Mais um dado estatístico que fica para a história do futebol português, depois da seleção das quinas ter conseguido o apuramento para a fase final do Europeu de 2024 com inédito êxito pelas sete vitórias conseguidas na fase de apuramento, que vai até final de Novembro.
Assumindo-se como uma equipa de alto valor, pela forma de jogar e com uma nova “roupagem” (de origem espanhola), Portugal tem brindado os portugueses com exibições de classe alta, que a levaram a garantir, pela sexta vez consecutiva (outro recorde), a presença no quadro final no Europeu2024.
Um apuramento que foi produzido da maneira mais rápida de sempre, com os referidos sete triunfos consecutivos, que garante a presença, mas não o lugar de ordem, considerando que ainda faltam jogar três jogos (Bósnia, Liechtenstein e Islândia) para se concluir a fase de grupos de apuramento.
Outro recorde que continua a ser batido quase jogo a jogo foi aumentado por Cristiano Ronaldo, que atingiu o 125º golo ao serviço da seleção, uma obra-prima de fazer golos.
Com um primeiro tempo pressionante e impressionante, a equipa lusa tomou conta do meio-campo ocupado pela Eslováquia, gizando o seu futebol da melhor forma e procurando os caminhos da viabilidade para o golo.
A resistência dos eslovacos durou apenas 18’, altura em que Gonçalo Ramos chegou ao 1-0, depois de uma jogada pela direita, a bola seguiu até à grande área dos visitantes, a bola acaba nos pés de Bruno Fernandes, “burla” a bola a um defesa, vira-se sobre si própria para a baliza e centrou com peso, conta e medida para Gonçalo Ramos esticar o pescoço, antecipando-se a outro defesa, cabeceando para o primeiro golo luso, numa jogada em bom estilo.
Mantendo a pressão, Bruno Fernandes (26’), esteve à beira de alcançar o 2-0, mas a jogada acabou por não dar certo.
Mas dois minutos depois (28’) Rafael Leão infiltra-se pela esquerda, fletiu para a grande área e cruzou a bola para o miolo, na procura de um companheiro para dar seguimento, o que não aconteceu porquanto o defesa Vavro desviou a bola com o braço, o que originou a marcação da competente grande penalidade.
Chamado à cobrança (29’), Cristiano Ronaldo não esteve com meias medidas e, com um remate seco, anichou a bola nas redes da baliza, fazendo o 2-0 para Portugal.
No quarto-de-hora que faltava para o final da primeira parte, a equipa lusa conseguiu maior espaço de manobra, manteve-se em “cima” da bola, criou algumas oportunidades, mas o resultado não foi alterado, com Ronaldo a (43’) assistir Gonçalo Ramos, que rematou ao poste, salientando-se que a chuva (forte e com vento) se fez sentir desde o apito inicial do árbitro.
No segundo tempo, com a situação climatérica a manter-se – tornando o relvado do Dragão (em bom estado) mais pesado, por certo que o desgaste feito iria produzir alguns efeitos menos positivos (cansaço por parte dos jogadores de ambas as equipas).
João Félix (65’) entrou para o lugar de Rafael Leão – face à estratégia montada pelo selecionador nacional – situação verificada depois de (55’) se registar o primeiro remate dos eslovacos à baliza de Diogo Costa, mostrando que os visitantes não se “renderiam” facilmente, como ficou provado (69’), quando Hancko rematou fora da área, ante uma “branca” da defesa portuguesa, levando a bola a meia altura e para o canto da baliza, com o guardião luso “bloqueado” e sem reação, apanhado de surpresa.
Três minutos depois (72’), numa jogada rápida pela direita, Bruno Fernandes ganhou a corrida à defesa eslovaca e cruzou para o segundo poste, onde surgiu Ronaldo a encostar a bola para o fundo da baliza e fazer o 3-1, marcando o 125º golo de sua conta.
Entretanto, Dubravka, guardião da Eslováquia, voltou a sobressair e deu mais conforto à equipa, defendendo quase tudo – tendo impedido um golo quase certo (78’) de Bruno Fernandes.
Mas o adversário de Portugal continuou sem “sono”. Tanto que (80’), aproveitando uma certa “sonolência” da formação lusa, Lobotka reduziu para 3-2, com um remate forte e direto ao canto superior direito da baliza de Diogo Costa, que não teve qualquer hipótese de chegar à bola.
Ainda que faltassem apenas dez minutos para o final do jogo – depois do selecionador ter feito entrar Rúben Neves, Otávio e Diogo Jota – Portugal podia ter “descansado” mais um pouco, mas o guardião eslovaco defendeu, superiormente, dois remates, adiando a sentença final.
Com 90+2’, Diogo Jota tentou aumentar a diferença, mas não conseguiu porque Dubravka defendeu,
O jogo terminou três minutos depois e o triunfo foi garantido, com todos os recordes que se descreveram, com as estatísticas a ditaram 25-9 remates, dos quais 11-2 para a baliza, por parte de Portugal, que registou uma posse de bola de 58/42%, suficiente para poderem ter ganhado por mais.
Nos outros jogos do grupo de Portugal (J), a Islândia recebeu e empatou (1-1) com o Luxemburgo e a Bósnia foi vencer (2-0) ao Liechtenstein, mantendo a formação portuguesa a posição de liderança (7 jogos, sete vitórias, 21 pontos), seguindo-se a Eslováquia (13), Luxemburgo (11), Bósnia (9), Islândia (6) e Liechtenstein (0).
Dos três jogos que ainda faltam, Portugal precisa apenas de empatar um, para se fixar no primeiro lugar.
É o que vem a seguir, com os jogos da 8ª jornada (16 de outubro – 2ª feira): Bósnia-Portugal, Islândia-Liechtenstein e Luxemburgo-Eslováquia.
Para Roberto Martínez, selecionador nacional, “é difícil festejar. Estamos no meio do estágio e temos outro jogo na segunda-feira. Foi uma experiência muito agradável. O ambiente no Dragão foi espetacular. Ganhámos o jogo. A nossa primeira parte foi muito boa e na segunda parte precisamos de melhorar. Com a chuva e o que jogávamos, o importante era o resultado”.
Acrescentou ainda que “é um sonho estar na luta para apurar, primeiro, e depois crescer. Individualmente, a nossa seleção tem um talento superlativo. Para um treinador, é uma tarefa difícil poder utilizar todo o talento. Mostrámos, em sete jogos, atitude perfeita para poder crescer. Estou muito satisfeito, mas é só um passo.”