O argentino Carlos Berlocq (62º ATP), sagrou-se, este domingo, campeão da 25ª edição do Portugal Open, ao ganhar a final ante o mais cotado (6º ATP), o checo Tomas Berdych, pelos parciais de 0-6, 7-5 e 6-1, em pouco mais de duas horas.“Foi uma semana perfeita. É o meu segundo título e ganhar a dois top-10 no mesmo torneio faz com que seja ainda mais especial. Foi um sonho cumprido”, referiu Berlocq, que adiantou “Sou bastante exigente e não sei se joguei o meu melhor ténis. Penso que o factor psicológico foi fundamental esta semana. Hoje pensei em competir e não no nível a que estava a jogar. O mais importante foi a estabilidade emocional”, frisou XII
Este é o segundo título para Berlocq em três finais disputadas, depois de ter sido finalista vencido em Viña del Mar (2012) e campeão em Bastad (2013). Sobre os títulos tardios na carreira, Berlocq frisou que “todos os jogadores têm os seus tempos”. “O mais importante na minha carreira foi que fui sempre evoluindo. Fui sempre melhorando, às vezes também recuei, mas senti-me sempre no melhor caminho. Aos 26 anos, fui operado ao pulso e estive um ano sem jogar. Foi duro, não sabia se ia regressar. Mas a minha maturidade e pensar que o ténis não é o mais importante ajudou-me”, completou.
Por sua vez, Berdych continua sem ganhar qualquer torneio em terra-batida desde 2009. “É uma superfície muito lenta e existem muitos jogadores especialistas em terra-batida. Quando o court não está perfeito o encontro torna-se mais complicado e por isso é sempre uma superfície que complica um pouco a minha carreira”, confessou o checo.
Traduzindo para português esta última frase, diz-se que “quando não se sabe dançar é porque o chão está torto”. Podia (devia) ter sido um pouco mais humilde. Ficava-lhe muito bem!
Ainda assim regressa a casa com mais de 40 mil euros contra os perto de oitenta mil do vencedor, Carlos Berlocq.
Na competição de pares, o mexicano Santiago Gonzalez e o norte-americano Scott Lipsky, sagraram-se bicampeões, tendo direito a um prémio de 23 mil euros. A dupla responsável pela eliminação dos portugueses Gastão Elias e João Sousa foi superior a David Marrero e Pablo Cuevas, vencendo com os parciais de 6-3, 3-6 e 10-8.
Depois de um primeiro set em que Gonzalez e Lipsky se revelaram menos erráticos e mais sólidos do que os adversários, Marrero e Cuevas responderam com mais agressividade e solidez no segundo parcial, levando a decisão da partida para um match tie-break onde o equilíbrio foi a nota dominante. No entanto, a responderem a 9-8, Gonzalez e Lipsky foram mais acutilantes, conseguindo a vitória no primeiro match-point.
Este é o sexto título em conjunto para Scott Lipsky e David Marrero, que nunca perderam qualquer final que disputaram. Para além dos dois títulos em Oeiras (2013 e 2014), a dupla conta ainda com troféus em Barcelona (2011), Winston-Salem e Newport (2012) e Halle (2013).
E assim se fechou o pano sobre a edição 25ª do agora denominado Portugal Open que, como vendo sendo habitual nos últimos anos, tem servido para “alimentar” a falta de meios financeiros que se verifica e onde o Estado é “atacado” sistematicamente.
Pede-se bom senso e trabalho adequado na conquista de publicidade e apoios.