Sábado 23 de Novembro de 2024

Esta segunda-feira marca o novo rumo na liderança da Confederação do Desporto de Portugal

CDPFilipa Godinho, Daniel Monteiro e Ricardo José são os candidatos à eleição para a liderança da Confederação do Desporto Portugal, cujo ato eleitoral se efetua esta segunda-feira, na sede (Algés) da CDP.

A urna estará aberta das 12h30 às 18h30, na sede da CDP, em Algés, com a equipa vencedora a ser anunciada após a contagem dos 52 votos (se todos forem votar) que correspondem à totalidade dos inscritos no caderno eleitoral, numa maioria de Federações de modalidades, contando ainda a Confederação das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto.

Filipa Godinho, que é Pró-Reitora da Universidade de Coimbra e desempenhou funções como Presidente da Federação do Desporto Universitário (FADU) pode “sair” em vantagem, por ser mulher – o que, a ser eleita, seria a primeira vez que a CDP seria gerida por uma senhora, mas terá “luta” acesa com os outros dois candidatos, ambos também conhecidos no âmbito desportivo, porque nele há mais tempo.

Daniel Monteiro, teve também experiência como presidente da FADU, recordando-se que foi candidato em 2019, tendo perdido por um voto.

Ricardo José, ex-presidente da Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas, também tem traquejo na liderança de uma federação desportiva.

O presidente, de saída, Carlos Paula Cardoso (76 anos), lidera a instituição desde outubro de 2002, somando duas décadas de atividade ininterrupta, quando a Confederação completa 31 anos de existência em 26 de Janeiro de 2024, data em que foi criada ainda que com o nome de Aliança do Desporto Federado, liderada desde o início por Luís Santos (foto), na altura presidente da então Federação Portuguesa de Andebol.

O que foi possível por força da aprovação da Lei de Bases do Sistema Desportivo (1/90), em 13 de Janeiro de 1990, quando se abriu, em Portugal, uma nova etapa na evolução e desenvolvimento do sistema desportivo, que revogou expressamente o Decreto N.º 32.946.

O projeto da CDP teve como modelos ideais de referência, organizações semelhantes existentes, designadamente, na Alemanha (Deutsche Sportbund – DSB), na Áustria (Bundessportorganisation – BSO), na Dinamarca (Dansk Idraets-Forbund – DIF), na Suécia (Sveriges Riksidrottsforbund – RF), na Suiça (Association Suisse du Sport – ASS), na Noruega (Norwegian Confederation of Sports – NIF) ou na Holanda (Nederlandse Sport Federatie – NSF).

Nesta óptica a Confederação é a cúpula natural do Movimento Desportivo de raiz associativa, revista esta forma, e qualquer que seja o âmbito de actuação em que se insira: desde o desporto universitário e escolar, até ao desporto para trabalhadores e de recreação; desde o desporto profissional e de alta competição, até ao desporto não-profissional e de mero lazer; desde as modalidades com expressão olímpica até às que não gozam de tal privilégio; desde o desporto para deficientes até ao desporto-aventura.

Mas a Confederação visou constituir-se como o natural interlocutor do Estado nos assuntos que interessam ao desenvolvimento desportivo do País, e como o seu colaborador institucional no que toca à implementação dos grandes desígnios de uma política desportiva que dê resposta às necessidades daquele desenvolvimento.

Com a criação e existência da Confederação, ganharam as Federações Desportivas e ganhou o Estado. As Federações, porque nela encontram o meio natural de união e conjugação de esforços; o Estado porque deixará de ter, no terreno, uma multiplicidade e diversidade de Federações Desportivas, agindo isoladamente e por vezes com lógicas contraditórias, e passará a ter um órgão através do qual e por intermédio do qual deverá, privilegiadamente, agir no campo da política desportiva.

A Confederação criada é, por tudo isto, e necessariamente, um projeto eminentemente privado, no sentido em que só pode ter origem nos esforços das Federações Desportivas interessadas e não num acto de criação do poder político. Não há, por definição, confederações públicas, mas apenas confederações criadas por iniciativa, vontade e dinamismo das Federações Desportivas nacionais. A Confederação é portanto, por natureza, a “Federação das Federações Nacionais”.

Cronologia de Acontecimentos

26-01-93

Procede-se à eleição e imediato auto de posse da Direcção da Aliança do Desporto Federado, então composta por sete elementos, a saber: Luis Santos (Andebol), presidente; Fernando Boquinhas (Atletismo), Vice-Presidente; António Roquette (Vela), Vice-Presidente; Manuel Pedro dos Santos (Lutas Amadoras), Vice-Presidente; Manuel Lima Correia (Futebol de Salão), Secretário-Geral; e Orlando Daniel Neves (Ciclismo), Financeiro.

10-08-93

A Aliança do Desporto Federado passa a denominar-se Confederação do Desporto de Portugal por escritura pública lavrada nesse dia, realizando-se logo a tomada de posse da nova Direcção, constituída da seguinte forma: Luis Santos (Andebol), Presidente; Fernando Boquinhas (Atletismo), Vice-Presidente; António Roquette (Vela), Vice-Presidente; Manuel Pedro Santos (Lutas Amadoras), Vice-Presidente; José Augusto Rodrigues (Voleibol), Vice-Presidente; Mário Alberto Marques Pinto (Golfe), Vice-Presidente; Vitor Manuel Ferreira (Futebol), Vice-Presidente; Manuel Lima Correia (Futebol de Salão), Secretário-Geral; Manuel Orlando Neves (Ciclismo), Financeiro

luis santos

DR

12-04-97

Toma posse para o ciclo normal de 1997/2000 uma nova Direcção composta por: Luis Santos (Andebol), Presidente; Gilberto Parca Madaíl (Futebol), Vice-Presidente; António Faím (Rugby), Vice-Presidente; Nuno Vilarinho (Automobilismo), Vice-Presidente; Levy Lima (Cultura Física), Vice-Presidente; César Queimada (Voo Livre), Vice-Presidente; Rolando Martins (Artes Marciais Chinesas), Vice-Presidente; Manuel Lima Correia (Futebol de Salão, Secretário-Geral; Adriano Faro Viana Baptista (Ciclismo), Administrativo/Financeiro.

06-12-00

Toma posse para o quadriénio 2000/2004 a direção com a seguinte constituição: José Manuel Constantino (Judo), Presidente; Carlos Paula Cardoso (Natação), Vice-Presidente; Odete Graça (Patinagem), Vice-Presidente; Maria José Carvalho (Hóquei), Vice-Presidente; João Bacalhau (Ténis de Mesa), Vice-Presidente; Pedro Peixoto (Xadrez), Vice-Presidente; Nuno Vilarinho (Automobilismo), Vice-Presidente; Maria Angélica Santos (Pentatlo Moderno), Secretária Geral; Luis Caleia Rodrigues (Ciclismo), Director Financeiro

17-07-02

Foram aprovados em Assembleia-Geral, marcada para o efeito, os novos estatutos da Confederação do Desporto de Portugal.

24-09-02

O Presidente da Direcção da Confederação do Desporto de Portugal, o Prof. José Manuel Constantino, pede a demissão do cargo, para que possa assumir o cargo de Presidente do Instituto Nacional do Desporto.

03-10-02

É deliberado em reunião de Direcção da CDP, que até ao próximo ato eleitoral, seria o até então Vice-Presidente da CDP, o Prof. Carlos Paula Cardoso, que ficaria como presidente da Direcção.

15-06-03

Foram publicados em Diário da República – III Série n.º 130 do dia 05 de Junho de 2003, os novos estatutos da Confederação do Desporto de Portugal, aprovados em Assembleia-Geral Extraordinária realizada no dia 17 de Julho de 2002.

29-07-03

Numa Cerimónia que decorreu na tribuna de Honra do Estádio Nacional, tomou posse a nova direcção da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Vicente Araújo, Vice-Presidente; Carla Antunes, Secretaria-geral; Luis Caleia Rodrigues, Director; Filipe Carvalho, Director; Nuno Vilarinho, Director; Isabel Fernandes, Directora.

09-01-08

Numa Cerimónia que decorreu em Casal de Paulos, tomou posse a nova direcção da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Luis Caleia Rodrigues, Vice-Presidente; Ilídio Trindade, Secretário-geral; Duarte Lopes, Director; Ana Sofia Cabral, Directora; Nuno Vilarinho, Director; Anabela Reis, Directora.

Dezembro-2009

Foi publicado em Diário da República, II série, a atribuição do estatuto de Utilidade Pública à Confederação do Desporto de Portugal.

04-07-2011

Numa Cerimónia que decorreu na Tribuna de Honra do Estádio Nacional, Complexo Desportivo do Jamor, tomou posse a nova direcção da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Luis Caleia Rodrigues, Vice-Presidente; Ilídio Trindade, Secretário-geral; Duarte Lopes, Director; José Esteves, Director; Nuno Vilarinho, Director e Anabela Reis, Directora.

02-07-2015

Numa Cerimónia que decorreu na Tribuna de Honra do Estádio Nacional, Complexo Desportivo do Jamor, tomou posse a nova direção da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Ilídio Trindade, Vice-Presidente; Fernando Nogueira, Secretário-geral; Filipa Godinho, Diretora; Carlos Varinhos Marques, Diretor; Luísa Lino, Diretora e Anabela Reis, Diretora.

04-07-2019

Numa Cerimónia decorrida na Tribuna de Honra do Estádio Nacional, Complexo Desportivo do Jamor, tomou posse a nova direção da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Anabela Reis, Vice-Presidente; Carlos Baptista, Secretário-geral; Filipa Godinho, Diretora; Mário Almeida, Diretor; Ricardo José, Diretor e Pedro Silva, Diretor.

Resta aguardar pelo fim da tarde desta segunda-feira para se saber quem serão os novos dirigentes da Confederação do Desporto de Portugal para o quadriénio 2023/2027.

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