Com um FC Porto endiabrado – desta vez por um não menos artista de nome Francisco Conceição, que comandou de forma suprema a equipa do Dragão – por certo que o jantar do Benfica vai levar muito tempo a degustar, pese embora a “pressa” com que é preciso apresentar resultados positivos em termos de pontos.
Enquanto Sérgio Conceição e toda a nação portista sorvia a festa – com direito a fogo de artifício – o Benfica deambulou pelo Estádio à procura não se sabe muito bem do quê, demonstrando não estar nas melhores condições físicas e psíquicas, pese embora o denodo demonstrado pela grande parte da equipa encarnada, como que “esmagada” por um poderoso e “pesado” ambiente contrário, que o comandante da formação das águias não conseguiu contrariar.
Pressionando desde o início, como é comum a todas as equipas que querem ganhar (seja em casa ou fora), o Benfica ainda tentou, a espaços, “atentar” contra ou a “apatia” que os portistas têm vindo a ter, face aos altos e baixos apresentados, ou a “falta” de chama que carateriza o Estádio da Luz, não tendo acertado em quase nada, como se comprova pelos 5-0 que sofreu, sem apelo nem agravo.
Com o “maestro” Conceição Júnior ao volante de uma viatura (equipa) de alta cilindrada, a goleada começou a surgir (20’), quando o dito cujo marcou um pontapé de canto que levou a bola ao primeiro poste da baliza de Trubin e à cabeça de Morato, que a desviou para o segundo poste, onde surgiu um Galeno atento e venerando, para rematar forte e para o fundo da baliza, abrindo as hostilidades no marcador, numa supremacia que foi sempre em crescendo, a ponto de (44’) o mesmo Galeno ter chegado ao 2-0, de novo com Francisco Conceição a cruzar a bola, desta vez para o segundo poste, para Evanilson amortecer e endossar ao avançado, que se safou de António Silva e colocou o esférico no fundo da baliza, chegando-se ao final do primeiro tempo.
No tempo complementar, Wendell (55’) viu a bola chegar junto dos seus pés, dominou e rematou de pronto, mais em jeito do que em força, levando a bola a raspar na perna de Florentino e ser desviada para o poste mais longe de Trubin, que não chegou a tempo de a defender, passando o Benfica a vender por 3-0, a meio caminho da goleada.
Que se tornou mais evidente depois de (61’) Otamendi ter sido admoestado com o segundo cartão amarelo, o que obrigou o árbitro a mostrar o vermelho e regressar mais cedo ao balneário, o que levou Roger Schmidt – finalmente a substituir tão cedo – fazendo logo três de uma vez. Ainda assim, fora de tempo para tentar dar a volta ao resultado.
A jogar com menos um jogador e ainda com meia hora para jogar, os substitutos não tiveram qualquer interferência na “nova” dinâmica, porquanto Sérgio Conceição, quiçá deslumbrado com a exibição dos seus pupilos (porque não a melhor da presente época?!) continuou a dar “fogo à peça” e (75’) Pepê atingiu o ponto 4.0, depois de rematar forte e fazer passar a bola entre Trubin e o poste, com o guardião benfiquista a ficar mal na fotografia.
Com menos um jogador, o Benfica como que continuou a “diluir-se”, física e animicamente, com um comandante que continuou a manter as mãos nos bolsos das calças e pouco mais.
Mas a sentença estava definida. A goleada foi completa com a “manita” dos 5.0, depois de uma insistência de Pepê, que deixou a bola para Jorge Sanchez cruzar para Namaso fechar a conta.
A estatística confirmou a supremacia do FCPorto, quanto a remates (16-3), dos quais 8-1 para a baliza, numa posse de bola de 61/39%,
Uma cruzada ao Norte de Portugal que vai ficar marcada de forma especial nesta Liga Betclic 2023/2024, quer para o FC Porto quer para o Benfica, por motivos diferentes e que podem ter algum peso para os jogos que se seguem!
Sporting viu-se “pressionado” para derrotar um Farense também de verde
Em Alvalade, o Sporting manteve a cadência de pressionar sempre, abrindo o marcador cedo (11’) através de um belo golo obtido por Daniel Bragança, que rematou forte e fazendo a bola bater na trave, descer até à relva e bater na rede, de forma tão rápida que nem o guardião dos algarvios se apercebeu como foi.
O 2-0 chegou dezoito minutos depois (29’), depois de Pedro Gonçalves cruzar para o primeiro poste, onde Gyokeres (uma vez mais) se antecipou à Muscat e marcou pela certa.
Num contra-ataque rápido, o Sporting Farense reduziu (32’) por Belloumi, com um remate feito à entrada da área leonina, que Israel não conseguiu defender, resultado (2-1) com que se chegou ao intervalo.
No segundo tempo, o Farense entrou mais fogoso, obrigando Israel a estar atento, pese embora os algarvios (50’) tenham empatado o jogo (2-2) com um golo obtido por Zé Luís.
De “raiva”, o Sporting voltou a passar para a frente do marcador (53’), depois de uma jogada iniciada em Daniel Bragança, com a bola a seguir para Edwards e Esgaio, que cruzou para a área, onde Pedro Gonçalves foi mais lesto e fez o 3-2.
Na estatística, os leões dominaram os remates (16-8), dos quais 4-5 para a baliza, numa posse de bola de 67/33%.
Resultado que não foi alterado até final da partida, com o Sporting a garantir os três pontos, que levou a equipa leonina a voltar ao comando, isolado, da Liga Betclic, com 59 pontos, ainda que com menos um jogo (falta o Famalicão-Sporting, que ainda não tem data marcada) para regularizar o campeonato.
Nos outros jogos deste domingo – Casa Pia-Gil Vicente e Portimonense-Vizela – não houve golos, empates que só penalizam as quatro equipas, que cada vez mais precisam de pontuar para não caírem ou fugirem das posições a partir do 8º lugar.
Nesta segunda-feira, a partida entre o Famalicão e o Boavista (20h15) conclui a 24ª jornada.