Sábado 23 de Novembro de 2024

Irina Rodrigues bateu recorde nacional, é a melhor mundial do ano e venceu Taça da Europa de Lançamentos

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ETC2024/Luís Barreto

Irina Rodrigues, depois de uma preparação cuidada ao longo desta primeira parte da época, “estoirou” o recorde nacional do lançamento do disco, tornou-se a melhor mundial da época e garantiu a presença nos Jogos Olímpicos de Paris’2024.

À quarta tentativa, Irina confirmou a vitória na Taça da Europa de Lançamentos, que decorreu em Leiria, fixando o novo máximo em 66,60 metros, contribuindo para o segundo lugar de Portugal na competição de seniores femininos.

A atleta portuguesa, treinada por Júlio Cirino, que é agora recordista nacional em todos os escalões (sub-18, sub-20, sub-23 e absolutos) e já subiu nove vezes ao pódio nesta competição em 14 participações (é a segunda portuguesa com mais participações, apenas atrás de Vânia Silva, que tem 15), conseguiu (aos 33 anos) superar-se e recuperar o recorde nacional que já lhe pertenceu há oito anos, melhorando a anterior melhor marca nacional, na posse de Liliana Cá, também a competir na mesma prova, em vinte centímetros.

Irina Rodrigues, que esta época se tem apresentado em excelente forma, iniciou o concurso com um ensaio nulo, depois conseguiu alcançar os 61,54 metros, novamente nulo na terceira tentativa, por esta altura na segunda posição, e depois o lançamento da vitória, com direito a recorde nacional, qualificação para Paris 2024 e melhor marca mundial do ano.

Com direito a mais um ensaio, Irina Rodrigues despediu-se da competição com um lançamento de 63,93 metros, para subir ao lugar mais alto desta competição pela primeira vez e fazer soar A Portuguesa no Centro Nacional de Lançamentos, em Leiria.

“A melhor decisão que tomei na minha carreira foi ter ido viver para os Açores, para a Terceira, para poder trabalhar e treinar com o meu treinador, Júlio Cirino da Rocha, presencialmente”, afirmou Irina Rodrigues, continuando, com emoção, a partilhar que “já não batia o recorde nacional há oito anos e já nem sequer sonhava com ele”, mas o seu treinador sempre disse “semeia filha, semeia que vais colher”.

A colheita fez-se esperar, mas veio abundante: “Foi o melhor fruto que poderia colher. Consegui trabalhar como médica, apurar-me para os Jogos Olímpicos e bater o recorde nacional. Este é um resultado de muito compromisso e disciplina diária”. À questão de como é que se consegue conciliar objetivos tão exigentes, a portuguesa respondeu de forma espontânea e bem-disposta: “É Deus no comando [risos]!”

Já a anterior recordista nacional, Liliana Cá, classificou-se na oitava posição, com um ensaio a 60,45 metros, a sua melhor nesta temporada. Com estes resultados Portugal assegurou o histórico segundo lugar em seniores femininos para Portugal, feito inédito, depois de no ano passado terem sido os seniores masculinos a inaugurar um pódio coletivo para o nosso país nesta competição.

Na jornada deste domingo, Leandro Ramos, vencedor no ano passado, este ano classificou-se na sétima posição, com 78,23 metros, a melhor nesta temporada. O português abriu o concurso com um lançamento nulo, depois alcançou 76,12 metros, seguiu-se um novo ensaio a 76,28, para depois de um novo ensaio nulo conseguir a melhor marca desta prestação e da temporada, terminando com um lançamento de 75 metros. A prova foi ganha pelo ucraniano Artur Felfner, com a marca de 81,89 metros, a melhor nesta temporada.

Catarina Flor, que foi a primeira a entrar em ação no lançamento do martelo sub-23, conseguiu, ao sexto ensaio, o melhor lançamento, de 50,64 metros, terminando na 13ª posição, numa competição ganha pela cipriota Valentina Savva, com 64,55 metros.

Seguiu-se Mariana Pestana, na final B do lançamento do martelo, que se classificou na 10ª posição do seu grupo, com a marca de 63,21 metros, sendo 26ª no conjunto das finais. A prova foi ganha pela dinamarquesa Katerine Jacobsen, com 71,95 metros, a melhor nesta temporada. João Fernandes encerrou a participação portuguesa com o 10º lugar no lançamento do dardo sub-23, com a marca de 66,46 metros.

 

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FP Atletismo

Estafeta em Marcha Atlética em Valência

Foi a primeira experiência na prova de estafeta em marcha atlética – que se estreará nos Jogos Olímpicos de Paris’2024 – realizada na Península Ibérica, em Valência, com duas duplas portuguesas a terminarem no top-10.

Ainda sem distâncias e normas definidas internacionalmente, para que todas as marcas estejam em plano de igualdade (especialmente para as três vagas existentes fora dos 22 primeiros classificados no Campeonato do Mundo por Equipas, que se realizará em Antalya, na Turquia.

Este domingo, em Valência, Portugal apresentou duas equipas, sendo a melhor a dupla formada por João Vieira e Vitória Oliveira, que terminaram em sétimo lugar, com 3h10m40 segundos. A formação portuguesa foi castigada com duas penalizações (a primeira de três minutos de paragem por três penalizações, um minuto a partir daí por cada penalização) devido a quatro faltas e isso prejudicou bastante a equipa portuguesa.

O mesmo sucedeu à dupla Rui Coelho e Inês Mendes, que terminaram no 10º lugar (também com duas penalizações), registando a marca de 3h16m52s.

Para Carlos Carmino, técnico nacional de marcha, “esta é uma nova competição. Foi a primeira vez que estivemos presentes, vamos agora analisar muito bem como tudo decorreu, o que nos fez ou fará falta para melhorarmos. Quanto aos nossos resultados foram dentro do que esperávamos e poderiam ser mais significativos não fora as penalizações”.

Os espanhóis dominaram este Critério Internacional de Marcha, com a dupla Alvaro Martin e Laura Garcia-Caro a triunfarem em 2h57m04s (ficando perto da melhor marca mundial, de uma dupla do Equador, com 2h56m49s), à frente da dupla Paul McGrath e Cristina Montesinos (2:57.33).

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