Terça-feira 23 de Novembro de 1007

Sporting goleou Braga e Benfica “resvalou” em Guimarães, empatando no primeiro lugar

20231218_scp_fcp_4002Ao golear o Sporting de Braga (5-0), aproveitando o empate do Benfica frente ao Guimarães, na terra do primeiro Rei de Portugal, os leões encostaram-se às águias no comando da Liga Betclic, ainda que com menos um jogo face ao adiamento da partida contra o Famalicão.

Em Alvalade, a “fome de vingança” era tanta que os bracarenses depressa começaram a pensar que o Sporting não estava na disposição de voltar a dar “avanço” a uma equipa que tinha feito “descarrilar” os leões na Allianz Cup – afastando-os da final.

Ainda assim, Artur Jorge, técnico dos bracarenses, entrou em jogo com o dispositivo idêntico aos jogos anteriores contra o Sporting (jogando sob a retaguarda), tentando os contra-ataques para ver se a “sorte grande” podia sair e, porque não, poder regressar a casa com pontos conquistados no estádio leonino.

Quando (2’) Yokeres irrompeu pelo meio-campo bracarense, tirando dois defesas do seu horizonte e assistindo Pedro Gonçalves permitiu a este rematar, mas a bola saiu ao lado do poste, depressa se percebeu que a mente da equipa leonina estava em alta, pronta para tudo, especialmente para vencer, porque os três pontos era o mais importante.

E a resposta não podia surgir tão depressa (9’), porquanto os leões abriram o ativo na sequência de uma falha da defesa bracarense, com o defesa Victor Gomez a “endossar” a bola a Trincão que aproveitou a “oferta”, subiu no campo e rematou forte, ao segundo poste, que o guardião bracarense não conseguiu safar.

E começou aqui a “derrapagem” dos homens da Bracara Augusta, que entraram, de imediato, num período de perda, face à forte investida dos leões, ávidos de golos e de mostrar aos seus adeptos que a equipa estava no bom caminho.

Cinco minutos depois, Catamo fez um segundo remate, com o pé esquerdo, que saiu como um petardo, mas a bola passou por cima da barra, tal como tinha acontecido no primeiro, com a “alça” algo elevada para o pretendido.

Mas o segundo golo surgiu pouco depois (18’), com Eduardo Quaresma a aproveitar novo buraco na defesa e antecipar-se à defesa e desviar a bola para o fundo da baliza, numa jogada rápida (a grande tática do Sporting para alcançar o triunfo) e que se iniciou precisamente por Quaresma, seguindo depois por Trincão, quando Pedro Gonçalves caiu e a bola voltou a Quaresma para então fazer o 2-0.

Com incursões rápidas, com Gyokeres a tirar da frente todos os adversários, a defesa bracarense foi aumento uma fragilidade que foi “enchendo” os cofres leoninos, porque mais fortes no caminho para a vitória.

Em cima dos 45’, no seguimento de um pontapé de canto, com a bola a seguir para o lado contrário e a surgir nos pés de Djaló, o avançado bracarense rematou forte, fora da área, obrigando Adan a esticar-se para desviar a bola para novo canto, que não teve consequências, com os leões a dominarem em tudo: 6-1 remates, dos quais 2-0 para a baliza (dois golos, 100% de aproveitamento), com uma posse de bola de 51/49%, o que denotava um certo equilíbrio.

Ainda assim, o 2-0 manteve-se até ao intervalo, porque os leões amornaram um pouco e permitiram aos bracarenses um pouco de descanso para permitir regressar para o segundo tempo com nova disposição de força, quiçá mais “motorizada”.

No segundo tempo, o Sporting entrou mais lento, com o Braga a tentar dar a volta ao texto, se bem que Nuno Santos (60’) esteve à beira de aumentar a vantagem, depois de rematar forte, rasteiro, ao segundo poste, mas com a bola a sair a poucos centímetros do poste.

No minuto seguinte, Djaló voltou a criar perigo junto da baliza de Adán, depois de cabecear a bola, no seguimento de um canto, que obrigou o guardião leonino a impor-se para afastar com os punhos.

Djaló que (70’) voltou a criar perigo, isolando-se frente a Adán mas a rematar ao lado do poste, aproveitando uma certa “pausa” leonina, de alguma forma confortada com a vantagem de dois golos.

No minuto seguinte, aproveitando mais uma arrancada a galope de Gyokeres, que ultrapassou toda a gente e rematou para o fundo da baliza, com a defesa a falhar a marcação e o guarda-redes bracarense sem capacidade de parar o remate do atacante sportinguista, chegando ao 3-0, quando se atingiu o minuto 71’.

Este golo abanou por completo a formação bracarense, levando a que, dois minutos depois, o recém-entrado Daniel Bragança chegasse ao 4-0, que respondeu da melhor forma a uma assistência de Pedro Gonçalves, com o Braga em autêntico KO psicofisiológico.

A cinco minutos do tempo regulamentar, Nuno Santos também fez o gosto ao pé, depois de receber a bola do defesa bracarense Paulo Oliveira, que desviou a bola remetida por Esgaio, com uma trivela que bateu o guardião do Sporting de Braga.

Com 14-7 remates, dos quais 5-1 para a baliza (cinco remates, cinco golos), a maior posse de bola foi dos bracarenses (54/46%), confirmando que só se ganham jogos não em ter mais bola mas a marcar mais golos.

Uma exibição de gala dos leões que foi um tónico importante para a partida contra o Young Boys (nesta quinta-feira) a contar para o play off da Liga Europa.

No outro encontro a fechar o domingo, o Benfica jogou em Guimarães e voltou a demonstrar que “roda” pelos altos e baixos, não indo além de um empate (um registo positivo se se entender a categoria dos vimaranenses e o estado lastimoso do relvado, face ao grande volume de água caída ao longo de todo o dia e no decorrer do jogo) que permitiu ao Sporting atingir os mesmos pontos e as equipas ficarem empatadas na liderança, com os leões a ter menos um jogo.

Tiago Silva, de grande penalidade (35’) colocou o Guimarães a vencer, depois de Kokçu pisar Tomás Ribeiro na grande área, tendo Rafa (muitas vezes o salvador do Benfica) empatado (40’), numa jogada iniciada por António Silva, seguida por Di Maria, que cruzou para a área minhota onde Rafa levou a bola para o fundo da baliza.

No segundo tempo, André Silva (61’) recolocou o Guimarães a vencer, depois de um lançamento da linha lateral feito por Handel, bola para Bruno Gaspar que lançou Jota para este cruzar para a área onde surgiu André Silva a marcar.

Em cima dos 90’, Di Maria fintou Afonso Freitas e cruzou para a grande área onde surgiu Arthur Cabral a cabecear para o empate, com que terminou a partida, com as águias a permitir a chegada do Sporting ao comando, com os mesmos pontos (52’).

Resta saber o que acontecerá no Arouca-FC Porto (nesta segund-feira) para se ver como a classificação ficará alinhada no final da 21ª jornada da Liga Betclic.

© 1008 Jogada do Mes. Todos os direitos reservados. XHTML / CSS Valid.