Porque começou mais cedo (18h45) o FC Porto começou a “sofrer”, primeiro com Sérgio Conceição na bancada e, de seguida, por o Moreirense ter inaugurado o marcador (51’), no que fez soar os alarmes nas hostes portistas, de per si ainda “abaladas” pela derrota na Supertaça.
Mais ainda porque o golo dos Cónegos surgiu na sequência de um cruzamento que Alan fez para a área portista, a defesa portista não conseguiu controlar a bola, que acabou por bater no joelho de Frimpong e entrar na baliza de um Diogo Costa algo atónito ante a situação.
Ainda que com vantagem nos parâmetros estatísticos padronizados, o FC Porto não conseguiu atinar com o caminho para a baliza contrária, o que podia colocar os jogadores portistas em “transe” se não houvesse uma outra atitude de forma rápida e objetiva.
E foi assim, aumentando o volume de remates, em termos globais e, em especial, para a baliza, onde os portistas dominaram por completo, o que originou o golo do empate (67’), por intermédio de Toni Martinez, que viu a bola a voar dos pés de Baró para Fábio Cardoso e deste para Tomi, que rematou pela certa.
A pouco mais de vinte minutos do final do jogo, o FC Porto cerrou fileiras, manteve maior posse de bola, acelerou os processos de ataque ao “castelo” às gentes de Moreira de Cónegos e, com isso, chegou ao 2-1 (74’), quando Wendell deu o caminho da baliza depois de uma jogada engendrada entre Otávio e Pepê, com Frimpong a tentar cortar o fio à meada, mas a não conseguir.
O FC Porto rematou mais (16-9, dos quais 7-1 para a baliza) e teve mais posse de bola (63/37%), numa partida com 9 amarelos (4-5) e um cartão vermelho (92’, por duplo amarelo de Wendell), justificando-se o triunfo dos portistas.
Benfica infeliz nas substituições feitas, que influíram no resultado
No Estádio do Bessa, o equilíbrio foi a nota dominante – face às estatísticas globais – pelo que um simples toque de felicidade foi suficiente para o Boavista colocar uma derrota às costas do Benfica na primeira ronda da Liga Betclic 2023/2024.
Pode recordar-se que “o primeiro milho é dos pardais”, mas também é bom lembrar que “candeia que vai à frente (ou ganha) ilumina duas vezes”. De uma forma figurada foi isso que se verificou no estádio dos boavisteiros.
Di Maria foi o obreiro da abertura da contagem no Bessa, porquanto (22’) colocou numa jogada em que intervieram no primeiro golo obtido pelo Benfica na presente época, Rafa endossou a bola a Jurasek, que contornou o defesa Abascal e seguiu para o golo do empate, da autoria de Rafa (75’).
De seguida voltaram a troar os canhões, porquanto o Benfica queria manter-se em vantagem até final do encontro, mas foram os boavisteiros, que com uma ponta de felicidade, aqui e ali, avançaram para o triunfo.
Primeiro (em cima dos 90’) Bruno Lourenço beneficiou de uma grande penalidade, excelentemente concretizada pelo próprio, para chegar ao 2-2, e tudo tentar para ver se conseguia dar a volta ao resultado.
E se assim o pensou, melhor o cumpriu, porquanto (93’) Bozenik voltou a molhar “a sopa”, fazendo como que um inesperado 3-2 (90+3’), para arrancar para resguardar toda a área de jogo para que se fizesse a festa do Boavista.
Em termos estatísticos, o Benfica fez 16-9 remates (dos quais 7-1 para a baliza), com uma posse de bola de63/37%, numa primeira ronda que se cumpriu, com algumas surpresas, o que pode voltar a acontecer amiúde.
Saliente-se ainda que, para brindar à nova festa, seis jogadores foram expulsos (de forma direta ou via segundo amarelo), enquanto foram mostrados 50 cartões amarelos. O único jogo sem cartões foi o Gil Vicente-Portimonense.
A segunda ronda da Liga Betclic inicia-se nesta sexta-feira (20h15) com o Casa Pia-Sporting.