Terminando a competição no 26º lugar, onde os africanos continuam a liderar para a eternidade, com o tempo de 1.01.29, Samuel Barata bateu o recorde pessoal – neste domingo e em Riga (Letónia) – e subiu ao segundo lugar da lista dos melhores portugueses de sempre.
O atleta português ficou agora a 33 segundos do líder nacional, Luís Jesus (1.00.56), com Joaquim Pinheiro a fechar o pódio dos melhores (1.00.36).
Numa corrida dominada por atletas quenianos, que obtiveram os três primeiros lugares com Sabastian Kimaru Saew (59.10), a bater o recorde dos campeonatos, à frente dos compatriotas Daniel Simiu Ebenyo (59.14) e Samwel Nyamai Mailu (59.19), corrida que reuniu 90 atletas no final.
Comentando a corrida, Samuel Barata salientou que “estou muito satisfeito com o resultado obtido. Porque melhorei a classificação em relação ao anterior mundial e porque bati o meu recorde pessoal. Este facto mostra a qualidade do nosso trabalho e é sempre gratificante chegar a uma grande competição mundial e conseguirmos o nosso melhor resultado de sempre”.
O atleta português referiu ainda “que esperava um pouco melhor. Depois dos sete, oito quilómetros, a prova partiu-se em três grupos, sendo que integrei o terceiro grupo com vários dos melhores atletas europeus. Contudo, passei algumas dificuldades a meio da prova e quando me senti melhor encetei uma recuperação mais forte, mas que acabou por impedir a oportunidade de entrar no top-25 nos metros finais”.
Depois desta corrida, Samuel Barata referiu que “o foco está colocado na maratona, do que esta presença nos Mundiais é uma etapa para a participação numa prova de outono [estará em Valência, no princípio de dezembro], com vista a participar nos Jogos Olímpicos de Paris 2024”.
Refira-se que estes Mundiais de Estrada em Riga atingiram grande nível, com a queda de recordes mundiais na milha, através do norte-americano Hobbs Kessler, com 3m56s13”, e da etíope Diribe Welteji, com 4.20,98, e com recordes dos campeonatos nas restantes quatro provas.
Na meia-maratona feminina, o triunvirato queniano também dominou, com saliência para Peres Jepchirchir, que foi a vencedora (1.07.25-Recorde do campeonato), à frente de Margareth Chelimo Kipkemboi (1.07.26) e Catherine Amanang’ole (1.07.37), competição que registou a chegada de 70 atletas.