Dia a dia, o atletismo português continua repleto de fulgor, para o caso com o novo recorde mundial da meia-maratona alcançado pela campeã das campeãs Rosa Mota na cidade de Riga (Letónia).
No decorrer dos multifacetados Mundiais de Estrada, a que a World Athletics deu agora uma nova roupagem, a campeoníssima portuguesa completou (no escalão etário dos 65-69 anos) os 21.097 metros no tempo de 1.26.06, “destroçando” por completo o anterior registo (1.32.56) que pertencia à suíça Emmi Luthi desde 2009. A campeã portuguesa chegou no 13º lugar, com uma vantagem substancial sobre a segunda classificada no escalão, a finlandesa Kaarina Back, cronometrada com 1.48.41.
Quem corre – e porque até é a modalidade desportiva de base de toda a atividade desportiva, porquanto é a sequência do andar de um ser humano – Rosa Mota mostra que “a quem sabe nunca esquece” e, mais, ainda tem capacidades “escondidas” para figurar na liderança das mais rápidas, neste caso, nas provas de fundo, de onde Portugal deixou de ser líder europeu como se verificou há três décadas.
Rosa Mota, que completou 65 anos no presente ano, continua a manter uma invejável juventude, sinónimo de que a corrida – como todo o desporto, desde que praticado à medida de cada um – é benéfico (indispensável!) para o ser humano.
Mas este não foi o único título que Rosa conseguiu, porquanto, nestes últimos dias, sagrou-se campeã europeia, ao vender a competição (no seu escalão) de corta-mato.
Aproveita-se para revelar que outros atletas portugueses (masculinos e femininos) – antigos campeões e internacionais – participaram nos europeus (Pescara, Itália), mas em pista, tendo conseguido 28 medalhas (11 de ouro, 6 de prata e 11 de bronze), com atletas dos 40 aos 80 e mais anos de idade.
Aliás, as comitivas portuguesas nos europeus e mundiais de atletismo, nas várias vertentes, tem aumentado significativamente nos últimos anos.