Sábado 23 de Novembro de 3146

Hungria venceu e impediu Portugal de jogar (Andebol) nos Jogos Olímpicos

torneio pre olimpico seles andebol portugal mar 2024

IHF/kolektiff

Uma vitória ou um empate e o bilhete para Paris era o desfecho perfeito, mas a história acabou de forma diferente, perante mais de 6.000 adeptos em Tatabánya, praticamente todos eles em apoio à seleção da Hungria.

Os Heróis do Mar lutaram até aos últimos segundos mas não conseguiram voltar a cumprir o sonho Olímpico. A festa foi dos húngaros, que vão voltar aos Jogos Olímpicos pela nona vez na história.

Com o sete inicial constituído por Gustavo Capdeville, Leonel Fernandes, Martim Costa, Miguel Martins, Francisco Costa, Pedro Portela e Luís Frade, a formação lusa teve um início de jogo algo conturbado, com a Hungria a abrir o ativo, Francisco Costa a empatar (1-1) e Salvador Salvador a ser excluído numa fase madrugadora, com apenas três minutos decorridos. Mesmo assim, a Hungria prescindiu do guarda-redes para jogar com dois pivôs em simultâneo, ao estilo 7×6 mas… em 7×5. Nesse período de superioridade numérica, os húngaros concretizaram um parcial de 2-0 para alcançar, pela primeira vez, dois golos à maior (3-1).

Aos 10 minutos, Zoltán Szita fez o 7-4 e deu à Hungria uns inéditos três golos de vantagem o que levou Paulo Pereira a solicitar o primeiro time-out do jogo, debaixo de um ambiente escaldante a impulsionar os magiares. Após a paragem, Portugal cresceu, assinou um parcial de 1-3, finalizado por Leonel Fernandes, e voltou a encostar-se ao mínimo (8-7), com 14 minutos decorridos.

Aos 16’ e já depois de Diogo Rêma Marques ter entrado para o lugar de Gustavo Capdeville, uma das várias alterações promovidas por Paulo Pereira, Alexis Borges foi excluído e a Hungria agradeceu, tendo assinado um parcial de 2-0, para voltar aos três golos (11-8). O guardião húngaro László Bartucz, que entrou para render Roland Mikler, foi decisivo para que a diferença crescesse para o lado magiar até aos quatro golos (13-9), perto dos 20 minutos. Nesta altura, Portugal tinha apenas 60% de eficácia de remate, enquanto a Hungria já ia em 13 tentativas todas convertidas em golo.

Até ao intervalo, o rendimento da equipa da casa começou a cair e Portugal foi aproveitando as sucessivas oportunidades para reduzir distâncias até ao empate, que surgiu aos 27 minutos, pela mão de Leonel Fernandes (15-15). Como bónus, a Hungria passou a jogar com menos um elemento durante os dois minutos seguintes. Chema Rodríguez pediu time-out.

No recomeço após a paragem, o capitão Rui Silva concretizou o 15-16, a dois minutos do intervalo, pela primeira vez em Tatabánya, quando a prestação defensiva dos Heróis do Mar mostrava claras melhorias. Após 30 minutos, tudo empatado (16-16) e Portugal em posição de cumprir o sonho Olímpico. Pedro Portela, com cinco golos, era o melhor marcador do encontro.

A segunda parte começou com um período de parada e reposta durante os primeiros cinco minutos e com Martim Costa em evidência. Pelo meio (32’), Francisco Costa saiu com queixas no ombro direito. Aos 36’ apareceu a primeira exclusão da segunda parte, para a Hungria, e desta vez foi Portugal a tirar o melhor partido: Pedro Portela assinou o 18-20, logo de seguida Gilberto Duarte fez o 18-21 (para dar aos Heróis do Mar uns inéditos dois golos à maior) e Chema Rodríguez não viu outra opção que não pedir time-out.

A Hungria também foi afetada pelas lesões, mas todos os atletas acabariam por voltar ao jogo, incluindo ‘Kiko’, aos 43’, numa altura em que os húngaros não marcavam há cinco minutos. Mas o cenário mudou ligeiramente, contra Portugal, com a Hungria a reduzir para a margem mínima (21-22), aos 45 minutos. Paulo Pereira pediu time-out.

No recomeço, Portugal perdeu três ataquesde forma consecutiva (com o guardião László Bartucz em destaque), mas o melhor que a Hungria consegui foi empatar o jogo a 22 golos. Aos 48 minutos, Sipos foi desqualificado, Luís frade assinou o 22-23 e quebrou um período cinzento de Portugal. Aos 50’ foi António Areia a concretizar o 22-24 antes de mais uma exclusão castigar os Heróis do Mar. Quatro minutos depois, nova reviravolta, 25-24. O rumo do jogo era claro: incerteza até ao fim.

Aos 56 minutos, Portugal sofreu o 27-25 e a Hungria colocou-se em posição privilegiada para anular a festa portuguesa. Aos 58′, mesmo com os Lusos em superioridade numérica, o guarda-redes László Bartucz travou nova investida, o ataque magiar concretizou (29-26) ficando a faltar apenas 1’30 para o fim. No último suspiro, László Bartucz vestiu-se de Herói de Tatabánya e o sonho Olímpico português acabou, com os húngaros a vender por 30-27.

Registe-se que Portugal entrou (grupo 3) a perder com Noruega (32-29), venceu a Tunísia (37-29).

Face ao desenrolar do jogo, numa situação de “todos no caldeirão”, a Hungria foi mais feliz e logrou regressar aos Jogos Olímpicos, desta vez em Paris’2024.

© 3146 Jogada do Mes. Todos os direitos reservados. XHTML / CSS Valid.