Segunda-feira 24 de Novembro de 7552

Ucrânia eliminou Portugal do Europeu de Voleibol 2023

Voleibol-09-09-2023

FPVoleibol

A seleção nacional de seniores masculinos não conseguiu contrariar o poderio ofensivo da Ucrânia, nem superar a maior eficácia do bloco dos centrais Vladyslav Shchurov (2,08 metros) e Yurii Semeniu (2,10 m) e cedeu hoje, por 0-3 (20-25, 19-25 e 22-25), nos oitavos-de-final do Europeu 2023.

Portugal caiu de pé pelo percurso que fez no Europeu, à semelhança, aliás, do que tinha acontecido na edição de 2021, onde foi 15º classificado, mas agora com uma melhor classificação final, mercê do 2º lugar registado na Pool D da fase de grupos.

Os primeiros momentos do duelo travado no Palácio de Cultura e Desportos da cidade búlgara de Varna foram de muito equilíbrio, com igualdades constantes (4-4, 8-8, com um bloco de Miguel Tavares). A partir daí, a Ucrânia descolou e dois blocos consecutivos afastaram-na significativamente (12-8).

Um serviço direto de Alexandre Ferreira e um bloco de Filip Cveticanin ainda amenizaram uma diferença que começava a ser pesada (13-18). Um ataque para fora por parte dos ucranianos e outro serviço direto do Capitão Alex aproximaram ainda mais Portugal, fazendo renascer a esperança (16-18.

Sentindo o perigo, a formação ucraniana tornou-se ainda mais agressiva nas ações ofensivas e afastou-se novamente (22-16) e desta vez de uma forma decisiva: 25-20.

Denotando maior agressividade, Portugal entrou bem no segundo set (3-1), mas a Ucrânia exalava confiança e reagiu com prontidão, restabelecendo o equilíbrio (4-4, 10-10).

Pior, um serviço direto deu três pontos de vantagem à Ucrânia (16-13), distância que a equipa do Leste europeu conseguiu manter no tempo e até robustecer com um serviço direto (20-17, 22-17), fechando o set com novo triunfo: 25-19.

Alexandre Ferreira, com 13 pontos (8 no primeiro + 5 no segundo), e Lourenço, com 7 (5 no segundo) eram os principais artilheiros de Portugal no ataque, enquanto os melhores pontuadores ucranianos estavam distribuídos por uma mão-cheia de jogadores.

Com os quartos-de-final na mira, a Ucrânia não tirou o pé do acelerador no terceiro parcial (3-0).

Portugal reagiu e Filip Cveticanin, com um bloco, igualou aos 4 pontos, mas a Ucrânia continuou a mostrar-se resiliente e aguerrida, voltando a passar para a frente (16-11).

Na ânsia de se aproximarem, os portugueses arriscavam e continuavam a falhar serviços, enquanto a eficácia nesse fundamento por parte dos ucranianos dava proveitos: 20-14.

Com Lourenço Martins no serviço, Portugal aproximou-se numa altura crucial (20-22)… Mas era visível que a Ucrânia nunca deixaria fugir a passagem aos quartos-de-final e acabou por selar o triunfo com o resultado de 25-22, através de um ataque de Illia Kovalov.

Alexandre Ferreira, com 16 pontos, e Lourenço Martins, com 12, foram os melhores pontuadores portugueses, enquanto Oleh Plotnytskyi, com 15, foi o melhor dos ucranianos nesse capítulo.

João José, selecionador nacional, distinguiu o percurso feito até aos oitavos-de-final e o que aconteceu no jogo frente à Ucrânia, afirmando que “temos de conseguir separar os dois momentos: o que foi o jogo de hoje e aquilo que se passou até hoje. Até este jogo, tivemos sempre o foco certo e o grupo está de parabéns pelo que fez. Seis jogos em 10 dias não é fácil, nem física nem psicologicamente. Com isto não quero desculpar o que aconteceu hoje, mas já existia uma sobrecarga grande sobre a equipa que hoje se associou a uma tensão igualmente muito grande. Queríamos tanto a passagem aos quartos-de-final que acabámos por dar um tiro nos pés, pressionando-nos em demasia.

Não fomos capazes de perceber que hoje não íamos estar fisicamente no nosso melhor, não íamos estar psicologicamente no nosso melhor e que por isso teríamos de criar um momento para nos superar-nos e assim conseguirmos alcançar esse sonho.

Os sonhos fazem parte da nossa vida, da nossa carreira, quer a nível pessoal quer familiar, e nós para alcançarmos os nossos sonhos temos de superar-nos e temos de conseguir inspirar-nos e hoje faltou isso”.

Portugal esteve presente numa fase final do Campeonato da Europa pela sétima vez, terceira consecutiva.

Participações na fase final do Campeonato da Europa

1948 (Itália) – 4.º lugar (número reduzido de equipas por convite)

1951 (França) – 7.º lugar (número reduzido de equipas por convite)

2005 (Itália/Sérvia e Montenegro) – 10.º lugar

2011 (Áustria e República Checa) – 14.º lugar

2019 (Bélgica/Eslovénia/França/Holanda) – 20.º lugar

2021 (Estónia, Finlândia, Polónia e República Checa) – 15.º lugar

2023 (Itália, Bulgária, Israel e Macedónia do Norte) – 15.º lugar

 

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