Terça-feira 23 de Novembro de 0533

Portugal mais perto dos Jogos Olímpicos após vencer Tunísia neste sábado

Andebol-JogosOlimpicos---16-03-2024

© Anze Malovrh / kolektiff

Depois de afastar a formação da Tunísia or um expressivo 37-29, no jogo realizado este sábado, Portugal ficou a um pequeno passo para se apurar para a fase seguinte a caminho dos Jogos Olímpicos, ainda que tanha que defrontar, este domingo, a Hungria na finalíssima.

A Arena de Tatabánya recebeu a segunda jornada do Torneio de Qualificação Olímpica – em dia marcado pelo apuramento da Croácia, na Alemanha, para os Jogos Olímpicos de 2024 – que viria a opor Tunísia e Portugal, num embate com um histórico para lá de positivo para os lusos.

Paulo Pereira voltou a escolher os mesmos 16 atletas do encontro anterior, deixando de fora Gonçalo Vieira e Fábio Silva, alinhado com o sete formado por Gustavo Capdeville, Diogo Branquinho, Alexandre Cavalcanti, Rui Silva, Joaquim Nazaré, António Areia e Alexis Borges

A formação magrebina começou no ataque e sucederam-se dois momentos sem golos, um para cada lado, até que António Areia abriu o ativo da marca de castigo máximo. Após diversas falhas no ataque tunisino, Portugal mostrou-se assertivo, concretizando quatro golos sem resposta. Patrick Cazal viu-se forçado a parar o encontro, à chegada dos cinco minutos, numa tentativa de contornar o 6:0 dinâmico português.

Gustavo Capdeville sofreu dois golos na retoma e um desacerto no ataque por parte dos comandados de Paulo Pereira levou a que os tunisinos aproximassem o encontro pela margem mínima, não conseguindo, no entanto, igualar o encontro, apesar da prestação de Mehdi Sadri Harbaoui entre os postes. O empate acabou por surgir, à passagem do minuto 11′ e o técnico português viu-se forçado a colocar o seu primeiro time-out.

Issam Rzig entrou para colocar a Tunísia na frente (5-6) mas uma dupla oportunidade para os Lusos – concretizada por Luís Frade e Joaquim Nazaré – levou Portugal de novo ao comando. Os cinco golos de vantagem (12-7) surgiram de forma natural, pela mão de Joaquim Nazaré, e o técnico francês voltou a parar jogo, perto dos 20 minutos.

Não demorou muito para que Portugal dobrasse o resultado (14-7) refletindo o seu natural favoritismo no marcador, apesar das tentativas de redução da equipa africana, com diversos ataques com sucesso, que acabaram por diminuir a diferença para cinco golos, mas Portugal chegou ao intervalo a vencer por 18-12.

Andebol-JogosOlimpicos-16-03-2024Intervalo: 12-18

Na segunda parte, foi Luís Frade quem entrou a marcar numa equipa que sofreu duas trocas, com a entrada de Pedro Portela e Leonel Fernandes para as pontas. Gustavo Capdeville trouxe a inspiração para a etapa complementar e a defesa voltou a ser essencial para que Portugal chegasse aos 10 golos de vantagem (23-13), pela mão de Leonel Fernandes.

Patrick Cazal colocou o seu último time-out na mesa e a Tunísia saiu-se bem da paragem mas, diversas falhas para cada lado, causaram a que não houvesse alternância significativa no marcador, já que os 10 golos de diferença se mantiveram e foram até ampliados (26-15).

Pouco depois dos 16 minutos, os Heróis do Mar passaram a marca dos 30 golos mas foram os magrebinos a estar melhor nesta fase do jogo – numa altura em que Diogo Rêma Marques rendeu Gustavo Capdeville – e Portugal acabou por apresentar um desacerto ofensivo. A Tunísia passou pelo melhor momento na reta final do encontro, reduzindo para seis golos (31-25), o que não acontecia desde o primeiro tempo.

Os últimos quatro minutos, após paragem no jogo por Paulo Pereira, foram de grande intensidade, com o conjunto do norte de África a concretizar diversas oportunidades, mas a aposta no 7×6 por parte de Portugal valeu uma vitória por oito golos de diferença (37-29).

MVP: Gustavo Capdeville – 13 defesas (46% de eficácia)

Andebol-JogosOlimpicos--16-03-2024Top Scorer: Luís Frade – 6 golos (86% de eficácia)

O selecionador nacional, Paulo Pereira, afirmou que “[este resultado entre a Noruega e Hungria] não muda nada, ou seja, nós vamos jogar para ganhar. Vamos planificar o jogo da mesma maneira como estávamos a pensar porque sabíamos que íamos sempre precisar de ganhar à Hungria no fim, era muito difícil isto não acontecer. Os astros tinham de estar todos alinhados para chegarmos ao fim e não termos que ganhar a Hungria. Até agora só não conseguimos ganhar a uma seleção como a Noruega que, aparentemente, até parecia uma seleção fácil e a demonstração de que isso não é verdade foi mais uma vitória da Noruega contra a Hungria que, mesmo sem o Sander Sagosen [excluído] conseguiram manter o nível. Nós estivemos ali muito perto e agora vamos fazer aquilo que tínhamos de fazer e que sabíamos que íamos fazer que era ganhar à Hungria. Já o fizemos em França, em 2021, embora o contexto fosse um bocadinho diferente porque eles não tinham de ganhar e a Hungria tem que ganhar.

Portugal jogará o ‘tudo ou nada’ neste domingo, na Arena de Tatabánya, frente à anfitriã Hungria, pelas 20h00, com transmissão em direto na RTP2.

 

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