No “melhor pano cai a nódoa” e a verdade é que o Sporting de Braga teve arte e engenho para “dobrar” um Union de Berlim que chegou a uma vantagem de 2-0 e perdeu por 2-3, enquanto o Benfica foi, de novo “abatido” pelos italianos do Inter, que vincaram a vantagem nos remates.
De saudar o “dia sim” dos bracarenses que fizeram uma remontada empolgante e, apesar de terem uma desvantagem preocupante sobre todos os pontos de vista, preocuparam-se, por um lado, por fazer bem e, por outro, procurar o melhor caminho para a recuperação, para além de, também, pensar numa ajuda mais ou menos “divina” para que o milagre acontecesse.
Fosse pelo que fosse, os homens de Artur Jorge “agarraram-se” à raça lusitana, batalharam muito mais (65/35% de posse de bola) e forjaram um triunfo que surgiu no tempo de compensação (90+4’), igualando os remates para a baliza (6-6) de uns 11-9 feitos pelas duas equipas.
Com um Becker a “guerrear” desde o início, que marcou (30’) o primeiro golo para os alemães, jogador que alcançou o 2-0 (39’), que fez tremer o Sporting de Braga, porquanto Becker estava mesmo “selvagem” no caminho para a baliza.
Lesto a responder, Niakaté (41’) conseguiu reduzir (2-1), depois de aproveitar um forte remate de Ricardo Horta, que foi devolvido pela defesa e o goleador africano fez a recarga pela certa.
No segundo tempo, os bracarenses entraram com vontade de fazer melhor e (51’) Bruma, com um tiro do meio da rua, a remeter a bola “sesgada” e em arco a caminho do ângulo superior direito ao segundo poste, onde o guardião alemão não conseguiu chegar, alcançando o empate, mas não ficando satisfeito.
O tempo foi passando, com a bola a rodar, algumas vezes por perto da baliza bracarense, mas coube a Castro (90+4’) dar o “golpe de misericórdia”, depois de receber a bola de Abel Ruiz e enviar a bola para o fundo da baliza.
Nos minutos finais, ainda com algum “frenesim”, os heróis de Braga abrigaram-se no “chapéu” da felicidade e regressaram a casa com três pontos que podem valer muito para a segunda volta e conseguirem o apuramento para os oitavos-de-final.
Uma vez mais, o Benfica soçobrou ante um Inter de Milão que teve em Thuram o “mágico” da bola, que obteve o único golo do desafio (62’), num remate dos 21-6 conseguidos ante a formação da Luz, que podia ter ido um pouco mais longe, mas que não procurou tanto a felicidade.
Preocupante é ainda a questão de ter sido a segunda derrota benfiquista na Liga dos Campeões, numa altura crucial da competição nos grupos, pelo que não pode dar mais “brindes” aos adversários.
Entrou com o pé esquerdo nesta competição e espera-se que possa recuperar contra a Real Sociedade (24 deste mês), sob pena de tudo se complicar de vez, o que não será bom para o clube campeão nacional.
Esta quarta-feira, o FC Porto recebe o Barcelona, a outra equipa também vencedora na rodada inicial desta fase de grupos, com o Estádio do Dragão “à pinha”, pelo que os homens de Sérgio Conceição não podem permitir-se a fazer “ofertas”, apesar de terem alguma margem para isso, considerando que venceram na primeira partida.
Mais logo se saberá o resultado desta peleja.