Com a missa de corpo presente realizada a princípio da tarde desta terça-feira, Ruy Mingas disse adeus a Portugal e regressa a Angola e à sua capital, Luanda, para receber as merecidas honras dos seus outros companheiros de lutas e disputas, em especial no desporto.
Onde se inclui também o governo angolano, atendendo ao excelente trabalho desempenhado por este dirigente de alto gabarito, que faleceu na passada quinta-feira, em Lisboa, devido a problemas de saúde que não conseguiram ser debelados durante a sua estadia em Portugal.
Na oportunidade, o Presidente da República evocou Ruy Mingas e deixou no site da Presidência a mensagem que se transcreve:
“Mesmo que não tivesse sido um dos autores do hino nacional de Angola, Rui Mingas faria parte da mitologia moderna de Angola nos últimos anos do Império e nas primeiras décadas da independência.
Como atleta do Benfica nas décadas de 1950 e 60, e depois sucessivamente como militante político, cantor e compositor, embaixador de Angola em Portugal, ministro, deputado e empresário, Mingas parece ter estado em todos os lugares onde Angola se afirmou como jovem nação, em confronto com o regime português até 1974, mas não em choque com Portugal, pois também os portugueses reconheceram nele um símbolo da nossa relação com os angolanos, que abarca as vicissitudes passadas, as memórias e afetos em comum, um futuro de parceria e respeito mútuo.
À família e amigos de Rui Mingas o Presidente da República apresenta as suas sentidas condolências”.
De salientar ainda que o Benfica, clube que representou durante mais de uma década de anos, também expressou a carreira desportiva feito no atletismo benfiquista, tendo deixado uma coroa de flores na homenagem realizada na Basílica da Estrela.