A seleção liderada por Paulo Pereira sofreu nova derrota em solo alemão, agora por 35-31, em jogo de grande intensidade frente à Alemanha, na Wunderino Arena, em Kiel.
Foi a envergar um equipamento comemorativo – que remete para a primeira participação num Campeonato da Europa, em 1994, onde Portugal foi anfitrião – que os Heróis do Mar entraram em campo, na Wunderino Arena, em Kiel e casa do emblemático THW Kiel, com capacidade para 13.500 pessoas.
Portugal iniciou o jogo com um sete formado por Gustavo Capdeville, Pedro Oliveira, Alexandre Cavalcanti, Miguel Martins, Luís Frade, Francisco Costa e António Areia, formação que não impediu os alemães de abrir o marcador, com Patrick Groetzki a colocar a turma germânica na liderança, mas Francisco Costa, rapidamente, estabeleceu a igualdade e, apesar da Alemanha ter voltado a conquistar dois golos de vantagem, o empate surgiu, novamente, por António Areia (3-3).
O encontro seguiu em parada e resposta com os dois guarda-redes – Gustavo Capdeville e Andread Wolff – em destaque até que Luís Frade, colocou Portugal na liderança, à passagem dos 10 minutos (6-7), pela primeira vez no encontro. Apesar das lideranças sucessivas, a formação das Quinas nunca conseguiu descolar no marcador e quem acabou por assumir o protagonismo foi o conjunto de Alfreð Gíslason (11-9).
Paulo Pereira viu-se forçado a pedir uma paragem no tempo de jogo, mas Portugal continuou a demonstrar bastantes dificuldades no ataque, com Andreas Wolff a ser um grande opositor, até aos 20 minutos. Numa combinação aérea entre Pedro Oliveira e Miguel Martins, os Lusos voltaram a chegar ao empate (12-12) e, desta vez, foi o técnico islandês a parar o jogo.
A Alemanha acabou por somar três golos à maior (16-13) num curto espaço de tempo e, apesar das Quinas terem conseguido reduzir, viram-se por diversas vezes em inferioridade, o que acabou por facilitar a tarefa aos alemães que recolheram aos balneários com cinco golos à maior (20-15).
A entrada para a segunda metade deu-se com golos de parte a parte até que os germânicos voltaram aos cinco golos de diferença (25-20) e, de seguida, chegaram aos seis, pela mão de Julian Köster. Apesar da inspiração de Miguel Martins, o conjunto alemão subiu para os sete golos (29-22), à chegada aos 40 minutos, obrigando Paulo Pereira a parar o encontro.
Os Lusos conseguiram reduzir – por Francisco Costa da marca de castigo máximo – chegando aos três golos de diferença (29-26) quando faltavam 15 minutos para o final levando a um tempo técnico dos germânicos. Mas quem saiu melhor foi Portugal, que voltou a diminuir, desta vez por Miguel Martins e Pedro Portela, que aproveitavam o desacerto ofensivo alemão para prolatarem no ataque.
O conjunto germânico – que passou a sua pior fase até então, com 10 minutos sem qualquer golo – viu Johannes Golla a marcar e Andreas Wolff a defender, o que resultou no aumento para três golos de vantagem (31-28) e acabou por manter a toada, sem que Portugal tivesse ímpeto para reverter o rumo do encontro, quwe chegiu ao fum com o triunfo alemão (35-31).
Top Scorer: Francisco Costa – 9 golos
Miguel Martins, central dos húngaros do Pick Szeged e um dos cérebros desta Seleção Nacional, abordou o segundo encontro contra a congénere alemã, mas também refletiu sobre o primeiro.
“Achei que entrámos mal no primeiro jogo, se calhar fruto de alguma ansiedade, mas, rapidamente, falámos e conseguimos melhorar aquilo que a Alemanha nos estava a colocar como dificuldades, melhorámos no ataque, conseguimos finalizar com sucesso quase todas as situações e eles não puderam fazer contra-ataque e marcar golos fáceis. Hoje, acho que começámos muito bem o jogo, houve uma altura que, com as exclusões e com a mudança deles para 3x2x1, houve alguma confusão da nossa parte e eles abriram o resultado para cinco golos mas, na segunda parte, conseguimos outra vez regressar ao jogo, tivemos a perder por um golo de diferença, mas acho que permitimos demasiados golos contra-ataque, não conseguimos recuperar. talvez também por algum cansaço. Acima de tudo, acho que foram dois jogos espetaculares para conseguirmos preparar para o que aí vem e acredito que no Campeonato da Europa vamos estar bem melhor.”
O Europeu de Andebol tem lugar de 10 a 28 deste mês janeiro de 2024, na Alemanha, com 17 dias de competição coloridos e dinâmicos, preenchidos com 65 jogos, para gáudio dos fãs de andebol de todo o mundo, com os alemães a acolher a primeira edição de um EHF Euro com 24 equipas a decorrer num único país.
A Merkur Spiel-Arena em Düsseldorf, está a preparar-se para bater um recorde de mais de 50.000 espectadores num jogo de andebol no dia 10 de janeiro, no encontro inaugural do EHF Euro 2024 entre França e Macedónia do Norte e, ainda, no frente a frente entre a anfitriã Alemanha e Suíça.
Em paralelo com o Campeonato da Europa, a Federação Europeia de Andebol anunciou o lançamento da primeira Convenção sobre o andebol de base, em Munique, no dia 14 de janeiro.
Portugal encontra-se no grupo F e tem o seguinte calendário:
11.01.2024 – 17h00 – Portugal x Grécia, RTP2
13.01.2024 – 17h00 – Chéquia x Portugal, RTP2
15.01.2024 – 19h30 – Dinamarca x Portugal, RTP2