André Sanano/FPF
Com uma temperatura ambiente de ordem negativa, a seleção nacional feminina sofreu um amargo revés na deslocação à Noruega, onde foi goleada por um expressivo 4-0.
Sem nunca ter tempo para “aquecer”, a formação lusa foi obrigada a adiar a decisão da permanência no principal grupo (A) da Liga das Nações para a última jornada, quando receber a França (Leiria), no dia 5 de dezembro (terça-feira).
Na penúltima ronda do Grupo A2 da Liga das Nações, num arranque para esquecer, a Seleção Nacional viu a Noruega apontar dois golos no espaço de sete minutos.
No primeiro tento, as nórdicas impuseram-se pelo lado esquerdo e Ada Hegerberg surgiu (3’) sem marcação na área, a cabecear para o fundo da baliza. No segundo, Hegerberg marcou (8’) de grande penalidade.
Com o passar do tempo, tentou crescer e aproximar-se mais vezes da baliza norueguesa, com Andreia Jacinto e Lúcia Alves a tentarem a sorte de longe.
Na segunda parte, a atacante norueguesa Ada Hegerberg chgou ao 3-0 (50’), assinando o ’hat-trick’ numa recarga, depois de Inês Pereira ter travado um remate de Terland. O quarto golo aconteceu (90+3’), apontado por Sophie Haug, salientando-se que Inês Pereira fez duas extraordinárias defesas que evitaram um mal maior.
Com uma ronda por disputar, Portugal caiu para a quarta e última posição do Grupo A2, com três pontos, pelo que, para evitar a despromoção direta à Liga das Nações B, terá de vencer a líder França, na terça-feira, em Leiria, e esperar que as norueguesas, terceiras e em posição de play-off, com cinco pontos, percam no mesmo dia frente à Áustria, segunda colocada.
As francesas, refira-se, venceram a Áustria por 3-0 nesta sexta-feira (golos de Amandine, 5’; Eugénie, 57’; e Marie-Antoinette, 84’), somando 13 pontos. As austríacas contabilizam sete pontos.
André Sanano/FPF
Francisco Neto, selecionador nacional, no final do jogo, referiu que “ainda não tive oportunidade de ver os dois primeiros golos, vocês sabem que eu normalmente não gosto muito de falar das questões da arbitragem, já me falaram que no terceiro golo podia haver um fora de jogo, mas independentemente disso não entrámos tão consistentes no jogo, mas depois do 2-0 conseguimos ter bola, fazer aquilo que estava planeado, ganhar a bola no meio-campo adversário, pressionar a Noruega alto. Claro que aí expusemo-nos sempre um bocadinho, mas a Noruega não foi criando grandes oportunidades. É verdade que foram muito eficientes nas oportunidades que tiveram e, depois de estar a perder 2-0 aos 8 minutos, procurámos ir atrás do resultado, o que é sempre mais difícil. Mesmo a perder 2-0 nunca deixámos de ter a nossa identidade, com entrega, coragem e compromisso. Não fomos competentes em alguns momentos do jogo e agora não dependemos só de nós”.
Quanto ao jogo da última ronda, José Neto adiantou que ”é manter o discurso que sempre tivemos desde o início. Seis finais, representar Portugal seja em que situação for tem de ser até ao limite. Estas jogadoras estão comprometidas com a Seleção Nacional, com aquilo que é representar o seu país e será mais uma oportunidade contra uma grande equipa, mas junto dos portugueses vamos procurar fazer um bom jogo e ganhar. Esperamos uma grande adesão em Leiria”.
