Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Auriol Dongmo entre a prata e o bronze, mas acabou no quarto lugar no mundial de Atletismo

Atl-Mundiais-Budapeste-26-08-2023

Sportmedia/FPA

Depois de uma “peleja” que balançou entre a prata e o bronze, a recordista de Portugal, Auriol Dongmo, acabou por ficar em quarto lugar (com a mesma marca da terceira classificada) a chinesa Lijiao Gong.

Auriol começou mal (comparando com os 19,59 na qualificação), com um primeiro ensaio a 18,79 metros, aquém da campeã mundial de 2022, a norte-americana Chase Ealey, que lançou 20,35 m, primeira líder do concurso.

No segundo ensaio, a portuguesa alcançou 19,63 metros e passou para segundo lugar. O terceiro ensaio foi nulo, com a canadiana Sarah Mitton a lançar 19,90 m e a empurrar a portuguesa para o terceiro lugar.

Para os três ensaios finais, houve troca da ordem de lançamento e Auriol viu a chinesa Lijiao Gong lançar 19,69 m e respondeu com a mesma marca (19,69 m). A chinesa fez 19,67 m ao quinto ensaio e Auriol respondeu com 19,55 m. Entretanto, Sarah Mitton melhorou para 20,08 m, em segundo lugar, e Chase Ealey melhorou para 20,43 m.

No último ensaio, Auriol Dongmo fez um lançamento acima de 20 metros, mas foi nulo e terminou na quarta posição, com a mesma marca da chinesa, mas ficou fora das medalhas porque o segundo lançamento de Gong foi superior ao de Auriol.

“Estou triste e desapontada. Tentei e dei tudo o que tinha e infelizmente não consegui a medalha. É frustrante ficar em quarto lugar com a mesma marca da medalha de bronze”, afirmou a atleta lusa, visivelmente abatida.

No último ensaio os juízes anularam um lançamento que daria para a medalha, acima de 20 metro, “mas o juiz disse que foi nulo, ainda tentei perguntar porquê e ele disse que toquei na antepara, mas eu não senti isso. Os juízes é que mandam e tive que aceitar”, acrescentou ainda a atleta que continua a olhar para o futuro, aceitando que estes dissabores que a afastam da medalha a deixam mais forte para continuar a tentar.

“Temos de olhar em frente e aprender em cada momento “, concluiu. A delegação portuguesa ainda apresentou protesto, mas sem sucesso.

Pela prova de qualificação ficaram Jessica Inchude, que terminou em 16º lugar, com a marca de 18,16, e Eliana Bandeira fechou no 21º lugar, com o registo de 17,79. Ambas conseguiram o seu melhor registo ao último ensaio.

No final, Jéssica Inchude, que competiu no grupo A, referiu que “fiquei satisfeita com a minha posição e com a marca. É melhor do que fiz no ano passado, tanto em marca como em classificação. É claro que queria chegar à final, mas as minhas adversárias estavam muito fortes”, concluiu a atleta.

No grupo B, onde estava Auriol Dongmo, Eliana Bandeira começou com dois nulos, mas não se enervou. “Não sei porque foi nulo o primeiro ensaio. E era mais longe que o último (a 17,79).

“Não foi o que queria, mas, de qualquer forma, estou contente por estar entre as melhores do mundo, juntamente com mais duas portuguesas. De qualquer forma é o meu primeiro campeonato do Mundo, não nego que o meu objetivo era alcançar a final, mas fica para uma próxima oportunidade”, referiu a atleta que esta época bateu os seus recordes pessoais e se sagrou vice-campeã Mundial universitária.

Atl-Mundiais-Budapeste--26-08-2023

Sportmedia/FPA

Na maratona, Solange Jesus passou por uma prova difícil. Com um tempo de passagem de 1h15m12s à meia-maratona, Solange quebrou bastante e terminou no 60º lugar com a marca de 2h45m08s.

Nesta corrida, resistiram até final 65 atletas.

Para além do recorde dos campeonatos da estafeta de 4×100 metros, obtido pela equipa feminina dos Estados Unidos da América, uma das provas emocionantes foi a do salto com vara, com o sueco Armand Duplantis a confirmar a supremacia mundial que tem (recordista mundial, europeu e olímpico) que venceu com 6,10, quando voltou a lançar um desafio a si próprio para tentar bater o recorde mundial (6,22).

Mandou instalar a fasquia a 6,23, mas não conseguiu ultrapassar a meta. Mas esteve perto. Foi muito aplaudido no final deste penúltimo dia dos campeonatos que decorrem em Duisburg (Alemanha).

A competição termina neste domingo, sem portugueses na ordem de trabalhos, mas com motivos suficientes para seguir pela RTP 2.

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