A primeira grande vitória da natação portuguesa num Mundial, confirmando a carreira extraordinária do nadador português de 19 anos, levou Diogo Ribeiro, o segundo mais rápido a sair dos blocos, a conquistar a primeira medalha de ouro para a Natação portuguesa.
Diogo superiorizou-se com 22,97 segundos (o único a baixar dos 23 segundos) à frente do norte americano Michael Andrew (23,07) e do australiano Cameron McEvoy (23,08).
Uma final de luxo com o 4º lugar a ir para Isaac Cooper (AUS), 23,12, 5º Dylan carter (TTO), 23,17, 6º Mario Molla (Es), 23,29; 7º Inchul Baek (Kor), 23,35 e 8º Shaine Casas (EUA), 23,47.
Esta é a terceira melhor marca de Diogo Ribeiro depois dos 22,80 obtido com a prata do Mundial de Fukuoka 2023 e dos 22,96 com o ouro do mundial de juniores Lima 2022.
O português concluiu a meia-final com o quarto tempo, repetindo o registo das eliminatórias (23,18 segundos) entre os 16 semifinalistas.
Depois da superação que foi alcançada na anterior fase – e que reserva outros êxitos a grande nível – Diogo Ribeiro acabou por se transcender e chegar a um patamar de herói nacional, atendendo ao potencial demonstrado e que poderá colocar noutro patamar mais elevado.
O nadador do Benfica vai ainda competir em Doha nos 100 mariposa, 50 livres e 100 livres.
“Esta primeira medalha de ouro para Portugal é incrível. Fui prata no último mundial por isso conseguir agora o ouro é algo que já ambicionava porque estava na primeira posição na “startlist” e consegui confirmar isso. É espetacular porque não se trata só de passar à final: é chegar lá e fazer”, salientou o nadador luso.
Acrescentou ainda que “ouvir a portuguesa é sempre arrepiante em qualquer pódio e num mundial absoluto é super-gratificante e fico mesmo contente de ter acontecido”.
Rematou afirmando que “quanto à final, sei que não fiz uma boa partida. O salto gostei, mas depois o subaquático fiquei a ondular quando já estava em cima da água por isso senti logo que alguma coisa tinha falhado, mas depois fui com o coração e fui para dar esta vitória aos portugueses por isso penso que acabou por ser uma prova bem conseguida e por isso o importante foi vencer”.
Entretanto, Camila Rebelo terminou em 10º lugar na meia-final dos 100 metros costas.
A portuguesa registou 1.00,91 minutos com a melhor marca a ir para a norte americana Claire Curzan (58,73). A passagem para a final encerrou em 1.00,68 minutos.
Nesta terça-feira, Francisca Martins estará nas eliminatórias dos 200 metros F
Gabriel Lopes terminou as eliminatórias dos 100 metros costas com o 24º tempo (55,08 segundos). A passagem à meia-final encerrou nos 54,24. O melhor tempo entre os 53 nadadores em competição foi para o sul-africano Pieter Coetze com 53,32. O português da Louzan/Efapel tem como máximo pessoal 54,90. O recorde nacional pertence a João Costa com 53,71. Gabriel Lopes, olímpico em Tóquio 2020 irá ainda competir nos 200 estilos, onde procura marca de apuramento para Paris 2024.
Nos 100 bruços, Ana Pinho Rodrigues concluiu com o 27º tempo (1.09,82) entre 53 nadadoras em competição. O recorde nacional da olímpica portuguesa da Desportiva de Viana está fixado em 1.08,22 minutos. A chinesa Qianting Tang realizou o melhor registo (1.06,16) com a passagem à meia-final a terminou na marca de 1.07,75. Ana Pinho Rodrigues esta ainda inscrita nos 50 bruços.
Nos 1500 livres, Tamila Holub terminou com 16.31,64 minutos, 15º tempo entre as 23 nadadoras em competição. A melhor marca foi realizada pela italiana Simona Quadarella (16.02,96) com a passagem à final a ficar na marca de 16.16,62.
O seu recorde pessoal da olímpica do Sporting de Braga está fixado em 16.15,50 desde 20 maio de 2021 no Europeu de Budapeste.