Terça-feira 23 de Novembro de 8376

Imperial, imparável e inesquecível apuramento de Portugal para o Euro’2024

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Fernando Correia / Jogada do Mês

Pelos adjetivos que ilustram o título desta peça, parece não haver mais nada a acrescentar quanto ao brilhantismo com que a seleção portuguesa se apurou para a fase final do euro’2024 em Futebol, marcado para a Alemanha no verão do ano que vem.

Dez jogos, dez vitórias, trinta pontos, com um score de 36-2 em golos e mais três estreias na equipa principal de Portugal, sem dúvida que este 2023 fica como um dos marcos mais históricos da modalidade em Portugal e para o mundo.

Roberto Martinez é o “maestro” desta “cavalgada” estonteante pela Europa fora, que teve a sorte de ter de gerir um grupo no seu máximo (seis equipas de outros tantos países) – o que nem sempre acontece – que originou uma aragem refrescante neste verão tão quente, restando esperar que na Alemanha aconteça com a conquista do segundo europeu, o que será ouro sobre azul!

Os triunfos tangenciais frente à Eslováquia (1-0 e 3-2) e à Islândia (1-0) foi onde a turma nacional “estremeceu”, mas Roberto e Ronaldo (a dupla RR – quiçá com a bênção de outra RR/Rádio Renascença) – souberam levar a água ao moinho e subiram ao céu, arrancando mais recordes extraordinários.

No encontro deste domingo, no Estádio José Alvalade, a superioridade lusa foi atroz (64/36% de posse de bola), a quem 24-7 em remates, dos quais 11-4 para a baliza, mas a formação lusa encontrou grandes dificuldades para se impor, face ao quadro defensivo apresentado, ao porte físico mais forte dos islandeses, também, a algumas imprecisões que se foram evidenciando ao longo do jogo, o que redundou num maior desgaste e, em algumas alturas, uma certa falta de discernimento mental.

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Fernando Correia / Jogada do Mês

Como tinham perdido em casa, a Islândia entrou a jogar para não perder, tiveram alguma felicidade, e foram obrigando Portugal a ter que “inventar” para poder sair por cima.

Daí que foi preciso uma pequena desatenção da defesa islandesa – que Portugal aproveitou da melhor forma – quando Bruno Fernandes, sobre a direita da grande área, ficou com a bola nos pés, com espaço largo e viu o “tubo” para onde a bola devia passar, rematando (37’) para o segundo poste, com o guardião a não ver a bola partir e quando deu por isso já tinha entrado, fazendo o 1-0 para Portugal.

A partir daí, a equipa da “terra do gelo – ice land” mudou de figura, aliviou a defesa e tentou estar taco a taco com Portugal, ainda que a formação lusa tivesse continuado a mandar sem problemas de maior.

No segundo tempo, as duas equipas começaram a dar os primeiros sinais de cansaço, os técnicos fizeram contas e acharam que estava na altura de fazer algumas substituições. Começou Roberto Martinez quando (63’) fez entrar Raphael Guerreiro e Ricardo Horta para os lugares de João Mário e Bernardo Silva, respetivamente, o que deu resultado positivo no imediato, porquanto (66’) foi Ricardo Horta que, muito oportuno, fez o 2-0, depois do guardião islandês (Vadirmarsson) ter defendido um potente remate de Ronaldo mas não segurando, com o avançado luso a empurrar a bola para dentro da baliza.

Ainda que tivesse havido, nalgumas partes, algum excesso das “rodas de baile” que os jogadores portugueses ensaiaram, com bola a seguir de pé para pé, rodando em 360º (chegando a um individualismo escusado) quando podiam ser mais práticos e avançando no terreno com maior enfoque, tudo se conjugou para o resultado positivo, o fator mais positivo.

Posto isto, é aguardar pela definição dos grupos para a Alemanha, ainda que se siga a fase do play off para os terceiros classificados de cada grupo, cujo sorteio está marcado para Nyon, na quinta-feira.

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