Numa partida emocionante, com a bola sempre em movimento, o Sporting de Braga superiorizou-se e conquistou o terceiro título (entre as cinco presenças na final), que se ajusta, pela supremacia estatística bracarense.
No entanto, ante um Estoril que também foi um vencedor pelo fair play e espírito desportivo demonstrados, pelo percurso nesta competição, onde teve oportunidade de afastar dois dos grandes.
Pela segunda vez, sem a presença dos chamados grandes (Benfica, FCPorto e Sporting – não há intocáveis), a Allianz Cup, com este nome, terá terminado (a não ser que chegue a acordo com a Liga Portugal para continuar a patrocinar), ficando-se na expetativa do que virá a seguir.
Com despiques frequentes, com a bola a rolar – ainda que com maior frequência por parte dos bracarenses (70/30%) – de lado a lado, mas não tão interventiva como se poderia esperar, como se comprova pelo número de remates (11-7) dos quais 3-2 para a baliza.
Emoção houve alguma, mas os lances finais das jogadas foram poucos para os 100 minutos de jogo, somando também as compensações, o que deu no “castigo” de chegarem ao desempate pelas grandes penalidades.
O Estoril voltou a adiantar-se no marcador, fazendo o 1-0 (6’) pouco depois do inicio do jogo, na sequência uma falta cometida por Fonte que, no despique com Cassiano, dentro da sua própria grande área, fez cair o avançado dos canarinhos do Estoril ao tocar-lhe nas pernas quando tentava desarmá-lo, tendo sido necessário o VAR para ajudar o árbitro a decidir.
Chamado à concretização, Cassiano rematou forte, ainda que Matheus Magalhães tenha adivinhado a direção da bola, mas não chegou a tempo para a desviar para canto.
Com esta, ainda que pequena vantagem, o Estoril desdobrou-se mais a controlar a bola, amainando a velocidade, mas sempre atento às oportunidades que poderia criar, inclusive para
Poder aumentar a diferença, com o Braga a ter que reagir e instalar-se no meio-campo estorilista.
Ricardo Horta (9’) esteve perto de poder empatar, mas o guardião Dani Figueiras estava atento e fez uma grande defesa para parar um golo que esteve eminente.
Os bracarenses reforçaram a ofensiva, da qual obteve retorno (20’), quando Ricardo Horta – sempre ele – fez um golaço digno de prémio suplementar, ao, sem deixar cair a bola no chão, rematou a bola que foi direcionada pelo colega Vítor Carvalho na cobrança de um pontapé de canto com conta, peso e medida, rematando ao entre o guardião Dani e o poste, sem opção senão ficar agarrado ao chão.
Resultado que se manteve até final dos primeiros 45 minutos.
Soube-se, no entanto, que o número de espetadores entrados chegou aos 18.989, mais do que cerca dos 18.000 que estiveram na primeira meia-final, entre o Sporting e Sporting de Braga.
No segundo tempo, o Estoril entrou em pressão alta, no meio-campo bracarense, para atenuar eventual esforço bracarense, numa parte em que as oportunidades criadas também não foram muitas, face, inclusivamente, a um rendimento global mais lento, o que originou uma falta de remates e de sinais de perigo.
Que só se verificou nos últimos minutos (84’) quando, na sequência de um passe de Abel Ruiz, Pizzi seguiu para a baliza e rematou forte que levou Dani Figueira a ter que defender com os pés para retirar a bola para fora da área, depois de se entrar no último quarto-de-hora com um ritmo mais rápido, em sinal, pensa-se, que seria possível fechar o resultado com mais um golo e não se caminhar para as grandes penalidades.
Sabe-se lá porquê e o 1-1 ficou final.
Nas grandes penalidades, o Braga fez um caminho irrepreensível, completando cinco remates cm golo, com o Estoril a falhar, estrondosamente, na última, quando Tiago Araújo (que entrou desconcentrado e ou descontraído de mais) a rematar para as nuvens, dando aos bracarenses o ensejo de festejar o terceiro triunfo na competição e ficando como que a “chuchar” no dedo numa estreia que talvez merecesse mais um pouco de ênfase, na fase que se poderia ter seguido.
Mas tudo acabou em bem. Foram dignos parceiros na promoção do desporto, também na vertente da ética, o que é assinalável, ante uma organização que se pode considerar excelente, com Leiria a subir mais uns degraus na consideração de todos.
Enquanto a festa continua, outros estão a preparar-se para dar o pontapé de saída da 19ª jornada, que este domingo se inicia com os jogos Moreirense-Famalicão e Boavista-Portimonense (15h30), Farense-FCPorto (18h) e Arouca-Vizela (20h30).