Depois de uma fase de grupos paupérrima, o Benfica conseguiu chegar a este play off da Liga Europa para entrar com o pé esquerdo, pese embora tenha ganho (2-1) na transformação de duas grandes penalidades, por Di Maria, na hora da salvação.
Com uns franceses bem constituídos e cumprindo as regras definidas pelo técnico, o Benfica poucas vezes conseguiu bater a bem organizada defesa do Toulouse ao longo da maior parte do jogo, porquanto jogando num 4x2x3x1 ficou com pouca elasticidade para poder recuperar depressa e aumentar de velocidade quase em simultâneo, no que foi prejudicado por várias falhas nos passes, que impediram o remate para a baliza.
O Toulouse apenas defendia, pouco progredia e o Benfica não tinha consistência de ataque, porquanto pouco perigo constituiu para a baliza dos franceses, apesar de ter levado Kokçú a rematar junto o poste (15’), Di Maria a (28’), na marcação de um livre, a fazer uma recarga que levou a bola para cima da trave, com Rafa a mandar a bola (35’) à malha lateral da baliza, e depois (38’) quando num remate em arco, levar a bola ao ângulo do poste esquerdo e da trave, numa fase em que os franceses também retorquiram mais e com perigo acrescentado, ainda que atingir o alvo.
No entanto foram os franceses que mais lutaram no último quarto de hora do primeiro tempo, mas sem que tivesse tido oportunidades para marcar, ao contrário do Benfica que voltou a tentar (45’), quando Arthur Cabral, a passe de Kokçú, atirou a rasar o 2º poste.
Nos descontos, João Mário surgiu (45+1’) na pequena área, mas rematou com o pé esquerdo e a bola seguiu para o poste contrário, mas saindo pela parte de fora.
E o intervalo chegou com o nulo a manter-se.
O segundo tempo recomeçou da mesma maneira, com o Benfica a tentar carregar mais mas sem levar a melhor, como que andando à “nora” sem saber o que fazer, até que 55’, Trubin foi chamado a defender um remate frontal de Sierro, para João Mário (56’) retorquir mas rematando por cima da barra.
Neste pára-arranca, o tempo foi passando até que (64’), em mais uma tentativa dde ataque do Benfica, a bola terá sido desviada pela mão de um defesa francês, dentro da própria área de baliza, que levou o assunto à análise do VAR, tendo o árbitro confirmado o castigo (mão de Logan Costa), pelo que Di Maria foi chamado à respetiva cobrança (67’).
Com um remate “seco”, foi o guarda-redes que se desviou ligeiramente para a esquerda e a bola entrou de frente, com o Benfica a passar a ganhar (1-0).
Pareceu que o Benfica tinha acordado para a vida, mas a verdade não o confirmou, até porque os franceses “puxaram” pelas forças que ainda tinham para tentar chegar, no mínimo, ao empate.
No entanto, o Benfica (72’) esteve à beira de marcar o 2-0, por Arthur Cabral, só não acontecendo porque o guardião Restes (18 anos de idade) o evitou.
Na resposta, o Toulouse empatou, por Desler, que aproveitou mais uma fase de falta de sincronia da defesa benfiquista para marcar (75’), seguindo-se mais duas hipóteses (Otamendi e Di Maria) para marcar, mas a pontaria não tinha a mira afinada.
E foi preciso chegar-se à compensação para que o Benfica conseguisse alcançar o golo do triunfo, de novo através de uma grande penalidade (90+8’) e com Di Maria a fechar o “negócio” nos 2-1.
De registar, com agrado, a presença de 56.553 espetadores, sendo cerca de 3.000 da formação francesa.
Na estatística o Benfica foi superior (27-6 em remates, dos quais 5-2 para a baliza, numa posse de bola de 59/41%) mas em jogo jogado a bitola não foi assim tão elevada. Mas ganhar foi importante, porque pode fazer a diferença no segundo jogo, e o ranking de Portugal pode melhorar na UEFA.
Artur Madeira