Domingo 23 de Novembro de 8386

Aursnes colocou Benfica nos quartos-de-final da Taça Portugal Placard

Quando já corria – e ainda muito – para o final do encontro, Aursnes, na sequência de um rápido contra-ataque do Benfica, Arthur Cabral lançou a bola para o médio benfiquista que dominou a bola, adiantou-se a toda a defesa bracarense e rematou forte para fazer o 3-2 (70’) da salvação.

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Fernando Correia / JDM

Um momento vivamente saudado pelos 56.018 adeptos benfiquistas presentes no Estádio da Luz que, três minutos antes, viram o bracarense Zalazar – o melhor em campo – a cobrar um livre direto com a bola a seguir para a baliza, onde não chegou a entrar porque Trubin se lançou em voo (rasteiro) e conseguiu defender com o braço esticado, evitando o quase golo do Braga que, no minuto seguinte, voltou a criar perigo e a bola também não entrou na baliza depois que, a passe cruzado de Abel Ruiz, Djaló não conseguiu chegar à bola.

Mas o jogo pode considerar-se como o melhor que foi visto na presente temporada, face à dinâmica das duas equipas (que iniciarem a partida num defensivo 4x2x3x1), visivelmente à procura de ganhar e manejando em pleno em todo-o-terreno de jogo, ainda que com supremacia por parte dos bracarenses, ativos praticamente desde o apito do árbitro (a bola de saída foi do Braga), enquanto o Benfica não teve (por força do “bloqueio” dos minhotos) tanto espaço de manobra.

Daí que fosse o grupo bracarense que tivesse mais iniciativas, criando mais oportunidades e com melhor qualidade, começando (7’) com Vítor Gomes a fugir pela linha central e, na passada, rematar forte para Trubin fazer a primeira defesa da noite, lançando-se ao chão para defender com o braço e enviar a bola pela linha final.

Do canto, curto (8’) nasceu o golo do Sporting e Braga, obtido de cabeça por Zalazar, com a bola a desviar-se no corpo de João Mário e seguir para o fundo da rede da baliza, sem que Trubin conseguisse fazer algo.

Mas o Benfica respondeu de imediato (13’), com João Neves – que estava a posicionado muito atrás – a chegar-se à frente e rematar a meia altura, mas a bola saiu ao lado do poste, numa altura em que o encontro começou a aquecer, porquanto António Silva também foi para a primeira linha de ataque e (15’), na sequência de um pontapé de canto, o central benfiquista obrigou Hornicek a uma grande defesa e parar o perigo para a baliza bracarense.

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Fernando Correia / JDM

Com a partida bem “quentinha”, com o Braga a não dar descanso à defesa benfiquista – encontro em que João Mourinho completou o milhar de jogos – e com o Benfica a perder, Roger Schmidt quatro jogadores a aquecer para eventual substituição a breve trecho, o que não aconteceu nessa altura.

Calor que se fez sentir ainda maior quando Luisão e Acácio, os team líder das duas equipas, junto aos bancos, entraram em discussão, foram admoestados com um cartão amarelo cada um, período em que se atingiu os 40 minutos e acontecer o que, na altura, menos se esperava.

Para uma obra de gabarito (42’), Rafa teve todos os pontos cardeais no sítio certo e o avançado decidiu arrancar, levar tudo à frente, aproximar-se do guardião bracarense – para chegar ao golo aproveitando os corredores deixados em aberto pela defesa – e seguir para enviar a bola para a baliza por entre o guardião e o poste.

Num golpe de asa, o Benfica passou a liderar o marcador (2-1), com um golo marcado (44’) por Arthur Cabral, depois de fintar o defesa, entrou pela esquerda e rematou por entre as pernas do guardião Hornicek. É a simbologia do futebol: em todo o tempo é tempo de marcar golos enquanto temos tempo!

Hornicek não foi a gempo de fazer melhor porquanto Cabral entrou como um furacão e rematou de imediato e forte, com a culpa a recair mais na falta de cobertura ao jogador do Benfica.

Seguiu-se o intervalo.

Como as emoções estavam a crescer, mal começou o segundo tempo os bracarenses empataram (48’), por intermédio do espanhol Zalazar – que fez o bis – com um pontapé-bomba, no seguimento de um canto que tinha sido causado pelo desvio de uma defesa anterior de Trubin.

Por altura dos 65’, o Braga continuava por cima no comando das operações de maior perigo, com o jogo em roda-viva e com jogadas de excelente nível técnico e tático, onde a velocidade de passes foi constante.

A tal ponto que (67’), Zalazar, num livre direto, obrigou Trubin a esticar-se no chão, evitando outro golo com o braço, no que se seguiu (68’) uma oportunidade criada por Abel Ruiz que só não deu em golo porque Djaló não chegou a tempo ao passe feito da direita para a esquerda do ataque bracarense.

E num contra-ataque rápido, pelo centro do terreno, Arthur Cabral lançou Aursnes para chegar-se à frente e rematar para o 3-2 final e consequente apuramento do Benfica para os quartos-de-final, depois de uma partida emotiva, em jogo rápido, se bem que (83’) ainda surgiu mais uma oportunidade para o Braga, que foi parada pela defesa benfiquista, que conseguiu segurar a bola nos minutos finais, mormente no tempo de compensação.

Foi como que um jogo de campeões, quiçá o melhor desta época desportiva, mas com a “desvantagem”, fosse de quem fosse, que tinha que haver um vencedor.

Foi melhor não chegar ao prolongamento e, eventualmente, à marcação de grandes penalidades para decidir o vencedor.

O Benfica acabou por ser o mais feliz.

Para os quartos-de-final foram também apurados o Leiria (que foi vencer (3-0) o Marítimo ao Funchal), o Gil Vicente (ganhou 3-1 ao Amarante) e o Vizela (derrotou o Arouca por 1-0).

Nesta quinta-feira, serão conhecidos os dois últimos clubes apurados, que sairão dos encontros Santa Clara-Nacional (Madeira) e Vitória de Guimarães-Penafiel.

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