Com dois golos apontados em dois minutos (87’ e 88’), Gyokeres – no banco no primeiro tempo – saltou para o relvado super-motivado para dar a volta ao resultado (o Sporting perdia por 2-0) em dois momentos de “paralisia” da formação de Sérgio Conceição, que deu no empate.
Os portistas entraram, quiçá, mais empenhados face à eleição de André Villas Boas, querendo despedir-se de Pinto da Costa (presidente ao longo de 42 anos) com um triunfo, em forma de agradecimento para uma despedida em paz com todos.
Tanto foi que (7’) Francisco Conceição aproveitou da melhor forma uma desatenção da defesa leonina, em especial de Israel que “entregou” a bola, assistiu Evanilson para este abrir o marcador.
Os leões tentaram recuperar mas a defesa leonina manteve-se “inconstante”, tanto que Evanilson esteve à beira do 2-0 (33’), rematando a malha lateral da baliza de Israel, se bem que o segundo golo portista surgiu pouco depois (40’), quando Pepê, assistido pelo jovem (18 anos) Martim Fernandes, confirmou o 2-0 com que se chegou ao intervalo, depois de (44’) Francisco Conceição ter falhado um possível 3-0, face a uma bola recebida de Daniel Bragança que isolou o avançado portista, que preferiu rematar tendo dois colegas por perto com mais espaço de manobra, não acertando na baliza.
Talvez por excesso de confiança, o Sporting não rendeu o que devia, se bem que tenha entrado em campo com um onze não normal, com Gonçalo Inácio a jogar a defesa esquerdo (porque que ficou Nuno Santos no banco, tal como Morita?).
Daí que Rubem Amorim fosse forçado a “atacar” o problema na entrada para a segunda parte, com a entrada de Nuno Santos, Morita e o homem do ano, Gyokeres, ainda assim a “aquecer” o motor para poder funcionar em pleno o mais cedo possível.
“Mais cedo” só surgiu ao minuto 87’, quando Gyokeres, assistido por Nuno Santos, que aproveitou a bola perdida por um defesa portista para a remeter ao ponta de lança leonino para rematar e fazer o 2-1.
No minuto seguinte (88’), desta vez sob assistência de Edwards, Gyokeres chegou ao 2-2, em ambas as situações aproveitando as “distrações” da defesa portista, como que “anestesiada” pelo “leão rampante” Gyokeres, que caminha para ser o melhor marcador da época, logo no primeiro ano com a camisola leonina vestida.
Apesar da “galvanização” da equipa leonina, Edwards quase “manchou” a recuperação sportinguista porquanto entrou em despique com Galeno e acabou expulso (90’), com o portista a ficar “amarelado”.
De uma derrota que se desenhava, o Sporting conseguiu reerguer-se e chegar a um empate que o mantém na rota do título, com o Benfica confirmado na Liga dos Campeões e o FC Porto e o Sporting de Braga ainda a lutar pela Liga Europa, onde o Guimarães ainda pode ter uma palavra a dizer.
Na estatística, leões e portistas fizeram 7 remates, dois quais o Sporting fez 6-5 para a baliza, numa posse de bola de 57/43% para os leões, baseado nos 494 passes contra 384 do FC Porto.
No Estoril-Famalicão, os da linha de Cascais venceram (1-0), com um golo de Rodrigo Gomes (34’), enquanto no Portimonense-Moreirense os visitantes saíram a sorrir do Algarve, depois de vencerem (2-0), com golos de Maracás (76’) e Camacho (90+4’)
A 31ª ronda conclui-se esta segunda-feira com o jogo Estrela da Amadora-Farense (20h15).