A velha rivalidade entre Águias e Dragões fechou a 18ª jornada com sorrisos encarnados depois de um grande duelo na Luz; Sporting é agora mais líder e Benfica encurtou distâncias para o FC Porto, que permanece na segunda posição.
Os três pontos do clássico ficaram na Luz depois de um jogo intenso, equilibrado até final e digno de um confronto entre dois gigantes, que terminou com uma vitória por 28-27 do Benfica. Os comandados de Jota González já não venciam o FC Porto no seu reduto desde 13 de fevereiro de 2022. Com este desfecho, e quando faltam quatro jornadas para o fim da Fase Regular, a diferença entre os dois rivais é agora de apenas três pontos, sem alterações na tabela classificativa.
O clássico, marcado pelas várias baixas de parte a parte, abriu com uma defesa de Gustavo Capdeville no primeiro ataque do jogo, seguida do golo inaugural apoiado por Stiven Valencia (1-0). O campeão nacional respondeu com um parcial de 0-2, da autoria dos canhotos David Fernandez e António Areia, aos 4 minutos (1-2). Com a ajuda dos dois guardiões, quer de Nikola Mitrevski – titular esta tarde – quer de Diogo Rêma Marques (que entrou para travar um livre de 7 metros), o FC Porto passou a liderar o marcador, com várias diferenças mínimas sucessivas e só não aumentou para dois golos, porque Gustavo Capdeville também se mostrava inspirado entre os postes.
Aos 14 minutos, começaram a aparecer as primeiras trocas nas duas equipas e também nova reviravolta, assinada por Alexis Borges (5-4). Pouco depois, quando o cronómetro ditava 16 minutos decorridos, Carlos Resende pediu o primeiro time-out do encontro. No reatar da partida, surgiu a primeira exclusão – atribuída ao espanhol Andre Izquierdo-, para deixar o SL Benfica com menos um elemento em campo durante os dois minutos seguintes.
No entanto, foram as Águias a reagir melhor nesse período e a chegar a um novo máximo de vantagem (7-5). Entre exclusões de parte a parte, as duas equipas só voltaram a ficar completas em simultâneo aos 22 minutos, altura em que o SL Benfica vencia por 8-7 e cinco dos golos portistas havia resultado de combinações com o pivô Ignacio Plaza. O ‘6×6’ não durou muito porque as duas equipas voltaram a lamentar novos períodos de inferioridade.
Aos 24 minutos, contrariedade dupla para o FC Porto: Pedro Valdés viu a terceira exclusão e foi desqualificado. O internacional português Gustavo Capdeville voltou a fazer das suas perto dos 25 minutos e impulsionou o Benfica a desbloquear novo patamar no placar, de três golos (10-7), pela mão do capitão Paulo Moreno. O FC Porto conseguiu ganhar moral nos últimos cinco minutos antes do intervalo e reduziu para o mínimo (11-10), pela primeira vez desde o 8-7, na sequência de dois golos seguidos do nórdico Nikolaj Læsø, terminando o primeiro tempo com 12-10.
Dois minutos após o recomeço e com o Benfica a vencer por 13-10, Alexis Borges foi excluído, mas o FC Porto não conseguiu aproveitar nesse período, tendo reduzido para o mínimo (14-13) já de igual para igual. As oportunidades para o emblema azul e branco trazer o tão ambicionado empate existiram, mas não foram aproveitadas, para alívio dos benquistas.
Aos 42 minutos, depois de muita insistência, o FC Porto conseguiu mesmo anular a diferença contrária, por Leonel Fernandes (16-16), e Jota González não hesitou em pedir time-out pela primeira vez na segunda parte.
Após a paragem, o Benfica apresentou-se em 7×6 mas foram os Campeões Nacionais a consumar a reviravolta (16-17), algo que já não acontecia desde o 3-4. Para as Águias, foi preciso resistir e esperar até ao minuto 48’ para que o Pavilhão número 2 da Luz saltasse de alegria quando o Stiven Valencia assinou o 21-20, da reviravolta.
À saída da paragem, surgiu o 24-21 e o Benfica respirava confiança. O treinador do FC Porto colocou em prática o sistema 7×6 aos 52 minutos, mas nem isso travou o ímpeto do rival da capital, que tinha em Gustavo Capdeville uma das principais estrelas da tarde. Quando o 25-21 apareceu, o Benfica já não acreditava que a vitoria fosse escapar, mas ainda faltavam cerca de seis minutos para o fim.
Os Dragões não deitariam a toalha ao chão e responderam com dois golos de uma assentada (25-23), mas o 7×6 não estava a surtir efeito e Carlos Resende voltou a pedir time-out, aos 57 minutos (28-25). Depois da paragem, os Dragões cresceram e reduziram até ao mínimo (28-27) quando faltava cerca de 1 minutos e 20 segundos para o soar da buzina e com tudo em aberto. Uma derradeira defesa de Gustavo Capdeville nos últimos segundos confirmou a conquista dos três pontos (28-27) à equipa do Benfica num jogo combativo, equilibrado e intenso até ao final.
Ignacio Plaza, Nikolaj Læsø e Stiven Valencia foram os melhores marcadores do Clássico, com seis golos cada.
Após esta 18ª jornada, o Sporting continua líder (54 pontos), seguindo-se o FC Porto (49), Benfica (46), ABC (42), Águas Santas (39), Marítimo (38), Guimarães (33), Belenenses (30), FC Gaia (28), Póvoa AC (27), Avanca (25) e Vitória Setúbal (21).