A seleção nacional de Sub-17 Femininos sagrou-se, neste sábado, Campeã da Europa de Hóquei em Patins, ficando desta forma para a história do hóquei em patins feminino, português e europeu.
A vitória na final (7-1) frente à seleção inglesa, começou a ser construída muito cedo: com menos de 30 segundos jogados, Diana Moreira abriu a contagem no marcador (1-0). Aos três minutos e meio de jogo, Portugal já vencia por 3-0, com mais dois golos, um da capitã Beatriz Silva e o bis de Diana Moreira.
Nos minutos seguintes, a seleção continuou a dominar no rinque, no entanto sem conseguir finalizar, inclusive nos lances de bola parada. Ainda antes do intervalo a seleção inglesa reduziu para 3-1.
Na segunda parte, Portugal voltou a entrar determinado a conquistar o título, com Beatriz Silva a marcar, logo nos primeiros segundos, o 4-1. Mariana Teixeira ampliou para 5-1, ao minuto 16. Com a vitória no horizonte, a capitã das quinas ainda teve tempo para marcar mais dois golos e realizar um poker: 6-1 ao minuto 11 e, a pouco mais de cinco minutos para o apito, o 7-1 final.
No final do jogo, o selecionador nacional, Hélder Antunes, revelou ser “um sabor de felicidade, mas não total, tendo em conta a final antes, porque vivemos estes dias juntamente com a seleção masculina”.
Antunes mostrou-se feliz “pelo trajeto que as atletas fizeram, pela forma como cresceram na competição e, acima de tudo, pela forma de jogo consistente que foram mostrando ao longo do europeu. É muito merecido”, tendo acrescentado que “este é um título que não é só destas miúdas: é um título delas, é um título pelas outras “elas” que estão em Portugal, é um título das anteriores “elas” e é um título para as próximas “elas””.
Hélder Antunes explicou que este título começou “numa aposta do presidente da Federação, Luís Sénica, que desde o primeiro dia que esta equipa técnica está na Federação, trabalhou para que nunca nos faltasse qualquer apoio”.
O selecionador fez ainda questão de referir que “este é também um título de um Diretor Técnico Nacional (Nuno Ferrão), que está sempre presente e faz um trabalho de bastidores muito importante, em prol de todo o hóquei em patins”.
Hélder Antunes confessou ainda que “sempre sonhei chegar aqui. Deixou de ser um sonho, passou a ser objetivo, e sinto que elas merecem, nós merecemos”, tendo expressado “o desejo que esta conquista seja um motor de arranque para continuarmos: não podemos adormecer à sombra deste título, que valida o trabalho que temos feito nos últimos anos, mas também tem de ser um “abre olhos” para continuar”.
“Regressamos a Portugal com o título – o primeiro título europeu. Os dez primeiros nomes são destas atletas”, disse o técnico, não esquecendo “uma palavra também para os clubes, para as associações, para todos os pais que fazem sacrifícios enormes e, para todos aqueles que veem o Hóquei em Patins não no feminino nem no masculino, mas como um todo”.
Seleção nacional masculina foi vice-campeã, perdendo para a Espanha
A seleção nacional (masculina) sagrou-se vice-campeã da Europa, depois de ter lutado até ao fim, mas os minutos finais ditaram a vitória de Espanha, na final do europeu de hóquei em patins de Sub17, espanhóis que arrecadaram o quinto troféu consecutivo.
Num duelo ibérico equilibrado, emotivo e de ritmo intenso, Portugal começou por criar algumas situações de perigo e a conseguir parar os ataques de Espanha. A equipa mostrou-se coesa a defender, mas o bloco defensivo espanhol dificultava também as incursões lusas na área adversária.
Ao minuto 17 foi assinalado penálti a favor de Espanha, mas o guarda-redes luso, impediu o golo. Portugal aumentou a pressão a meio do primeiro tempo, mas sem golos, com as equipas a recolherem aos balneários com o marcador a zero.
A segunda parte trouxe todos os ingredientes de uma final e, principalmente, os golos. Portugal inaugurou o marcador com três minutos decorridos: João Pina recebeu a bola a meio da pista e partiu para a linha de penálti, rematando para o 1-0. No mesmo minuto, numa jogada individual, Martim Lopes percorreu a pista e, de frente para a baliza, disparou para o segundo, sem hipótese para o guardião espanhol (2-0).
Os espanhóis não baixaram os braços e reduziram no minuto seguinte (2-1). Quase a meio do tempo complementar, João Pina foi travado em falta, sendo obrigado a sair lesionado, para não mais voltar à pista. Portugal seguiu a pressionar e, ao minuto 11, Diogo Duarte marcou o 3-1 na recarga do livre direto, pela 10ª falta assinalada à seleção espanhola.
Sempre a patinar atrás do resultado, a Espanha voltou a reduzir ao minuto nove (3-2) e, dois minutos depois, empatou novamente a partida (3-3). Segundos depois, Diogo Duarte voltou a colocar a seleção das quinas em vantagem (4-3) mas, a cinco minutos do final, os espanhóis lograram novo empate (4-4).
Com a 10ª falta de Portugal, Espanha passou para a frente pela primeira vez no jogo (4-5), quando faltavam dois minutos e meio para jogar. A 30 segundos do fim a seleção passou a jogar com quatro e ainda ameaçou a baliza espanhola, mas a bola acabou por sobrar para os espanhóis que perfizeram o 4-6. A nove segundos do apito, o cartão azul mostrado a Portugal valeu novo livre direto e o resultado de 4-7 para a Espanha.
Portugal deixou tudo em rinque num encontro bem disputado em que a seleção espanhola sofreu, mas conseguiu superar-se nos derradeiros minutos da partida.
A seguir à Espanha e a Portugal, classificaram-se Itália, França, Suíça, Inglaterra, Andorra e Alemanha.