Francisco Neto, selecionador nacional feminino, iniciou a partida de forma autoritária e essa atitude foi fundamental para que (28’), o marcador fosse inaugurado. Na sequência de um canto, Lúcia Alves cruzou com intenção para o cabeceamento perfeito de Carole Costa.
FPF
Apesar de ter dominado a primeira parte e ter construído mais oportunidades no segundo tempo, algumas das quais flagrantes – Ana Capeta desviou a bola de cabeça à barra, ao minuto 40; um livre de Joana Marchão bateu com estrondo no poste, aos 42′; Capeta falhou por pouco o remate, depois de aparecer com muito perigo junto ao segundo poste -, o resultado só viria a sofrer mais uma alteração antes do intervalo.
Tudo começou num sprint de Jéssica Silva pelo flanco direito, com esta a cruzar para a colega Ana Capeta, mas Sliskovic chegou primeiro e desviou a bola para a própria baliza, já em tempo de compensação (45′+4′).
O recomeço do jogo foi mais morno, ainda que Portugal tenha continuado a dominar a partida e a mostrar-se mais forte em todas as componentes do jogo. Tatiana Pinto rematou sem perigo por cima e Ana Capeta ameaçou novamente o golo. No entanto, a equipa portuguesa só voltaria a acertar na finalização após a entrada em campo de Diana Silva.
A avançada do Sporting CP saltou do banco para marcar na primeira jogada que lhes passou pelos pés, após um passe a rasgar de Ana Borges, ao minuto 62.
Com o triunfo por 3-0 sobre a Bósnia, a Seleção Nacional conquistou os primeiros três pontos na qualificação para o Campeonato da Europa de 2025, e isolou-se no primeiro lugar do seu grupo, em face do empate entre Irlanda do Norte e Malta (0-0), no outro encontro do Grupo B3, disputado também nesta sexta-feira.
Segue-se uma viagem da equipa lusa até Malta, para defrontar a seleção local, na próxima terça-feira, às 17h30 [hora de Portugal continental]. Esse encontro será transmitido em direto pela RTP1.
Diana Silva foi distinguida nesta sexta-feira, antes do jogo, em Leiria, por ter somado a centésima internacionalização com a principal camisola de Portugal.
A internacional portuguesa, de 28 anos, recebeu uma placa e um chapéu alusivos ao feito simbólico, das mãos do vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Humberto Coelho.
A avançada do Sporting CP estreou-se pela Seleção Nacional A em 7 de março de 2014, diante da Rússia, na Algarve Cup. Desde então, apontou 20 golos com a camisola lusa e esteve presente nas fases finais dos Campeonatos da Europa de 2017, nos Países Baixos, e 2022, em Inglaterra, e também do Campeonato do Mundo de 2023, que decorreu na Austrália e na Nova Zelândia.
Para Francisco Neto, “o nosso rigor e compromisso ficaram bem patentes ao longo do jogo. Valorizo muito a reação à perda e recuperámos muitas bolas no meio-campo adversário. As jogadoras estavam muito comprometidas e encararam o jogo de forma muito séria. Tivemos muito volume ofensivo, mas alguns erros no último terço. Nos últimos apuramentos não fomos uma equipa assim tão dominadora, mas estamos a crescer também nesse sentido. A Bósnia não rematou à nossa baliza e isso revela também o nosso acerto coletivo”.
Acrescentou ainda o selecionador nacional que “três golos marcados, duas bolas nos postes, mais três ou quatro situações que podíamos ter feito e hoje os números teriam sido diferentes. Temos de perceber que tem de ser um jogo paciente e, quando temos espaço, temos de acelerar. É muito por aqui que temos de fazer crescer as nossas jogadoras.”
Salientou ainda que “fico sempre chateado quando falhamos golos. Não há nenhuma equipa do mundo que faça todos os golos em todas as situações. Temos de melhorar algumas coisas, principalmente no último terço e no ataque à baliza”, tendo concluído que “a nível internacional, o futebol feminino tem crescido muito. As equipas estão muito competitivas, o ranking já não conta tanto, todas as equipas têm jogadoras a jogar em ligas competitivas. Em Malta, não vai ser fácil. Vamos à procura dos três pontos e, se for por 1-0, não me importo nada”.
