No último jogo da Fase de Grupos, a seleção nacional, obrigada a vencer os espanhóis para passar às meias-finais, cumpriu e venceu por 4-2. Os dois golos de diferença garantiram o primeiro lugar do grupo a Portugal, que vai defrontar a Itália, segunda classificada do Grupo A, às 20h30 deste sábado.
Portugal entrou com velocidade e a trabalhar ataques curtos de forma a chegar rapidamente à baliza espanhola. O mesmo sucedeu com Espanha que, conseguindo ser mais pragmática, inaugurou o marcador através de uma jogada triangulada, finalizada por Aragonês ao segundo poste para o 0-1, logo ao minuto 22.
A seleção nacional apostava nas iniciativas individuais, no entanto, alguma ansiedade em rinque impedia a eficácia e a posse de bola. A Espanha mostrava-se mais confortável no jogo, mas ao minuto 12, uma falta de Aragonês sobre Rafa valeu o cartão azul ao jogador espanhol e livre direto a favor de Portugal. Na cobrança, Gonçalo Alves “despachou” a bola para o fundo da baliza de Grau e empatou a partida (1-1).
Com Portugal a continuar a pressionar, um minuto depois do empate, novo azul desta vez para Marti Casas por falta sobre Xavi Cardoso e, mais uma vez, Gonçalo Alves rematou direto e fez o 2-1.
A perder, Espanha criou várias situações de perigo na área lusa, mas Girão mostrou-se irrepreensível e foi negando o golo. A vencer, Portugal mostrava querer mais e, a faltarem dois minutos e meio para o intervalo, Hélder Nunes com um remate enrolado, marcou o 3-1, resultado com que as equipas foram para o descanso.
A equipa das quinas teve oportunidade para ampliar ao minuto 16 com o cair da 10ª falta espanhola, mas desta vez Gonçalo Alves rematou ao poste. Toda a pressão espanhola acabou por dar frutos quando, ao minuto 9, conseguiu reduzir por intermédio de David Torres (3-2). No minuto seguinte foi assinalada a 10ª falta a Portugal, mas Girão, fundamental, defendeu o livre direto e segurou a vantagem.
Os momentos finais foram de algum aperto para a seleção, com Espanha a dar o tudo por tudo e a jogar em 5×4. Portugal soube aproveitar e, a 30 segundos do apito, Xavi Cardoso estabeleceu o resultado nos 4-2.
No final da partida, o selecionador nacional, Paulo Freitas referiu que a motivação está presente todos os dias, “porquanto acordamos motivados todos os dias. Representamos a seleção, representamos um país. Ontem tivemos um resultado que não queríamos e que, na minha opinião, acaba por ser demasiado penalizador. Hoje sabíamos que era um jogo de mata-mata e aqui o caráter dos jogadores foi fundamental”.
Sobre a final, este sábado, Freitas explicou que “falámos sobre o que precisávamos de fazer, falámos sobre a atitude que deveríamos continuar a colocar dentro da pista, e foi isso que aconteceu”. Na sua análise, Portugal disputou “uma primeira parte onde fomos superiores e uma segunda parte onde a Espanha nos colocou diversas dificuldades. A capacidade de sofrimento, a forma como a equipa se entreajudou, a forma como a equipa comunicou dentro de pista e as sinergias que foram criadas deixam-me tremendamente orgulhoso. São jogadores de enorme qualidade que hoje sofreram em prol de um objetivo comum”.