JOGOS OLIMPICOS DE INVERNO
Mesmo antes do início das competições que integram o programa deste evento, os Jogos Olímpicos de Inverno que estão a disputar-se na cidade russa de Sochi, sabia-se que tudo (ou quase) seria diferente.
Os números de países e atletas inscritos apontavam para os primeiros recordes, sabendo-se também que o custo da montagem de toda a estrutura organizativa (incluindo infra-estruturas) ultrapassaria tudo o que alguma vez tinha sido feito a este nível. Factores de ordem desportiva e, muito em especial social, que não cabiam, quiçá, nas mais optimistas previsões.
De acordo com os primeiros comentários feitos pela organização – veiculadas pelo Comité Olímpico de Portugal – os números aí estão: recorde de países presentes (88, com as novidades da presença de Malta, Paraguai, Timor-Leste, Togo, Tonga e Zimbabué); mais uma dúzia de novas provas; 2.856 atletas em competição nas 98 provas do programa, das quais 44 já se cumpriram, com as medalhas a serem conquistadas, até então, por atletas de 26 países.
Dados “superiores” vão ainda para a presença de cerca de cem mil pessoas no parque olímpico em cada dia, o que anda à roda do milhão e duzentos mil bilhetes vendidos nos primeiros doze dias, enquanto cerca de um milhão e trezentos mil passageiros utilizaram a rede de transportes em funcionamento, com pleno agrado geral.
Na luta contra os “batoteiros” – conforme o veio a público por parte do Comité Olímpico Internacional – o número de controlos antidopagem aumentou significativamente (para o mundial de futebol e para os Jogos de Verão, no Brasil, é provável que o número de amostras a recolher seja superior), estando previstos cerca de dois mil e quinhentos, dos quais mil e oitocentos já se concretizaram.
Na área da comunicação, por todas as vias, a previsão de espectadores aponta para mais de quatro mil milhões (um novo recorde que, por certo, será alcançado), provenientes especialmente das três centenas de canais televisivos que transmitem estes Jogos, mais de metade dos quais com uma oferta gratuita, tendo chegado a cerca de noventa mil as horas de transmissão.
Através da comunicação digital (internet, facebook e uma multiplicidade de plataformas) só o site do COI já recebeu a visita de perto de sete milhões de “internautas”, o que também não tem comparação com qualquer outro evento desta natureza.
De recorde em recorde, assim vai a olimpíada (fria) de Sochi. Ainda bem.
Espera-se que sirva de “montra” – não tanto pelos desportos na neve, porque em Portugal não existem condições para o efeito – para que mais jovens possam praticar actividade física e desportos em prol de uma melhor saúde pessoal, logo, para o país, que bem precisa de estar “em forma” por muito mais tempo para “aguentar” as agruras que se fazem sentir há bastante tempo.