Sábado 23 de Novembro de 2024

Um Sporting mais altivo soube gerir e apurar-se para a final da Taça de Portugal

Num dos poucos jogos com pés e cabeça na presente época, o Sporting conseguiu levar “a água ao moinho” benfiquista, que voltou a “patinar” e a deixar-se apanhar nas redes dos leões, ávidos de começar a fazer algo de mais positivo para pensar a ganhar qualquer coisa que seja brilhante.

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Fernando Correia / JDM

Numa partida praticamente sem casos, sem “picardias” ao acaso, sem exercícios cómicos, o Benfica e o Sporting souberam usufruir e participar num encontro em que quase tudo funcionou na perfeição global, pese embora os encarnados, quiçá por maior culpa própria, não tenham conseguido dar a volta ao resultado da primeira mão, em que os leões tinham ganho um golo de diferença, o que fez toda a diferença nesta terça-feira.

Registe-se e louve-se o fair play e o desportivismo ao longo de toda a partida, onde quem mais rematou para a baliza acabou por marcar mais e manter-se líder nesta meia-final, encontrando o caminho para a final no Jamor no mês de maio.

Em termos globais, o Benfica foi o melhor nos remates (21-15) mas o Sporting rematou mais (6-4 para a baliza), de onde saíram os dois golos que se juntara, aos dois da primeira mão para alcançar o apuramento. O Sporting teve mais posse de bola (52-48%) depois de 59/41% na primeira parte, somando 458 passes contra os 425 dos benfiquistas.

Para impedir que o Sporting tomasse conta da relva do Estádio da Luz, o Benfica jogou mais alto para evitar que os leões viessem por aí acima com muito à-vontade, mas de nada valeu o fator casa, porquanto os leões foram quase sempre superiores.

No parte e reparte a semelhança foi o mais notado, tendo o Sporting a chamada lufada de ar fresco que o fez ficar na frente das estatísticas e, com isso, ter tido um trabalho bem orientado para chegar ao empate final (2-2), que garantiu a passagem com um total de 4-3 (2-1 para os leões na primeira volta).

Hjulmand foi quem teve mais perto de marcar nos primeiros minutos, mas levantou demais a alça e a bola acabou por sair muito alto do objetivo que era ir para dentro da baliza, situação que os leões também sofreram (9’) quando Rafa surgiu isolado, mas rematou às redes laterais da baliza.

Pouco depois, Diamondé teve uma “fífia” e ficou sem bola, mas o Benfica não aproveitou a oferta, tendo Tengstedt (16’) chegado à beira da baliza à guarda de Israel e rematado para o poste defender, passando o perigo.

Di Maria (20’) esteve na rota do golo, mas, na hora certa, rematou forte, mas a bola foi bater no joelho de Israel e o perigo passou.

Aos 28’, o técnico do Sporting mandou aquecer alguns dos seus jogadores, tendo o treinador do Benfica imitado a mesma situação, ainda que só na segunda parte é que se veria quem entrava e saia.

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Fernando Correia / JDM

Em cima dos 45’ Gyokeres tentou a sua sorte, mas o remate/centro feito apenas levou a bola às malhas laterais da baliza de Trubin, seguindo-se mais três minutos de compensação que não deram em nada.

No segundo tempo, o Sporting surgiu com Saint Just, Catamo. Matheus Reis e Edwards, passou a ter uma nova dinâmica e (47’) chegou ao 1-0, com um golo marcado por Hjulman a passe de Gyokeres, com Trubin a ver a bola a voar para dentro da baliza.

O Benfica retorquiu e Di Maria (51’), num livre marcado sobre a linha da grande área, rematou forte, mas contra a barreira, que nem se mexeu.

Logo de seguida (53’), o Benfica fez o 1-1, com um golo de Otamendi, que deu o melhor seguimento a uma bola vinda pelo ar desde a linha lateral, sem que ninguém do Sporting fizesse frente ao médio benfiquista, que cabeceou para o empate.

Sol de pouca dura, porquanto Paulinho estava à espreita e aproveitou com os dois pés e mãos para chegar ao 2-1 (55’), depois de aproveitar um remate que Catamo levou à baliza e para Trubin defender, mas para a frente, onde Paulinho surgiu rápido a rematar.

Com a vantagem de dois golos, os leões continuaram a “martelar”, tendo Gyokeres mandado a bola à trave depois de um slalom em que tirou toda a gente da frente (63’), surgindo logo de seguida (64’) o empate (2-2) para o Benfica, quando Rafa surgiu ao segundo poste da baliza à guarda de Israel e encostou a bola para dentro da baliza. Nem os centrais nem o defesa direito estava no local.

Israel voltou a estar em evidência (72’) quando protagonizou uma grande defesa (em voo) a remate de Rafa, com a bola a seguir para canto, do qual nada resultou.

Paulinho (84’) voltou a criar perigo, mas, desta vez, Trubin defendeu a dois tempos, continuando o Sporting a afastar a bola do seu meio-campo, para o caso sob o comando de Edwards, que abusou das fintas e ficou “apeado”.

João Mário ainda entrou em campo, para cumprir os seis minutos de compensação, não tendo tido tempo para fazer algo, terminando a partida com o 2-2 e a vantagem de o Sporting ter sido apurado para a final da Taça de Portugal, num resultado que se aceita, porquanto os leões foram superiores.

Esta quarta-feira, o FC Porto defronta o Guimarães na primeira mão da segunda meia-final.

 

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