margem mínima. Nesta participação, a Bósnia e Herzegovina apenas somou uma vitória, na estreia frente ao Irão, tendo sido afastada precocemente da prova.
O histórico de confrontos entre Portugal e Bósnia e Herzegovina é fácil de descrever, com apenas três jogos oficiais a registar. Os dois primeiros duelos de sempre entre as duas seleções foram referentes, tal como agora, à qualificação para o Campeonato do Mundo, no caso de 2015, mas antes do derradeiro Play-Off.
Portugal, Bósnia e Herzegovina, Letónia e Estónia disputaram o Grupo 5 da qualificação e à 3.ª jornada, a 3 de novembro de 2013, os bósnios venceram por 31-29, na sua capital, Sarajevo.
Mais tarde, na última jornada e já com as ambições desfeitas fruto de um percalço com a Letónia pelo meio, Portugal vingou o desfecho do primeiro jogo e venceu a Bósnia e Herzegovina a 12 de janeiro de 2014, em Mafra. A seleção bósnia haveria de passar em primeiro e avançar para o Play-Off, tendo vencido a Islândia, e apurado-se para o Mundial de 2015… pela primeira e última vez até aos dias de hoje.
A última vez que as duas seleções cruzaram caminhos foi precisamente seis anos depois, a 12 de janeiro de 2020, desta vez a contar para o Grupo D do Campeonato da Europa. Os Heróis do Mar venceram por 27-24, para garantirem o segundo lugar do grupo e avançarem para aquela que viria a ser uma caminhada histórica, que culminou com o 6.º lugar.
Hoje, tal como em 2013/2014, Portugal e Bósnia e Herzegovina voltam a disputar a presença num Campeonato do Mundo, mas agora diretamente no Play-Off, sem terem que passar por uma primeira etapa de qualificação. Pelo passado recente, o favoritismo pertence aos Lusos neste quarto duelo da história entre as duas seleções.
Os gémeos de Maglaj e um atirador ambidestro são as principais armas do conjunto dos Balcãs. Ao contrário de Portugal, a Bósnia e Herzegovina é uma seleção com uma média de idades elevada e é na qualidade de jogadores experientes que reside a ameaça maior.