Sexta-feira 24 de Novembro de 1374

E foram 9 a Zero, tal como António Silva em 1947, no filme “Leão da Estrela”

FPF-Europeu2024-11-09-2023

FPF-Diogo Pinto

Batendo os principais recordes da história do futebol português, a seleção lusa começou com o do maior número de golos marcados (9) num único jogo, seguindo-se o recorde de seis vitórias consecutivas numa competição internacional sénior, feitos ambos pela primeira vez.

Portugal melhorou o recorde de nunca ter perdido no Estádio Algarve, para além das estreias na equipa na partida frente ao Luxemburgo, que perdeu estrondosamente (9-0) frente a Portugal, ficando como o mais “goleado” pela formação lusa, num país em que os imigrantes portugueses estão em largo número.

Só aos 668 jogos realizados (até esta segunda-feira) é que Portugal conseguiu chegar a um resultado deste “tamanho” (9-0), depois de outros dois resultados (8-0) conseguidos anteriormente.

No encontro do Grupo J de qualificação para o Campeonato da Europa 2024, com o Estádio Algarve quase no limite (definido para este jogo) de espetadores, Portugal encontrou alguma resistência nos primeiros dez minutos, porquanto o Luxemburgo montou um dispositivo defensivo (alto) de forma que os jogadores lusos não pudessem entrar no meio-campo dos luxemburgueses, para não criar golos tão cedo.

Não contaram os visitantes com a categoria, cada vez mais refinada, dos artistas portugueses em jogo (Ronaldo não esteve em campo por se encontrar suspenso com um jogo de castigo) que abriram (12’) o marcador por intermédio de Gonçalo Inácio, que correspondeu, de cabeça, a um passe alto da autoria de Bruno Fernandes (que jogão fez nesta partida), saltando mais alto do que a defesa adversária, anichando a bola no canto superior da baliza, junto ao primeiro poste.

Um golo que teve a particularidade de começar a “vergar” o sistema tático do Lux, porquanto (17’) Portugal chegou ao 2-0 com a maior das facilidades, por Gonçalo Ramos, uma vez mais com a jogada a começar numa interceção (for falha de um defesa) da bola por parte de Bruno Fernandes, que adiantou para Bernardo Silva e este serviu Ramos para rematar forte, na zona do primeiro poste.

Altura em que a equipa do Lux percebeu que tinha que mudar de tática, alargando mais os espaços no seu meio-campo, tendo Portugal começado uma nova fase, em que, em poucos minutos, criou duas oportunidades de golo, que não deram em golo por falta de pontaria.

Mas o 3-0 chegou (34’), com Gonçalo Ramos a bisar depois de Rafael Leão ter avançado pela esquerda, enviou a bola para Ramos no centro da grande área, rodou sobre um defesa e rematou com o pontapé esquerdo.

Na jogada seguinte, Diogo Jota podia ter feito o 4-0 mas o remate foi diretamente para o poste e o Lux ficou mais “aliviado”.

Mas não ficou assim por muito tempo. Na compensação da primeira parte (45+3’), de novo Bruno Fernandes centrou para a área onde surgiu, milimetricamente, Gonçalo Inácio a rematar para o 4-0 com que terminou a primeira parte, com Portugal a dominar (64/36% de posse de bola, com 14-2 remates dos quais 4-0 para a baliza).

No segundo tempo, também aos 12’ (57’), Diogo Jota foi lançado em velocidade, passou toda a defesa, dominou o esférico e, na altura própria, rematou para o 5-0. O Lux continuou a não dar acordo de si, ante o “desgosto” do técnico, sentado no banco a olhar para um vazio em que nada se via, a não ser os golos que estava a sofrer.

Após a fase das primeiras substituições, o Lux conseguiu levar (62’) perigo à baliza portuguesa, com um remate que obrigou Diogo Costa a esticar-se para desviar a bola para canto, do que nada resultou.

Mantendo uma cadência mais viva e aproveitando as “facilidades” facultadas pela formação do Lux, Ricardo Horta (67’) chegou ao 6-0, depois de ter sido lançado por Diogo Jota, para (69’) os visitantes terem conseguido fazer o segundo remate à baliza de Portugal, mas sem perigo de maior.

E o 7-0 chegou pouco depois (77’), por Diogo Jota, no seguimento de um contra-ataque em que todos os caminhos estavam abertos, com o avançado luso a infiltrar-se e rematar para mais um golo. Altura em que o “queijo suíço” do Lux parecia que não podia abrir mais buracos…

Mas foi sol de pouca dura, porquanto (83’), Bruno Fernandes, lançado por Ricardo Horta, que roubou a bola a um defesa, chegou ao 8-0.

Cinco minutos depois (88’), o resultado foi, definitivamente, fechado, com o 9-0 da autoria de João Félix, num remate forte, fora da área e sem defesa possível, se bem que ainda surgiu a oportunidade de se atingir o 10-0 no minuto seguinte, mas a bola não chegou à baliza.

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Na estatística final, Portugal manteve um domínio total, consubstanciado numa posse de bola de 62/38%, com 24-4 remates feitos e 10-1 para a baliza. Perfeito.

Registe-se que João Félix foi distinguido no início da partida com a placa que marca as 25 internacionalizações ao serviço da Seleção Nacional.

Na classificação do grupo, Portugal soma 18 pontos (6 vitórias), a Eslováquia está em 2º (13), o Luxemburgo em 3º (10), a Islândia em 4º (7), a Bósnia em 5º (6) e o Liechenstein em 6º (0).

A próxima ronda (7ª) está marcada para o dia 13 de Outubro, com os jogos Islândia-Luxemburgo, Liechtenstein-Bósnia e Portugal-Eslováquia (Estádio do Dragão).

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