Ao golear a Suécia por um expressivo 5-2, depois de estar a vencer por 5-1, Portugal confirmou que continua a “bombar” para um euro’2024 em pleno, assumindo uma supremacia nunca encontrada (11 jogos – 11 vitórias), em especial com Roberto Martinez ao leme na Nau Portuguesa.
O técnico espanhol, que “comanda” os destinos do onze nacional (A), mantém uma firmeza tal que, com Ronaldo ou sem ele, ou sem uma mão cheia de outros “habitués” na equipa, consegue manter o grupo escolhido, seja para que jogo for, tão unido, firme e profissionalmente “engajado” no plano elaborado por Roberto Martinez.
Isso justifica, com plenitude, os 5-2 “ofertados” à Suécia, com três golos marcados no primeiro tempo, chegar ao 4-0 e ao 5-1 no minuto 61’ da segunda parte, ficando ainda com “bagagem” para sofrer o segundo golo em cima dos 90’ minutos, que serviu como um prémio agridoce para os suecos, ainda a “remolhados” das águas lusas.
Também se deve dizer que Portugal acabou por ter um pouco de felicidade no tempo e na forma em que marcou os dois primeiros golos, que abriram, de par em par, a baliza sueca para “encaixar” uma manita de golos.
Com uma superioridade incontestada no primeiro tempo (7-3 em remates, dos quais 4-1 para a baliza, com uma posse de bola de 60/40% depois de 286-205 passes) a formação lusa encontrou na defesa sueca algumas lacunas, mais não fazendo do que aproveitar as oportunidades e marcar com categoria.
O primeiro golo (24’), obtido por Rafael Leão, surgiu de uma jogada gizada por Bernardo Silva, que atirou ao poste, muito de perto da zona da baliza, com a bola a passar para o segundo poste e surgir nos pés de Rafael Leão para rematar forte ao ângulo direito da baliza dos suecos e abrir o marcador.
Mantendo a liderança na partida, Matheus Nunes foi o senhor que se seguiu (33’) ao fazer o 2-0 depois de avançar só, pela zona central do campo, os centrais abriram ainda mais o caminho e o médio português, depois de dar mais um passo e ficar centralizado com o guardião, rematou forte, junto à parte interior do poste, aumentando a vantagem para os leões, não se percebendo como é que a formação sueca deu tantas facilidades a Portugal, com uma defesa algo apática.
Daí que (em cima dos 45 minutos iniciais) Bruno Fernandes fez o 3-1, quase para “descansar” a equipa, face a uma Itália sociável, mas algo desconcentrada.
Desde o seu meio-campo, Semedo seguiu em frente, ganhou a corrida ao defesa esquerdo italiano, dominou a bola quase em cima da linha final e recuou – o defesa desequilibrou-se a deu tempo a Semedo para controlar o esférico e “metê-la” por entre as pernas do defesa, com a bola a chegar a Bruno Fernandes que surgiu rápido para rematar, na passada, para uma baliza que estava completamente escancarada, confirmando erros de palmatória dos “amarelos”.
No segundo tempo, Bruma entrou de rompante e (57’) fez o 4-0, para Gyokeres reduzir para 4-1 para os italianos, com a “lata” de também marcar golos à equipa do país onde defende as cores do Sporting. E três minutos depois (61’), Gonçalo Ramos chegou ao 5-1 para registar um curto período (4 minutos) para confirmar a afinação do “violino” lusitano que, quando toca música a sério, coloca os adversários como que de boca aberta.
O jogo – de carácter particular, como treino a caminho da fase final do europeu – terminou com o segundo golo dos suecos, obtido por Nilsson, em cima dos 90’, com Portugal a mostrar como se pode ser melhor do que todos (nos 11 jogos realizados sob o comando de Roberto Martinez), chegando às 11 vitórias em 11 jogos realizados.
Na estatística foi superior em quase tudo: 13-13 remates, dos quais 8-6 para a baliza, com uma posse de bola de 55/45%, 495-417 em passes e 87/85 em precisão de passes.
Para o selecionador nacional “é importante trabalhar conceitos diferentes, até porque a Eslovénia tem uma estrutura muito semelhante à da Suécia, também com dois pontas de lança, então os jogadores que saem está tudo tratado, são: Bernardo Silva, Rúben Dias, João Palhinha, Nélson Semedo, Toti Gomes, Rafael Leão, Bruno Fernandes e Gonçalo Ramos. São 8 jogadores e outros 8 jogadores que chegam também com um alto nível para o segundo jogo, com fome e muita energia, espero”.
Acrescentou ainda Roberto Martinez que “a Suécia tem atacantes de alto nível. As ideias defensivas foram muito bem executadas. Após os 60 minutos, perdemos a concentração em duas ações. Gostei do desempenho, da comunicação entre o António Silva, o Rúben Dias e o Palhinha. Na primeira parte, entre o Pepe, o Rúben Dia e o Palhinha. Gostei da intensidade defensiva”
Adiantou também que “a Suécia correu riscos, com uma pressão alta. Como equipa, temos de olhar para os espaços. Tentámos ganhar superioridade pelo Bruno [Fernandes] ou pelo Palhinha. Tentámos aproveitar o espaço para o Rafael Leão. Esse aproveitamento dos espaços foi muito positivo”
Concluindo que “um treinador gosta de ter dores de cabeça, mas o estágio de março não é o momento para isso. Este é o momento de recolher informação e criar espírito de grupo. O dia 19 de maio, um dia antes da convocatória, é o dia para ter dores de cabeça”
A seleção nacional mantém-se em movimento, realizando treinos até segunda-feira, quando rumará à cidade eslovena de Ljubljana para jogar frente ao selecionado da casa, na terça-feira, às 19h45, na Stožice Arena.