Um Sporting completamente “irreconhecível” – comparando com os últimos jogos na Liga Betclic – não foi além de um empate (1-1) frente aos italianos do Atalanta, que dominaram o jogo realizado no Estádio Alvalade nesta quarta-feira, a abrir os oitavos de final da Liga Europa.
Pese embora tenha aberto o marcador relativamente cedo (17’), os leões nunca deram a entender que poderiam vencer o encontro, demonstrada que foi a superioridade global por parte da formação italiana.
Aproveitando uma nesga (e “buraco”) da defesa italiana, Paulinho recebeu a bola de Trincão na linha avançada, tendo percorrido meia dúzia de passos pela esquerda, fletiu para dentro do terreno, entrou na grande área e rematou, de pé esquerdo, com tal força e cruzado para o segundo poste, não dando hipóteses ao guardião italiano.
Pensar-se-ia que os leões iriam tomar conta do jogo mas depressa se pressentiu que a história dos jogos da fase de grupos ainda estava bem viva, porquanto (23’) o Atalanta reagiu à desvantagem e só não empatou porque a bola foi desferida contra o poste da baliza sportinguista, no que foi a primeira de mais duas que os italianos fizeram ao longo do jogo, premeditando-se, até, que a equipa de Ruben Amorim não tinha “pernas” para a “música” apresentada pelos “italianos veros”.
Isto porque, um minuto depois (24’), a Atalanta voltou a mandar a bola para o poste, com Franco Israel a passar uma “crise”, que foi resolvendo defendendo outros remates dos atiradores de Bérgamo, sem que tivesse havido “estratégia” para se guindar à liderança do jogo, como se esperava, porquanto jogava em casa.
Comprovado logo a seguir (26’), quando o próprio Israel teve de se atirar aos pés de um adversário, para evitar o empate por parte dos italianos, que, em termos globais, dominaram por completo: 13-5 em remates, dos quais 3-2 para a baliza, numa posse de bola de 52/48%.
Depois de terem lido o “Record” desta quarta-feira – em que Amorim referiu que “a atual equipa é a melhor em 4 anos” (tempo que leva como treinador dos leões), por certo que os associados e adeptos sportinguistas ficaram “zangadas” pelo baixo nível global que estavam a apresentar em campo.
Os italianos continuaram a pressionar e Israel era como que o “bombo” da festa: tinha que defender tudo (30’) para tentar que não fosse surpreendido e que viesse a sofrer golos, o que veio a acontecer (39’), quando Scamacca atirou para o fundo da baliza, num espaço de alguma “apatia” ou mesmo “desnorte”, face aos números atrás descritos, atendendo às falhas registadas neste breve trecho do encontro.
No segundo tempo, Catamo (52’) teve oportunidade de se isolar, mas foi egoísta e não endossou a bola a outro colega mais bem posicionado, preferindo chutar diretamente, com a bola a sair pela linha de fundo.
Na reposta (60’) – depois de Lookman (59’) ter rematado para o poste pela terceira vez – Quaresma falhou o passe que foi aproveitado pela Atalanta para enviar a bola, de novo, contra o poste da baliza de Franco Israel.
Com Gyokeres em campo (entrado no princípio da segunda parte), o avançado “relâmpago” não teve energia suficiente para fazer brilharetes e voltaram a ser os italianos (75’) a rematar, com a bola a passar a milímetros do poste da baliza à guarda de um Franco Israel algo “irritado”.
Forçou ainda o Atalanta e (85’) o segundo golo para os forasteiros esteve à vista de toda a gente, mas a bola não entrou.
No fim, um empate lisonjeiro para o Sporting, aguardando-se que os leões retifiquem o resultado e regressem, daqui a oito dias, de Bérgamo com um triunfo que garanta a passagem aos quartos de final.
A não ser que haja outros objetivos …