Mário Moniz Pereira, o maior ícone do desporto português, foi uma vez mais distinguido pelos feitos que ajudou a lançar e catapultar Portugal para o mais alto lugar dos deuses de Olímpia, ao levar o nosso Atletismo à conquista das únicas medalhas olímpicas que o país alcançou em toda a sua história.
A oportunidade da criação, pela ONU, do Dia Internacional do Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz, levou o Desportivo Operário do Rangel – a colectividade da Amadora que promove a mítica Corrida de São Silvestre da Amadora há 40 anos – a promover um colóquio sobre as temáticas que constam do título da decisão tomada, evento que contou com a colaboração do Conselho Português para a Paz e Cooperação, das Plataforma das ONG para o Desenvolvimento, o Comité Paralímpico de Portugal e o Plano Nacional de Ética no Desporto.
Quatro áreas, diferentes entre si mas transversais a toda a sociedade, que tiveram o cunho de encontrar um caminho para que ambas pudessem ser conhecidas de mais gente e, ao mesmo tempo, trocassem experiências que podem prevalecer no futuro.
Futuro que, do ponto de vista da definição da agenda do desenvolvimento pós-2015, como data limite para a realização dos Objectivos de Agenda do Desenvolvimento do Milénio, vai dar continuidade até 2020.
Vuk Jeremic, presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, quando da divulgação deste Dia Internacional, referiu que nesta data se devia “prestar homenagem às grandes lendas do passado que, através das suas proezas, carácter e força moral, conquistaram um lugar de honra no panteão da glória olímpica”. E Moniz Pereira reúne todas estas – e muitas mais – características.
E foi por isso que o Desportivo Operário do Rangel, ciente do papel que tem desempenhado na promoção e divulgação do desporto ao longo dos quase 53 anos de vida, entendeu prestar homenagem a este técnico que, ao longo de mais de setenta anos, sempre pugnou para que Portugal tivesse um atleta “seu” que chegasse ao ouro olímpico. Foi Carlos Lopes que o conseguiu. De forma brilhante. Daí o troféu ”Prestígio ao Mérito” que lhe foi conferido.
Mas não foi só.
Outro discípulo, vice-campeão mundial e quarto classificado nos jogos olímpicos, também foi galardoado. Falamos de Domingos Castro que, a juntar a outros triunfos de gabarito, ganhou a São Silvestre da Amadora por três vezes consecutivas, no pós-Carlos Lopes ganhador também na Amadora. Recebeu o troféu “Mérito de Carreira Desportiva”.
Uma iniciativa de uma pequena colectividade deste país mas com grande coração para distinguir quem deve ser reconhecido.