O andar a sofrer – apesar de liderar a classificação da Liga Betclic – é uma situação a que o Sporting e seus adeptos já se habituaram há muito, pelo que o que aconteceu no Alvalade XXI nesta noite de domingo não foi nada de anormal.
Verificaram-se vários motivos para o efeito, com os leões a adiantarem-se no marcador no decorrer da primeira parte (33’) quando Daniel Bragança, respondeu da melhor forma a um centro atrasado de Gyokeres e se estreou a marcar na Liga ao rematar forte e sem defesa para o guarda-redes António Filipe, que acabou por ser o grande esteio da equipa da Amadora, porquanto defendeu quase tudo o que era possível para evitar que o Sporting vencesse.
Se até aí os leões dirimiam a vantagem global no jogo, o Estrela também teve oportunidade de mostrar o que vale, em especial depois do golo do Sporting, com Leo Jabá a ser o artilheiro de serviço, que podia ter empatado (37’) quando o mesmo jogador surgiu isolado frente a Adán, que defendeu o remate do atacante amadorense, mas deixou fugir a bola que voltou ao pés do avançado e que a jogada não teve outro desfecho porque a defesa leonina anulou de vez a ofensiva.
Nos últimos minutos do primeiro tempo, Gyokeres e Edwards criaram duas oportunidades para aumentar a vantagem dos leões, com ambos a não encontrarem o caminho da bola para a baliza.
No segundo tempo, o Estrela surgiu mais afoito e o Sporting como que algo adormecido, porquanto (49’), num contra-ataque rápido dos amadorenses a bola surgiu rápida na grande área, onde Coates, na tentativa de abortar um cruzamento, desviou a bola com a mão, o que levou à grande penalidade assinalada elo árbitro.
Registe o ato de fair play e ético do capitão leonino ao não se manifestar, reconhecendo o erro cometido – tal como os membros da equipa leonina que estavam por perto – o que o árbitro não perdoou. No minuto seguinte (50’) Leo Jabá atirou para a direita, Adán adivinhou, mas a bola levava fogo e entrou na baliza como uma seta.
Com o empate conseguido, os leões mantiveram uma certa apatia e, em apenas cinco minutos (55’), o Estrela passou para a frente do marcador (1-2) depois de uma nova falha na defesa sportinguista que permitiu que Kikas chegasse à bola e rematar forte para as redes da baliza de um Adán em noite não muito positiva.
Pouco depois, numa jogada de transição, a bola levanta um pouco de foi bater na câmara móvel que está pendurada em quadro cabos, que não manobrados pelos operadores de tv, o que obrigou o árbitro a recomeçar o jogo, situação que é a segunda que acontece com poucas semanas de diferença, supondo-se que por defeito de atuação dos respetivos operadores, o que importa não voltar a ver acontecer, sob pena de provocar atritos de grande anormalidade.
Não se notou muito, mas terá passado pela cabeça de muitos adeptos leoninos, a frase que o técnico sportinguista terá dito, de que “se não se cumprirem os objetivos para esta época poderá sair do clube”, em vésperas de um jogo, como este, em que, em princípio, “eram favas contadas”.
O “perigo” espreita em qualquer momento e em qualquer lugar.
Em desvantagem, Ruben Amorim tratou de, de imediato, fazer entrar (60’) Saint Juste, Trincão e Gonçalo Inácio, para tentar dar a volta e triunfar, para chegar Benfica-Sporting (no domingo) com a vantagem de três pontos, que é muito mais confortável.
E a rápida intervenção deu resultados, porquanto (71’) Edwards, com uma jogada magnífica, em estilo de furacão, controlou a bola, passou por um, por outro, por outro ainda – num autêntico carrocel – e com o pé esquerdo, rematou forte e anichou o esférico no fundo das redes da baliza de um António Filipe, que ficou de olhos em “bico” pela beleza da jogada do atacante sportinguista.
Chegado ao empate, o Sporting precisava de ir mais além. Para o efeito, Paulinho saiu do banco (65’) e dando seguimento a uma jogada iniciada pelo lado direito, Edwards foi avançando até ter espaço para fazer o cruzamento para o triunfo, levando a bola a voar em direção à cabeça de Paulinho para este cabecear pela certa e confirmar o triunfo dos leões.
Enquanto os leões despertavam para a vitória, que estiveram a escassos segundos de chegarem ao quarto golo, depois de (82’) um remate de Pedro Gonçalves, que obrigou António Filipe a voar até ao ângulo superior da baliza para desviar a bola para canto.
Guardião que (88’ e 89’) ainda safou mais dois golos, o primeiro a remate de Pedro Gonçalves e, o segundo, a um cabeceamento de Trincão, num autêntico “massacre” final.
O Sporting dominou em toda a linha, desde os remates (25-6, dos quais 8-4 para a baliza, segundo a Liga), com uma posse de bola de 66/34%.
No Casa Pia, 0 – Vizela, 1, os visitantes fizeram jus ao domínio tido (16-9 em remates, dos quais 3-3 para a baliza) numa posse de bola de 53/47%, e chegaram a triunfo, com um golo apontado por Alberto Soro (70’).
Na outra partida, o Rio Ave recebeu e bateu (2-0) o Boavista, com golos marcados por Fabio Ronaldo (37’) e Boateng (47’), tendo obtido a segunda vitória em dez jogos, com a curiosidade do primeiro triunfo ter acontecido na primeira ronda, fechando agora na 10ª jornada, com 11-10 remates, dos quais 3-1 para a baliza, numa posse de bola de 39/61% para os axadrezados, que depois de começarem muito bem o campeonato continuam a perder pontos.
Esta segunda-feira, a fechar a ronda, jogam Farense e Arouca (20h15).